sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Suspeitos jogaram fora relicário com sangue de João Paulo II, diz polícia

Três suspeitos de furto foram presos na região italiana de Abruzzi.
Polícia continua à procura da relíquia, furtada no fim de semana.

Da EFE

Igreja divulga foto de relíquia furtada com sangue de João Paulo II na Itália (Foto: Arquidiocese de L'Aquila/Reuters)Foto de relíquia furtada com sangue do Papa João Paulo II na Itália (Foto: Arquidiocese de L'Aquila/Reuters)
 
A polícia da Itália deteve nesta quinta-feira (30) uma terceira pessoa pelo furto da relíquia que continha sangue do Papa João Paulo II, que afirmou que sua intenção era vender o relicário e que, ao desconhecer o valor, resolveu se desfazer do mesmo.
Além disso, este último detido, de 18 anos, afirmou não lembrar o local onde se desfez da relíquia, um pequeno pedaço de pano da batina de João Paulo II que ficou manchado de sangue durante o atentado que o Papa sofreu na Praça de São Pedro, no Vaticano, em 13 de maio de 1981.
Durante a manhã desta quinta, os primeiros detidos, de 23 e 24 anos, confessaram o roubo do relicário e de uma cruz da igreja de San Pietro della Ienca, na região italiana de Abruzzi.
Agora a polícia trabalha para tentar achar a relíquia do Papa João Paulo II que o cardeal polonês, Stanislaw Dziwisz, entregou à comunidade como "uma amostra de seu amor pela região montanhosa".
João Paulo II era muito ligado à região onde está o pequeno santuário onde o roubo foi cometido, ao se encontrar muito perto da montanha de Gran Sasso, perto dos Apeninos, onde o Papa Woytila ia com certa frequência passear, meditar e inclusive esquiar.
O promotor de L'Aquila, David Mancini, ordenou nesta manhã um novo interrogatório aos dois detidos para que confessem onde se encontra a relíquia.
Antes da confissão destes três jovens italianos, foi ventilada a possibilidade de que se tratava de um roubo para realizar algum rito satânico ou que tivesse a ver com um roubo vinculado a algum colecionador.


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    quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

    A Internet e o pânico das TVs abertas

     

    29/1/2014 14:00
    Por Altamiro Borges - de Brasília

    A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
    A Suprema Corte dos EUA julga em abril um processo aberto pelas 4 maiores tevês do país contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de ver tv
    O jornalista João da Paz, do sítio “Notícias da TV”, publicou nesta semana uma informação que deve causar pânico nos donos das emissoras de televisão no Brasil. Segundo revela, a Suprema Corte dos EUA julgará em abril um processo aberto pelas quatro maiores tevês do país (ABC, NBC, Fox e CBS) contra a Aereo, uma pequena empresa que criou uma nova maneira de assistir televisão. “O que a Aereo faz é pegar os sinais abertos dessas quatro emissoras com uma pequena antena moderna e retransmiti-los pela internet, dando ao telespectador a oportunidade de assistir a esses canais no computador, em tablets e em smartphones, com a opção de gravar e pausar programas. Tudo em alta definição”.
    O novo serviço tende a promover uma hecatombe na forma de assistir tevê. O internauta faz a assinatura mensal no valor de US$ 8 (R$ 19,20) e tem a possibilidade de gravar um programa por vez, até o limite de 20 horas de armazenamento. Até o momento, os serviços da Aereo já estão disponíveis em 26 cidades do país, incluindo Nova York, Boston, Washington, Filadélfia e Dallas. Em outubro, o Wall Street Journal informou que somente em Nova Iorque já seriam de 90 mil a 135 mil assinantes. Diante do risco da acentuada queda de audiência e de recursos publicitários, as poderosas corporações alegam que a Aereo rouba o sinal e infringe direitos autorais.
    Na titânica batalha jurídica em curso, a inovadora empresa até agora tem levado a melhor. Segundo informa João da Paz, “a Suprema Corte vai dar continuidade ao caso julgado na Segunda Corte de Apelação de Nova York, em abril de 2013, cujo resultado foi favorável à Aereo. Os juízes de Nova York entenderam que o serviço prestado pela empresa é legal. O criador e diretor-executivo da Aereo, Chet Kanojia, de 43 anos, disse em comunicado após essa decisão que ‘esperamos apresentar nosso argumento na Suprema Corte, certos de que o mérito do caso irá prevalecer’”.
    A empresa conta com um trunfo nesta batalha. O magnata da comunicação Barry Diller, ex-diretor da Paramount e da Fox, decidiu apostar no negócio inovador. Ele hoje comanda a empresa de internet InterActive Corporation e tem uma fortuna calculada em US$ 2,8 bilhões. “Diller é um dos principais investidores da Aereo.
    Neste mês, mesmo em meio a esse tumulto, ele conseguiu atrair US$ 34 milhões para financiar a expansão da empresa. ‘Passamos por três julgamentos em 2013 e em todos eles as Cortes Distritais decidiram que o nosso negócio é perfeitamente legal’… Ele calcula que o Aereo poderia ter entre 10 milhões e 20 milhões de assinantes se pudesse operar amplamente, sem restrições”.
    A batalha, porém, será prolongada e sangrenta. “As quatro emissoras agem agressivamente contra Aereo. A CBS é bem enfática sobre o assunto e se posicionou de forma direta em comunicado. ‘Nós acreditamos que o modelo de negócios da Aereo é alicerçado em roubo de conteúdo’, diz a emissora de maior audiência dos EUA. A Fox se mostrou mais radical, ameaçando ir para a TV por assinatura se a Aereo vencer na Suprema Corte. Quem também comprou a briga das emissoras, e adotou um tom tão agressivo quanto, foram as ligas esportivas NFL (futebol americano) e MLB (beisebol). Ambas têm acordos bilionários com os canais abertos e divulgaram nota afirmando que vitória da Aereo vai prejudicar os negócios”.
    As quatro redes inclusive já trabalham com um plano B para a hipótese da Aereo vencer a batalha jurídica. Elas planejam mudar a forma como emitem seus sinais, com o objetivo de impedir que as antenas da Aereo os captem. “Outro problema para os canais abertos, se derrotados na Suprema Corte, será lidar com as operadoras de TV por assinatura, que pagam preços altos para ter NBC, ABC, Fox e CBS em seus pacotes. A decisão judicial a favor da Aereo pode mudar esse tipo de negócio”. O clima é de guerra nas tevês abertas dos EUA.
    A inovação da Aereo, mais um fruto da revolução informacional promovida pela internet, coloca em perigo o modelo de negócios das poderosas redes que exploram as concessões públicas de televisão. Caso vingue nos EUA, a experiência rapidamente deverá se espalhar pelo mundo – atingindo, também, o Brasil. Desta forma, mais uma vez a internet ameaçará o império da TV Globo e outras emissoras da tevê aberta!
    Altamiro Borges, é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e organizador do livro

    quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

    Começa em Cuba Cúpula da CELAC

      2014-01-29 15:05:36  cri
    Começou nesta terça-feira (28) a II Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (CELAC), em Havana, Cuba. O líder cubano, Raul Castro, disse na cerimônia de abertura que o objetivo comum dos países membros da CELAC é buscar a união. Castro afirmou que a CELAC consegue cada vez mais reconhecimentos internacionais e se torna um representante dos interesses dos povos da América Latina e do Caribe. O líder cubano apelou também para a elaboração do plano de desenvolvimento pós-2015 para construir uma nova estrutura de cooperação internacional. Segundo se informou, a Cúpula da CELAC deve criar desta vez um Fórum CELAC-China para impulsionar as cooperações entre os países latino-americanos e caribenhos com a China. Tradução: Zhao Hengzhi Revisão: José Medeiros da Silva

    terça-feira, 28 de janeiro de 2014

    Dilma classifica de injusto bloqueio a Cuba e diz que Brasil é parceiro da ilha

    Jornal do Brasil

     
    Durante a cerimônia de inauguração do Porto de Mariel, em Cuba, a presidente Dilma Rousseff classificou como injusto o bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos à ilha caribenha desde a década de 60. Dilma ressaltou que, apesar do embargo, o país tem o terceiro maior volume comercial do Caribe. "Mesmo sendo submetido ao injusto bloqueio econômico, Cuba gera um dos três maiores volumes de comércio do Caribe", afirmou.
    Dilma destacou também o desejo do Brasil em transformar-se em um parceiro de “primeira ordem” para o país do Caribe. Segundo Dilma, a iniciativa é o primeiro porto terminal de contêineres do Caribe, e conta com financiamento de US$ 802 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O investimento serviu para contratação de bens e serviços de 400 empresas brasileiras.
    “O Brasil quer tornar-se parceiro econômico de primeira ordem para Cuba. Acreditamos que estimular essa parceira é aumentar o fluxo bilateral de comércio. São grandes as possibilidades de desenvolvimento industrial conjunto, no setor de saúde, e medicamentos, vacinas nos quais a tecnologia de ponta é dominada por Cuba. (…) Queria aproveitar para agradecer ao governo e ao povo de Cuba pelo enorme aporte ao sistema brasileiro de saúde por meio do programa Mais Médicos”, afirmou Dilma.
    Presidente Dilma durante chegada a Havana
    Presidente Dilma durante chegada a Havana
    As obras de modernização do Porto de Mariel e sua estrutura logística exigiram investimentos de US$ 957 milhões, sendo US$ 682 milhões financiados pelo Brasil e o restante aportados por Cuba. Para aprovação do crédito, o BNDES acordou com o governo cubano que, dos US$ 957 milhões necessários, pelo menos US$ 802 milhões fossem gastos no Brasil na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros. Isso proporcionou a centenas de empresas brasileiras a oportunidade de participar do empreendimento, mediante a exportação dos serviços que prestam e dos bens fabricados no Brasil.
    Mauro Hueb, diretor-superintendente em Cuba da Odebrecht, empresa brasileira responsável pelas obras em sociedade com a Quality, companhia vinculada ao governo cubano, fala da contrapartida gerada para as exportações no Brasil.
    “É importante ressaltar que US$ 800 milhões foram gastos integralmente no Brasil para financiar exportação de bens e serviços brasileiros para construção do porto e, como consequência disso, gerando algo em torno de 156 mil empregos diretos, indiretos e induzidos, quando se analisa que a partir de cada US$ 100 milhões de bens e serviços exportados do Brasil, por empresas brasileiras, geram-se algo em torno de 19,2 mil empregos diretos, indiretos e induzidos”, explicou Hueb.
    A zona que foi criada na região do Porto de Mariel é uma área equivalente a 450 km² que vai contar com toda a infraestrutura adequada para receber empresas de alta tecnologia e de tecnologia limpa. Segundo Hueb, o governo brasileiro fez um trabalho de promoção da Zona Especial de Desenvolvimento de Mariel mundo afora e já começa a perceber a chegada de grupos empresariais para buscar negócios e investimentos no porto.
    Cesário Melantonio Neto, embaixador brasileiro em Cuba, destaca os ganhos para o comércio internacional do Brasil com a maior inserção do país na América Central e no Caribe.
    “O Porto de Mariel é importante para aumentar a inserção caribenha do Brasil. Evidentemente o Brasil tem uma inserção maior no nosso entorno regional, que é a América do Sul. O Brasil tem historicamente uma inserção menor na América Central e também no Caribe. Provavelmente, com a vinda de empresas brasileiras para se instalarem no Porto de Mariel, que é um porto que oferece uma série de vantagens fiscais, mais ou menos como o modelo das zonas de processamento de exportação (ZPE) no Brasil, com sistema de drawback, sem limite de remessas para múltiplos de dividendos, haverá uma maior presença comercial do Brasil, não só em Cuba, mas em toda a região. Essa que é a importância para o Brasil do Porto de Mariel”, diz.
    Hipólito Rocha Gaspar, diretor-geral em Cuba da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) também destaca o impacto para as exportações brasileiras.
    “Desde o momento que se decidiu fazer, há cinco anos atrás, isso tem implementado grandemente a presença brasileira no país, nas exportações. Com a obra de Mariel, mais, praticamente, 500 empresas se beneficiaram com essa obra, onde essa obra vai representar um momento diferente comercial de Cuba para o mundo… eu acho que nós usaremos também Mariel para o crescimento das nossas exportações”, afirma.

    segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

    Dilma inaugura, em Cuba, porto financiado pelo BNDES

    Agência Estado            

    A presidente Dilma Rousseff vai inaugurar nesta segunda-feira, dia 27, a primeira etapa do Porto de Mariel, a 45 quilômetros de Havana, capital de Cuba. O porto é a grande aposta do país de regime comunista para mudar sua economia. Custou US$ 957 milhões e, deste total, US$ 682 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).Da quantia financiada pelo BNDES para a construção de Mariel, pelo menos US$ 802 milhões serão gastos no Brasil na compra de bens e serviços comprovadamente brasileiros, de acordo com informações do governo. Por causa desse acordo, empresas brasileiras se dispuseram a participar do empreendimento, mediante a exportação dos serviços que prestam e dos bens fabricados no Brasil. Companhias italianas, espanholas e francesas também devem se instalar no porto, que terá uma Zona de Desenvolvimento Especial, como na China, com 265 quilômetros quadrados.A responsável pela obra é a empreiteira Odebrecht. Dilma desembarcou neste domingo em Havana, onde foi recepcionada no aeroporto José Martí pelo ministro de Comércio Exterior e Investimento Estrangeiro, Rodrigo Malmierca. Depois de inaugurar a primeira parte do Porto de Mariel, ela participará, na terça-feira, 28, da abertura da II Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).O encontro da Celac marca o retorno de Cuba aos organismos de integração regional. Suspenso da Organização dos Estados Americanos (OEA) em 1962, o país é anfitrião da cúpula, que vai reunir 33 chefes de Estado e de governo e tem como tema a redução da pobreza e o combate às desigualdades regionais. A defesa da paz, do multilateralismo e o desarmamento nuclear também estão na agenda da cúpula.

    domingo, 26 de janeiro de 2014

    Fórum de Davos termina otimista em relação à economia mundial

                 
     
    25/01/2014 16h56publicação
    • Davos
    • Agência Lusa Edição: Graça Adjuto          
    O Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, terminou hoje (25) com um tom de otimismo em relação à recuperação da economia mundial, embora sejam reconhecidos os desafios que enfrenta.

    "Essa recuperação que começa está verdadeiramente dentro de um processo de consolidação", resumiu a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, em debate com alguns dos atores econômicos mais importantes do mundo.

    O governador do Banco do Japão, Haruhiko Kuroda, mostrou-se "prudentemente otimista em relação às perspectivas econômicas mundiais". Para ele, "os Estados Unidos vão provavelmente crescer 3% ou mais neste ano e no próximo, a Europa começa a se recuperar e o Japão também faz progressos significativos".
    Na terça-feira (21), o FMI melhorou ligeiramente a sua previsão para o crescimento econômico mundial em 2014 (de 3,6% para 3,7%), antes do início dos trabalhos de cerca de 2.500 participantes do fórum.

    Este ano, a situação da Europa, que tenta sair de uma crise de vários anos, determinou o debate. "A zona do euro, em seu conjunto, não está no centro de todas as preocupações da economia mundial", disse o ministro alemão das Finanças, Wolfgang Schauble. Segundo ele, "os países-membros que têm mais sucesso são os que enfrentaram programas de assistência, porque cumpriram a sua missão".

    Um dos riscos citados por Christine Lagarde foi a probabilidade de deflação, ainda que fraca, particularmente na Europa, onde a inflação está "muito abaixo" do objetivo de 2% ou ligeiramente inferior a esse valor.
    O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, por seu lado, defendeu que a inflação é baixa e que assim vai permanecer, mas que não há risco de deflação porque o BCE está "pronto para agir assim que for preciso".
    Outra interrogação vem dos países emergentes, cujas economias tem sofrido turbulências sobretudo devido ao fim da política monetária ultraconservadora da Reserva Federal (Fed) norte-americana, de juros muito baixos. "Isso é claramente um novo risco no horizonte", advertiu a presidente do FMI.
    As divisas dos países emergentes viveram na quinta-feira (23) a maior desvalorização dos últimos cinco anos, depois de os deputados argentinos terem aprovado uma lei que permite a desvalorização da sua moeda, o peso.
    Em seguida a essa decisão, a lira turca desvalorizou, a hryvnia ucraniana caiu para mínimos de quatro anos e o rand sul-africano passou a negociar no nível mais baixo desde 2008.  

    sábado, 25 de janeiro de 2014

    Convidados defendem repensar Fórum Social para evitar esvaziamento

    24/01/2014 23h13publicação
    • Porto Alegre
    Danyele Soares - Enviada especial do Radiojornalismo/EBC Edição: Fábio Massalli
    Porto Alegre - Debate sobre Trabalho Decente, Democracia e Desenvolvimento. E/D: Claudir Nespolo, CUT; Aldolfo Aguirre, Argentina; Jaime Arciniega, Equador; e Shady Elnoshokaty, Egito (Fernando Frazão/Agência Brasil)
    O Fórum Social em Porto Alegre tem mais de 270 atividades autogestionadas, como debates, mostras, performances e expressões culturaisFernando Frazão/Agência Brasil
    Desde a primeira edição, em 2001, o Fórum Social é um espaço de debate e articulação de entidades e movimentos sociais. Mas o encontro, que foi criado para se contrapor ao Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, vem se esvaziando a cada ano. A edição de 2014, que ocorre de 21 a 26 de janeiro, reúne 7 mil pessoas, sendo 3 mil inscritos. Em 2001, por exemplo, o evento recebeu 20 mil participantes e, em 2002, 12 mil. Na tentativa de ampliar a mobilização para o fórum, alguns convidados defendem que é preciso repensar o encontro.
    É o que acredita o secretário de Relações Internacionais da Central de Trabalhadores da Argentina, Adolfo Fito Aguirre. Para ele, o evento teve um período de ascenção,mas agora há um declínio. Contudo, ainda é um importante espaço democrático. Aguirre explica que o novo contexto social pede que a atividade seja repensada. “É preciso construir outro paradigma, pois o atual não é provocante. Hoje, são outros debates e temos que nos adaptar.
    O economista Paul Singer concorda. Ele diz que se trata de um encontro democrático, pois defensores de diferentes opiniões conversam pacificamente. “O fórum é o espaço onde diversos povos encontram soluções para os problemas da humanidade. É um exercício de tolerância mútua e é a demonstração de que é possível tomar decisões importantes para a sociedade.”
    Porto Alegre - O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, participa do Fórum Social Temático 2014 (Fernando Frazão/Agência Brasil)


    sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

    Tombini diz em Davos que Brasil pode crescer mais

    24/01/2014 11h15
     
    Carolina Sarres* - Repórter da Agência Brasil Edição: Graça Adjuto          
    O presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, disse hoje (24), no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, que a expansão de cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro não é suficiente. Apesar disso, Tombini defendeu a condução da economia e destacou que ainda há espaço para crescer, especialmente na oferta de produtos manufaturados.
    “Não foi bom o suficiente. Temos de fazer mais, ir adiante. O governo tem uma ampla gama de áreas para atuar no que se refere à oferta. Temos uma ampla agenda em infraestrutura – aeroportos, grandes jogos em breve [Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016] -, ênfase em educação, em agenda pró-crescimento e de oferta. Estamos muito bem organizados nessa direção”, acrescentou Tombini.
    De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve expansão de 2,2% do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2013.
    Em relação à crise internacional, Tombini disse que o Brasil respondeu de forma “clássica” à questão, por meio da flexibilidade da política cambial e do acúmulo de divisas para amortecer déficits.
    “Está funcionando. A inflação está tendo redução, estamos nos movendo nessa direção”, disse.

    Ao ser questionado sobre o fato de o Brasil ter tomado as medidas estruturais necessárias para fazer funcionar a política monetária e sobre uma possível má interpretação em relação ao robustecimento da economia brasileira nos últimos anos, o presidente do BC defendeu o governo e explicou que o cenário é positivo.
    “Estamos próximos do pleno emprego. Para ir adiante, precisamos de nova fonte de crescimento para o Brasil. Do lado da demanda, vemos melhores condições para a indústria”, disse, ao citar a redução de 10% nos custos do setor no ano passado, por meio das desonerações em folhas de pagamento, dos incentivos fiscais, da redução do preço da energia e diminuição das taxas de juros.
    Tombini participou do painel O Futuro da Política Monetária, ao lado do presidente do Conselho do Banco Nacional da Suíça, Thomas J. Jordan, do ministro das Finanças do Reino Unido, George Osborne, e do presidente do Banco do Japão, Haruhiro Kuroda.
     
    *O Fórum Econômico Mundial de Davos está sendo transmitido ao vivo na página do evento na internet.

    quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

    No quarto ano, Dilma deixa de 'esnobar' Davos
            

    Agência Estado
    A presidente Dilma Rousseff terá, na sexta-feira, 24, uma sessão exclusiva de meia hora para falar ao público do Fórum Econômico Mundial de Davos, na Suíça. Ela será apresentada pelo fundador e presidente do Fórum, Klaus Schwab, e terá uma chance rara de expor sua política a uma audiência altamente qualificada e formada por empresários, profissionais e políticos de dezenas de países. Poderá falar de oportunidades de negócios no Brasil e tentar atrair investimentos. Poderá, além disso, tentar recompor a imagem de um governo marcado por maus resultados econômicos e pressionado por agências de classificação de risco. Seu antecessor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi à reunião logo depois da primeira posse, em janeiro de 2003. Tentou vender a imagem de governante confiável e foi elogiado. Dilma preferiu esnobar o Fórum nos três primeiros anos de mandato e recusar os convites. Vai aparecer, agora, no pior momento de seu governo. A inflação continua alta, com projeções na vizinhança de 6%. O balanço de pagamentos vai mal e a conta comercial teria fechado no vermelho, em 2013, sem os US$ 7,74 bilhões da exportação fictícia de sete plataformas de petróleo. As contas públicas foram embelezadas no fim do ano com receitas atípicas e grande volume de pagamentos diferidos. Além disso, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial preveem para o Brasil, neste ano, crescimento inferior à média global. Sessões especiais, como a programada para a presidente, são realizadas no principal e mais amplo auditório do centro de congressos de Davos. O convidado geralmente expõe suas ideias sem debate, responde a algumas perguntas de Klaus Schwab e, havendo tempo, recebe questões da plateia. O bom resultado é quase garantido, se a pessoa estiver bem preparada e se os perguntadores forem mais ou menos moderados. No ano passado, uma dessas sessões foi destinada ao primeiro-ministro russo Dmitri Medvedev. Ele enfrentou um interrogatório preparado por especialistas, mas resistiu razoavelmente. Neste ano, sessões especiais foram programadas também para os primeiros-ministros do Japão, Shinzo Abe, e do Reino Unido, David Cameron. A presidente Dilma Rousseff chega nesta quinta-feira, 23, à Suíça e passa o dia em Zurique. Tem encontros com o presidente da Fifa, Josef Blatter, e com os presidentes da Saab, fabricante do caça comprado pelo governo, da Unilever, da Novartis e do banco de investimentos Merrill Lynch. Amanhã, em Davos, participará da sessão especial e de um encontro com um grande grupo de empresários. Faltaram lugares, segundo se informou na quarta-feira, 22, para alguns interessados. Sem brilhoEmbora ainda possa atrair investidores, a economia brasileira perdeu boa parte do brilho exibido até há alguns anos. Cresceu muito menos do que a de outros emergentes e acumulou desequilíbrios maiores que os de outros países em desenvolvimento. Durante os três primeiros anos da atual gestão, o Produto Interno Bruto (PIB) deve ter aumentado em média cerca de 2% ao ano, incluindo uma estimativa de 2,3% para 2013. Nem esse desempenho fraco, visível desde o primeiro ano de governo, impediu a presidente e sua equipe de esnobar o Fórum. Davos é um lugar para quem busca projeção, disse no ano passado o chanceler Antônio Patriota, para explicar a ausência da presidente e de colegas da área econômica. Essa explicação foi dada a dois jornalistas brasileiros. Ambos haviam participado no dia anterior de um encontro com o secretário do Tesouro americano, Timothy Geithner. O representante americano para o comércio exterior, Ron Kirk, também se apresentou em Davos. Como principal negociador comercial de seu governo, Kirk desempenhava uma das funções atribuídas no Brasil ao ministro de Relações Exteriores. Era, portanto, do lado americano, o interlocutor de Patriota. Por que Washington precisaria de dois ministros em Davos, quando Brasília se contentava com um? Talvez Washington avalie o Fórum com mais entusiasmo. Quando o governo do presidente George W. Bush preparava a invasão do Iraque, o secretário de Estado, Collin Powell, foi a Davos para explicar a decisão de seu governo. Falou numa sessão ampla a acadêmicos, políticos, empresários e especialistas de diversos setores e de várias nacionalidades. A opinião dessa gente importa? Para governos de grandes potências, sim. Não para o governo da presidente Dilma Rousseff - pelo menos até há poucos meses. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

                           
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