Grupo que atacou shopping no Quênia tinha americano e britânica
Forças quenianas tomaram controle de shopping em Nairóbi, diz governo.
Ataque causou 62 mortes, segundo a Cruz Vermelha.
Amina Mohamed está em Nova York, nos Estados Unidos, para a Assembleia Geral da ONU.
Anteriormente, o ministério do Interior do Quênia informou em sua conta de Twitter que as forças de segurança "tomaram o controle" do shopping atacado por membros da milícia islâmica radical Al-Shabab, no último sábado (21).
Segundo o comunicado, as tropas ainda vasculham o shopping em busca de terroristas. Lenku acredita que todos os reféns foram libertados.
O balanço do ataque até agora é de 62 mortos e 63 desaparecidos, segundo a Cruz Vermelha.
As forças especiais quenianas já não encontram resistência no edifício, havia afirmado nesta segunda-feira à noite à France Presse o porta-voz do governo queniano, Manoah Esipsu.
'Acredito que todos os reféns tenham sido retirados, mas não queremos nos arriscar', explicou.
Segundo ele, o tiroteio de sábado começou no supermercado Nakumat, dentro do shopping.
Al-Shabab
O ataque foi assumido pela milícia radical islâmica somali Al-Shabab, que afirma ter matado "mais de cem" pessoas em represália pela presença de militares do Quênia na missão da ONU na Somália.
O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, afirmou que seu sobrinho e a noiva dele estão entre os mortos.
"Eu mesmo perdi membros da minha família no ataque", afirmou em um discurso dirigido à nação, prometendo punir os responsáveis pelo ataque.
Câmeras de vigilância gravaram o ataque
Segundo imagens captadas por câmeras de segurança às quais o jornal queniano "The Standard" teve acesso, uma dúzia de criminosos invadiu o centro comercial Westgate no sábado.
As imagens confirmam a versão das testemunhas de que um comando islamita, armado com granadas, rifles e pistolas, invadiu o shopping por duas entradas distintas.
A maioria dos criminosos entrou pela porta principal, lançando granadas e atirando contra clientes de uma cafeteria.
Outro grupo entrou na galeria comercial pelo estacionamento, disparando contra um guarda antes de se dirigir aos andares superiores, onde uma rádio local organizava uma festa.
Logo depois de entrar, os islamitas lançaram duas granadas contra a multidão, mas apenas uma explodiu.
De acordo com testemunhas citadas pelo jornal, os islamitas forçaram as pessoas que estavam no centro comercial a recitar ao menos o início da Shahada, uma fórmula pronunciada pelos fiéis muçulmanos. Os que eram incapazes de fazê-lo eram mortos a sangue frio.
Segundo omesmo jornal, o grupo que invadiu o local pela entrada principal seguiu logo depois aos andares superiores do shopping.
As imagens das câmeras de vigilância também mostram os criminosos atirando contra as portas dos banheiros, depois de supostamente terem descoberto que muitas pessoas estavam refugiadas nos sanitários.
Depois, uma parte do grupo se dirigiu ao cinema do centro comercial, enquanto outra parte tomava o controle de um supermercado dentro do edifício.
Em uma declaração publicada na internet, o porta-voz dos shebab, Ali Mohamud Rage, ameaçou matar os reféns diante da pressão exercida contra eles por "Israel e outros governos cristãos".
"Autorizamos os mujahedines do interior do edifício a realizar ações contra os prisioneiros", disse.
Forças especiais israelenses chegaram no domingo para apoiar as forças quenianas, indicou à France Presse uma fonte que pediu o anonimato. Segundo um funcionário israelense, este seria, sobretudo, um apoio logístico, e não no combate.
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