quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Manifestantes e polícia se enfrentam em dia de greve geral na Grécia (Postado por Lucas Pinheiro)

 Manifestantes e policiais de choque entraram em confronto nesta quarta-feira (26) em Atenas, capital da Grécia, durante um dia de greve geral contra as medidas de austeridade exigidas pela União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) como condição para seguir apoiando o país.

Os confrontos ocorreram na Praça Syntagma, no centro da capital. A polícia usou bombas de gás contra os manifestantes, que atiraram coquetéis molotov e pedras contra os policiais.

 Os confrontos prosseguiram na praça e próximo ao ministério das Finanças, onde um caminhão dos bombeiros estava estacionado, enquanto a maioria dos manifestantes protestavam pacificamente, antes de um reforço policial chegar e expulsar alguns jovens.

Alguns jovens também atearam fogo a um quiosque de uma empresa de telefonia e em lixeiras, além de quebrarem janelas, enquanto os hotéis de luxo ao longo da praça foram protegidos por um cordão policial.

Cerca de 50 mil pessoas participam dos protestos. Eles gritavam: "Não vamos nos submeter à troika (credores)" e "Fora UE e FMI!".

O dia de ação nacional, o primeiro desde junho, quando o governo de coalizão do primeiro-ministro conservador Antonis Samaras assumiu o poder, afeta consideravelmente o funcionamento da administração e os serviços públicos, com escolas fechadas e hospitais funcionando em ritmo lento.

 As férias de verão deram ao governo de coalizão liderado pelos conservadores uma calma relativa nas ruas desde que Samaras chegou ao poder com uma plataforma pró-euro e pró-resgate, mas os sindicatos preveem mais protestos com o fim do descanso.

"Ontem os espanhóis tomaram as ruas, hoje somos nós, amanhã serão os italianos e no dia seguinte, todo o povo da Europa", disse Yiorgos Harisis, sindicalista do sindicato dos servidores públicos Adedy.

Cerca de 3 mil policiais --o dobro do usado normalmente-- foram às ruas para proteger o centro de Atenas.

O último grande caso de violência nas ruas de Atenas havia ocorrido em fevereiro, quando manifestantes colocaram fogo em lojas e agências bancárias depois que o Parlamento aprovou as medidas de austeridade.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Brasileiro é condenado nos EUA por liderar gangue de tráfico humano (Postado por Lucas Pinheiro)



Um brasileiro de 48 anos foi condenado a 46 meses de prisão nos Estados Unidos sob a acusação de liderar uma gangue internacional de tráfico humano.

Nacip Teotônio Pires teria sido responsável pela entrada ilegal no país de centenas de imigrantes, provenientes principalmente dos estados do Paraná e de Goiás.

As pessoas levadas pela gangue incluíam mulheres que eram obrigadas a trabalhar em clubes de strip ou como prostitutas para pagar a passagem.

Pires, que usaria também os apelidos de 'Zé Maria' e 'Baraso', foi preso em Nova Jersey em junho de 2011 com outros quatro cúmplices, todos brasileiros. Uma sexta integrante da gangue, uma brasileira conhecida apenas como Priscila, está foragida.

Segundo a Justiça americana, os seis acusados também estariam ilegalmente nos Estados Unidos.

Caminhos
De acordo com documentos oficiais do processo contra Pires, ele e seus comparsas teriam agido entre 2008 e 2011 levando imigrantes ilegais a Nova Jersey, Texas e Massachusetts.

Eles cobrariam entre US$ 13 mil e US$ 25 mil (de R$ 26,3 mil a R$ 50,6 mil) para levar os imigrantes, dependendo da rota usada e da forma de pagamento - antecipado ou em prestações após a chegada aos Estados Unidos.

Segundo a acusação, o grupo levava os imigrantes usando basicamente dois caminhos. No primeiro, as pessoas eram levadas por via aérea ou marítima a ilhas caribenhas de St. Marteen ou Bahamas e de lá seguiam, também por via aérea ou marítima, para a Flórida ou para Porto Rico.

No segundo, elas iam de avião de São Paulo para a Cidade do México ou outro local da América Central, de lá seguiam para abrigos próximos à fronteira e cruzavam para os Estados Unidos à pé.

A gangue é acusada também de ameaçar atos de violência contra familiares dos imigrantes no Brasil ou de tomar propriedades dos imigrantes que não pagassem em dia as parcelas da dívida pelo transporte.

Muitas mulheres jovens eram obrigadas a trabalhar como dançarinas em clubes de striptease ou a se prostituírem para pagar suas dívidas.

As investigações sobre a gangue, que envolveram grampeamento de telefones celulares pelos quais eles negociavam os transportes, foram iniciadas após a denúncia feita por um dos clientes do grupo.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Náufrago sobrevive em mar aberto agarrado a engradado de peixe (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um americano sobreviveu após passar mais de um dia agarrado a um engradado plástico de transporte de peixe em mar aberto, após um naufrágio próximo a Sitka, no estado americano do Alasca.

O pescador Ryan Harris, de 19 anos, foi resgatado do Oceano Pacífico no sábado (8) por um helicóptero da Guarda Costeira, mais de 24 horas depois de seu barco ter virado por conta das fortes ondas.

O resgate foi fotografado pelo dono de um barco que estava próximo.

Harris disse que nunca pensou que ia morrer enquanto estava agarrado ao seu salvavidas improvisado e que passou o tempo cantando para tentar se distrair.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Talibãs ameaçam matar o príncipe Harry no Afeganistão (Postado por Lucas Pinheiro)

 O Talibã afegão disse nesta segunda-feira (10) que eles estavam fazendo tudo em seu poder para tentar sequestrar ou assassinar o príncipe Harry da Grã-Bretanha, que chegou ao Afeganistão na semana passada para pilotar helicópteros de ataque.

"Faremos todo o possível para matar o príncipe Harry e os outros membros das forças britânicas baseadas em Helmand", província do sul do Afeganistão, considerada um dos redutos dos talibãs, afirmou Zabihula Mujahid.

 "Não queremos capturá-lo, e sim matá-lo", completou o porta-voz talibã em uma entrevista por telefone à AFP. Já agência à Reuters o mesmo porta-voz deu outra versão: "Estamos usando todas as nossas forças para nos livrar dele, seja matando-o ou sequestrando-o".

Os talibãs iniciaram um "plano muito importante" para atacar o príncipe Harry, terceiro na linha de sucessão do trono britânico.

 Missão temporária
O príncipe Harry, conhecido como "capitão Wales", chegou na semana passada à província de Helmand para iniciar uma missão temporária como piloto de helicóptero de combate Apache, informou o ministério da Defesa britânico.

A missão, com duração prevista de quatro meses, é a segunda no país do príncipe Harry.

A missão anterior, iniciada em dezembro de 2007, foi mantida em sigilo até que a imprensa estrangeira a revelou, o que determinou, por motivos de segurança, repatriação imediata do príncipe após 10 semanas, em março de 2008.

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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Polícia se defende após demora no resgate de menina na França (Postado por Lucas Pinheiro)

 A polícia da França defendeu nesta quinta-feira (6) seu procedimento após um tiroteio nos Alpes, em que uma sobrevivente de quatro anos de idade foi deixada viva durante oito horas sob os cadáveres de sua mãe e avó antes de ser encontrada e resgatada.

Os pais e a avó da garota, uma família britânica de turistas, foram encontrados mortos pouco depois das 16h da quarta-feira (9h no horário de Brasília), em um carro em um acampamento da comuna de São Jorioz, perto de Annecy, na região de Haute-Savoie.

A irmã da menina, de 8 anos, estava ferida ao lado do veículo e foi hospitalizada na cidade de Grenoble. Ela está em situação "estável" e não corre risco de vida, segundo a polícia.

Um motociclista estava morto perto do veículo - a polícia acredita que ele passava no local na hora do crime e que não tinha relação com a família.

 A menina de 8 anos foi achada sem ferimentos pela polícia aproximadamente à meia-noite da quinta-feira (19h da quarta-feira, no horário de Brasília).

Ela havia se escondido no banco de trás do carro, perto dos corpos de suas parentes, e não foi vista quando a polícia chegou à cena.

 Orientação
"Nós tínhamos instruções de não entrar no carro e não mover os corpos", explicou o tenente-coronel da polícia local Benoit Vinnemann.

A orientação era válida até a chegada de uma equipe de peritos forenses baseados nos subúrbios de Paris, que são mobilizados para o local de grandes crimes.

Os policiais locais não conseguiram sequer abrir as portas da BMW da família por medo de que janelas, perfuradas por balas, quebraria, potencialmente comprometendo o trabalho dos peritos forenses.

Em casos como este, a equipe especializada calcula a trajetória de todas as balas disparadas, a fim de construir um modelo 3D do que aconteceu.

"Bombeiros, técnicos e médicos, todos olharam para dentro do carro através dos buracos nas janelas, mas nenhum deles viu a menina," disse o Sr. Vinnemann.

"Ela não se moveu. Ficou embaixo das pernas de sua mãe."

Um helicóptero equipado com câmera térmica registrou imagens do carro para verificar se havia outros corpos dentro, mas também não identificou a menina.

"Ela estava tão perto de sua mãe que apareceu como uma massa única", acrescentou Vinnemann.

Depois de conversar com colegas campistas no local onde a família estava hospedada, às 23h (18h da quarta-feira, no horário de Brasília), os policiais perceberam que uma das duas filhas não havia sido contabilizada.

Eles então lançaram uma busca na área em torno do carro com um helicóptero e cães farejadores, mas só quando a equipe especializada abriu o carro, aproximadamente à meia-noite, que a menina foi libertada.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Michelle defende 'sonho americano' e pede voto para Barack Obama (Postado por Lucas Pinheiro)

 A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, defendeu com firmeza nesta terça-feira (4) seu marido e candidato à reeleição, o presidente Barack Obama, durante a convenção democrata, em Charlotte, na Carolina do Norte.

Em seu discurso, Michelle disse que Obama "conhece o sonho americano porque o viveu" e em cujas promessas se pode confiar porque mantém as convicções que o levaram à Casa Branca. "Barack Obama continua sendo o mesmo homem por quem me apaixonei", afirmou Michelle em um emotivo discurso durante a jornada inaugural da convenção democrata.

Da mesma forma que sua avó, inclusive nos momentos mais difíceis, o presidente olha para frente "com paciência e sabedoria", e "me lembra que estamos em um jogo longo, que a mudança é dura e lenta, e nunca acontece de repente", ressaltou a primeira-dama. A primeira-dama dos Estados Unidos, Michelle Obama, defendeu com firmeza nesta terça-feira (4) seu marido e candidato à reeleição, o presidente Barack Obama, durante a convenção democrata, em Charlotte, na Carolina do Norte.

Em seu discurso, Michelle disse que Obama "conhece o sonho americano porque o viveu" e em cujas promessas se pode confiar porque mantém as convicções que o levaram à Casa Branca. "Barack Obama continua sendo o mesmo homem por quem me apaixonei", afirmou Michelle em um emotivo discurso durante a jornada inaugural da convenção democrata.

Da mesma forma que sua avó, inclusive nos momentos mais difíceis, o presidente olha para frente "com paciência e sabedoria", e "me lembra que estamos em um jogo longo, que a mudança é dura e lenta, e nunca acontece de repente", ressaltou a primeira-dama.

 Radiante com um vestido fúcsia, Michelle ofereceu um discurso muito pessoal e lembrou as "alegrias simples" da família como ver um jogo de futebol no sábado ou ir à casa da avó no domingo quando viviam em Chicago.

Como mãe de Malia e Sasha, disse que há quatro anos estava "segura que (Obama) seria um presidente extraordinário", mas lhe preocupava como impactaria em suas duas filhas a mudança à Casa Branca.

"Barack e eu fomos criados por famílias que não tinham muito em termos de dinheiro ou posses materiais, mas que nos deram algo muito mais valioso, seu amor incondicional e seu sacrifício inquebrantável", salientou.

A avó de Obama, Madelyn Payne Dunham, "acreditava na promessa fundamental do sonho americano" da recompensa ao trabalho duro "e nos ressuscitou" com seu exemplo, declarou.

Após tantos "momentos que puseram a toda prova meu marido de uma maneira que nunca teria imaginado, vi em primeira mão que ser presidente não muda quem você é, mas revela quem você é de verdade", refletiu Michelle.

Obama "nunca esqueceu como começou" e quando se trata da reconstrução da economia, da saúde ou da educação, segundo a primeira-dama, pensa em seus valores e em dar a todas as pessoas "as mesmas oportunidades" que o ajudaram a ter êxito.

A história dos EUA "é de inquebrantável esperança fundada na luta implacável" e isso "é o que tornou possível minha história, a de Barack e tantas outras", enfatizou Michelle.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Igreja da Unificação prepara funeral do reverendo Moon (Postado por Lucas Pinheiro)

 A Igreja da Unificação iniciou os preparativos para o funeral de seu fundador, Sun Myung Moon, mais conhecido no Brasil como reverendo Moon, que faleceu aos 92 anos.

A cerimônia acontecerá em uma pequena localidade sul-coreana isolada, que deve receber milhares de seguidores.

Operários começaram a pavimentar uma rua de duas vias e de um quilômetro de comprimento que leva ao gigantesco complexo onde fica no quartel-general da Igreja, chamada por muitos de seita, em Gapyeong, ao leste de Seul.

 Nesta cidade acontecerá no dia 15 de setembro o funeral do autoproclamado messias sul-coreano, que funcou a controversa Igreja da Unificação e a transformou em um império bilionário.

A partir desta quinta-feira (6), os fiéis poderão visitar um altar que será construído em uma sala do complexo.

 Pneumonia
Moon, que tinha sido hospitalizado no mês passado depois de sofrer complicações em decorrência de uma pneumonia, faleceu passadas as 2h de segunda-feira, 3 (hora local, 14h de domingo, 2, hora de Brasília), informou um porta-voz do reverendo à AFP.

Na sexta-feira (31), a seita havia informado que seu fundador sofria de um problema crítico nos órgãos vitais, que determinaram seu ingresso em terapia intensiva. No sábado, os médicos informaram que Moon tinha entrado "um estado irreversível de sua condição".

O corpo de Moon havia sido transportado para um edifício de mármore branco, sobre uma colina que domina o complexo.

"Era nosso pai e o messias de Deus. Seu corpo foi concebido por Deus e pensávamos que viveria 100 anos", declarou um colaborador.

Dezenas de fieis manifestaram aflição no portal da igreja.

"É como se o céu caísse sobre nós e o mundo inteiro desabasse", escreveu um deles.

"És o rei dos reis eternos, o messias da humanidade, permanecerás para sempre em nosso coração", destacou outro.

Bo Hi Pak, colaborador de Moon durante décadas, espera o comparecimento de dezenas de milhares de fiéis ao funeral, grande parte deles procedentes do exterior.

Sul-coreano, Moon nasceu em uma família de agricultores em uma região que atualmente faz parte do território norte-coreano. O reverendo dizia que aos 15 anos teve uma visão de Jesus pedindo que completasse a missão interrompida pela crucificação.

Segundo trechos de sua biografia publicada em seu site pessoal, ele foi torturado e mandado para um campo de trabalhos forçados enquanto pregava na Coreia após a Segunda Guerra Mundial. Foi libertado quando os guardas fugiram com o avanço das forças americanas durante a Guerra da Coreia.

Depois de vagar pela cidade de Busan, no sul, como um refugiado de guerra, ele teria construído a sua primeira igreja nesta região, usando caixas de rações militares.

Rejeitado pelas igrejas protestantes coreanas, Moon fundaria em 1954 sua própria congregação, a Igreja da Unificação. Atualmente é uma das maiores e mais controversas comunidades religiosas do mundo, sendo considerada uma seita em vários países.

A igreja tinha presença em vários países da América Latina, como o Brasil, onde possuía mais de 40 terrenos no Mato Grosso do Sul.

"Meu coração está muito triste e todos os membros de nossa associação devem estar na mesma situação", declarou ao portal de notícias G1 Yasushiro Ishii, diretor da igreja em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul.

A organização reivindica pregar em 200 países para três milhões de seguidores que se referem a Moon como "o verdadeiro pai" e o consideram "o único Messias da história humana".

Ensinamentos questionados
Os ensinamentos de Moon são baseados na Bíblia, mas com novas interpretações, e são considerados heréticos por algumas organizações cristãs.

"A visão de Deus de Moon é essencialmente coreana, combinando xamanismo e padrões familiares confucianos ao modelo cristão", escreveu Michael Breen em seu livro, "The Koreans".

"Seu Deus é o pai misericordioso que sofre em uma agonia solitária em um mundo de crianças más", explicou o autor.

Os críticos consideram a Igreja da Unificação, cujo nome oficial é Federação Familiar para a Paz no Mundo e a Unificação, uma seita que pratica a lavagem cerebral de seus adeptos, uma acusação rejeitada pela organização.

O movimento é conhecido pelas cerimônias de casamento que reúnem milhares de casais. Seu vasto império econômico abrange os setores da construção, da educação, da alimentação, da engenharia e da imprensa. A organização possui, entre outros, o jornal Washington Times.

Em um editorial, o Washington Times elogiou o anticomunismo de Moon e sua defesa dos valores familiares.

"Fé. Família. Liberdade. Serviço. Os valores conservadores serviram como um comovente memorial em homenagem à sabedoria do homem cujas visões e coragem ajudaram a lutar as batalhas do dia", afirma o jornal.

Em 1991, Moon se reuniu com o então líder norte-coreano Kim Il-Sung em Pyongyang. Fez negócios com a Coreia do Norte, através de uma empresa associada à seita, Pyeonghwa (Peace) Motors, que desde 1999 se dedica à construção de automóveis no norte da península.

Em 1974, ele se reuniu com Richard Nixon na Casa Branca e, em um pedido polêmico, solicitou aos americanos que perdoassem seu presidente no escândalo de Watergate.

O reverendo deixou 14 filhos, muitos dos quais trabalham em seu império. Hyung Jin Moon, o caçula dos homens, o sucedeu em 2008, então com 28 anos, à fente do movimento.