Obama tem um sonho: igualdade económica para todos os americanos
Ele notou, como tem vindo a fazer em entrevistas, que os oradores de 1963 também vieram a Washington reclamar empregos decentes e oportunidade económica, não apenas o fim da segregação racial.
Muitos esperavam que este fosse o primeiro discurso de Obama sobre raça desde a sua primeira campanha presidencial em 2008. O primeiro Presidente negro da América decepcionou muitos negros por raramente falar de questões raciais em público durante o seu primeiro mandato e alguns dos seus críticos esperavam que ele corrigisse isso no seu discurso de quarta-feira, animado pelo espírito de outro grande líder negro americano, King. Afinal, há um mês, no rescaldo do veredicto sobre o homicídio do adolescente negro Trayvon Martin, Obama falou francamente sobre o tema, notando que existem poucos afro-americanos que não tenham experimentado preconceitos raciais — incluindo ele.
Ele reconheceu, como tantos oradores antes dele, incluindo dois ex-presidentes, Jimmy Carter e Bill Clinton, que o sonho de King não foi completamente cumprido. Mas converteu essa constatação num apelo ao activismo — como o organizador comunitário que foi em tempos, antes da sua carreira política. “Manter as conquistas que este país fez requer vigilância constante, em vez de complacência”, disse.
“A Marcha em Washington mostrou-nos que não somos reféns dos erros da história. Somos mestres do nosso destino.” E também: “A mudança não vem de Washington, mas para Washington”, disse.
Obama fez apenas uma breve referência ao seu lugar único no progresso racial da América dizendo que por causa das pessoas que marcharam há 50 anos, “eventualmente, a Casa Branca mudou”.
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