Brasileira aguarda investigação para cremar irmão e pais mortos nos EUA (Postado por Lucas Pinheiro)
Três brasileiros foram indiciados pelo assassinato do menino e de seus pais, Vanderlei e Jacqueline Szczepanik. O desaparecimento da família, em dezembro de 2009, era um grande mistério.
Em entrevista ao G1 por telefone nesta quarta (19), Tatiane afirmou que a demissão de um dos acusados pelo crime, que era funcionário de Vanderlei, pode ter motivado os assassinatos.
Segundo ela, um dos acusados trabalhava na construtora de Vanderlei havia cerca de cinco anos, mas acabou sendo demitido. Com dificuldades em encontrar outro emprego por não saber falar inglês, "Carlos", como era conhecido, teria procurado o ex-patrão, que aceitou recontratá-lo porém para um cargo inferior ao de antes, com um salário menor. Tatiane acredita que a situação pode ter gerado o rancor, que acabou motivando os homicídios.
Os outros dois acusados também eram funcionários de Vanderlei na construtora e teriam ajudado "Carlos" no crime. Segundo reportagem do Bom Dia Brasil, eles foram apontados como assassinos pelas próprias esposas nos EUA. Um deles fez um acordo com a promotoria, em troca de uma possível redução na pena, para testemunhar contra os participantes. O outro foi deportado para o Brasil, e agora a justiça americana quer que o país o extradite de volta para ser julgado.
Foi por meio do testemunho acordado que os policiais chegaram aos restos mortais de Christopher, encontrados no leito do Rio Missouri. O testemunho revelou ainda a maneira como a família teria sido morta: o pai foi morto a pauladas enquanto a mãe e o filho foram enforcados. Os três teriam depois sido jogados no rio.
Segundo o "Comunidade News", jornal voltado para a comunidade brasileira nos EUA, a promotoria pediu a pena de morte par “Carlos”, acusado de ser o mentor do crime, com base nos relatos do outro funcionário.
À espera da justiça
Sem saber falar inglês, Tatiane Klein foi para Omaha, no estado americano de Nebraska, no início de 2010, semanas após o desaparecimento dos familiares, registrado em meados de dezembro do ano anterior. Desde então, vive no país com visto de turismo, sem poder trabalhar, acompanhando os avanços na investigação.
Passados dois meses desde sua chegada, ela resolveu buscar também o marido e o filho mais novo ao perceber que a investigação poderia levar ainda mais tempo. "Não temos visto para trabalhar, vivemos basicamente de doações. A ajuda financeira vem principalmente de igrejas e pessoas amigas. Também faço sandálias bordadas e vendo para conhecidos", conta a consultora óptica de 28 anos.
Tatiane disse que ficou satisfeita com a descoberta dos restos de seu irmão, e tem agora planos de cremá-lo. "Vou esperar de duas a três semanas para ver se encontram os outros corpos, para que a gente possa fazer uma só cerimônia para os três. Quero fazer uma cerimônia em Nebraska e depois levar as cinzas para o Brasil", conta ao G1.
O irmão, morto aos sete anos de idade, era nascido nos Estados Unidos mas tinha nacionalidade brasileira direta por conta dos pais, que cresceram em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
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