Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, autorizou o envio de até 1.500 soldados adicionais para o Iraque, praticamente dobrando o número que já está lá, para aconselhar e treinar as forças iraquianas que combatem militantes do Estado Islâmico, disseram autoridades dos EUA nesta sexta-feira.
Os EUA têm cerca de 1.400 soldados no Iraque, um pouco abaixo de um limite anterior de 1.600.
O Pentágono informou que planeja estabelecer diversos locais em todo o país para treinar nove brigadas do Exército iraquiano e três brigadas de combatentes curdos conhecidos como peshmergas.
Os militares dos EUA também vão estabelecer centros de operações para "conselho e ajuda", somando-se aos centros similares já criados em Bagdá e Erbil.
Alarmado com o avanço dos militantes do Estado Islâmico em todo o Iraque, Obama começou a enviar recentemente tropas não-combatentes pela primeira vez desde que as forças norte-americanas se retiraram do país em 2011.
Um oficial militar dos EUA disse que um local para onde conselheiros militares seriam enviados em breve é a província de Anbar, que faz fronteira com a Síria e onde os combatentes do Estado Islâmico ainda estão na ofensiva.
As principais divisões militares do Iraque em Anbar foram seriamente danificadas. Pelo menos 6.000 soldados iraquianos foram mortos até junho e o dobro deste número desertou, segundo fontes médicas e diplomáticas.
Obama lançou ataques aéreos contra alvos do Estado Islâmico na Síria e no Iraque, mas ele descartou a possibilidade de enviar tropas terrestres para o combate.
O governo vai pedir ao Congresso 5,6 bilhões de dólares para as operações no Iraque e na Síria, que inclui 1,6 bilhão de dólares do novo "fundo para treinar e equipar o Iraque", segundo o escritório de administração e orçamento da Casa Branca.
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