quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Palestinos comemoram trégua nas ruas; conselho da ONU pede respeito (Postado por Lucas Pinheiro)

 Com tiros e gritos de vitória, os palestinos na Faixa de Gaza saíram às ruas para comemorar um acordo de cessar-fogo nesta quarta-feira (21) que pôs fim a oito dias de combates mortais entre Israel e militantes islâmicos.

Depois de ficarem presos em casa por dias, com medo dos ataques aéreos israelenses, milhares de palestinos lotaram carros e montaram em motocicletas, agitando bandeiras e cantando para o Hamas, principal adversário de Israel e grupo que governa a Faixa de Gaza.

 "Nós nos sentimos como se tivéssemos ganhado a nossa liberdade de volta, as nossas vidas de volta. Graças a Deus para o Hamas, e graças a Deus pela paciência e força do povo palestino em humilhar Israel", disse Mohammed Skeik, marchando ao lado de vários amigos com o punho em alto.

O cessar-fogo mediado pelo Egito pôs fim aos ataques aéreos israelenses que atingiram centenas de alvos do Hamas e ao disparo de mais de 2.000 foguetes e morteiros do Hamas e outras facções em direção a cidades israelenses, incluindo Tel Aviv e Jerusalém.

 Ao todo, 162 palestinos, incluindo 37 crianças e 11 mulheres, foram mortos na ofensiva, e cinco israelenses.

Disparando um tiro ensurdecedor de seu rifle Kalashnikov, Mohammed al-Ghazaleh disse: "(O primeiro-ministro israelense) Netanyahu vai chorar nesta noite, enquanto as pessoas de Gaza estão firmes em sua resistência e triunfaram."

"Israel não vai pensar em nos desafiar como agora nunca mais. Nós pagamos um preço caro no sangue de nosso povo pela agressão deles, mas tivemos grandes ganhos e mostramos a nossa força", disse.

Conselho pede respeito
O Conselho de Segurança da ONU pediu a Israel e ao Hamas que mantenham o acordo de cessar-fogo e elogiou os esforços do presidente egípcio, Mohamed Mursi, e de outras autoridades pela mediação da trégua.

O conselho, formado por 15 membros, também afirmou em comunicado que "deplorava a perda de vidas civis resultante desta situação."

 Israel e o grupo Hamas, que governa a Faixa de Gaza, concordaram nesta quarta-feira com um cessar-fogo mediado pelo Egito para acabar com oito dias de conflitos na região.

Entenda a crise
No dia 14 de novembro, uma operação militar israelense matou o chefe do braço militar do grupo Hamas na Faixa de Gaza, Ahmed Jaabali. Segundo testemunhas, ele dirigia seu carro quando o veículo explodiu. Seu guarda-costas também morreu.

Israel afirma que Jaabali era o responsável pela atividade "terrorista" do Hamas - movimento islâmico que controla Gaza - durante a última década. Após a morte, pedidos imediatos por vingança foram transmitidos na rádio do Hamas e grupos militantes menores alertaram que iriam retaliar. "Israel declarou guerra em Gaza e eles irão carregar a responsabilidade pelas consequências", disse a Jihad Islâmica.

No dia seguinte à morte de Jaabali, foguetes disparados de Gaza mataram três civis israelenses, aumentando a tensão e ampliando o revide aéreo de Israel - que não descarta uma operação por terra. Os bombardeios dos últimos dias, que já atingiram a sede do governo do Hamas na operação chamada de "Pilar defensivo", são a mais intensa ofensiva contra Gaza desde a invasão realizada há quatro anos na região, que deixou 1.400 palestinos mortos e 13 israelenses.

Acredita-se que a metade dos mortos sejam civis, o que desperta críticas à ação de Israel. O país alega que os membros do Hamas se escondem entre a população civil.

sábado, 17 de novembro de 2012

Israel bombardeia sede do governo do Hamas em Gaza (Postado por Lucas Pinheiro)

 Um bombardeio israelense atingiu na madrugada deste sábado (17) a sede do governo do movimento islamita Hamas em Gaza, no quarto dia consecutivo da ofensiva israelense "Pilar Defensivo", que já provocou a morte de 39 palestinos. Apenas neste sábado nove pessoas morreram, de acordo com fontes médicas.

De acordo informações de fontes do Exército israelense, foi atingido o escritório do primeiro-ministro do Hamas, Ismail Haniyeh, no norte da Faixa de Gaza. O prédio foi destruído. Haniyeh não estava no local no momento do ataque.

"O quartel-general do gabinete foi alvo de quatro ataques e o governo ressalta que permanece em suas posições e se mantém ao lado de seu povo", indicou o governo de Gaza em um comunicado, no quarto dia da ofensiva israelense.

Os novos ataques ocorrem após o lançamento sem precedentes contra a cidade sagrada de Jerusalém, que aumentou a tensão entre palestinos e israelenses.

 Segundo o Exército israelense, 200 alvos em Gaza foram atingidos na madrugada deste sábado, incluindo 120 lançadores de foguetes e 20 túneis. "Nas últimas seis horas, o IDF (exército israelense) atacou 85 novos locais terroristas", disse o exército em sua conta oficial do Twitter.

Uma porta-voz militar israelense informou sobre "mais de 830" ataques contra Gaza desde quarta-feira. Um total de 367 foguetes foram disparados da Faixa de Gaza contra Israel, dos quais 222 foram interceptados pelo sistema antimísseis Cúpula de Ferro, acrescentou.

Em contrapartida, um foguete disparado desde Gaza contra Israel deixou quatro soldados israelenses feridos. Israel posicionou neste sábado na área metropolitana de Tel Aviv uma bateria do sistema de intercepção de mísseis “Cúpula de Ferro”, para proteger a cidade de ataques palestinos. Na quinta-feira (15), três projéteis disparados de Gaza caíram no mar nas proximidades da cidade.

Em Gaza foi possível ouvir um intenso bombardeio entre 4h e 5h (horário local). Ao menos 180 alvos na Faixa de Gaza foram bombardeados por Israel durante a madrugada.

 Além da sede do Governo do Hamas em Gaza, foram atingidos o Estádio Palestina, um centro de esportes e juventude administrado pelo Ministério do Esporte, o complexo central da Polícia do Hamas em Gaza e outras delegacias.

A Força Aérea Israelense também continuou atacando seus alvos iniciais, os locais de depósito de armas dos militantes palestinos e suas áreas militares. O Exército convocou milhares de reservistas e mobilizou tropas, tanques e outros veículos armados pela fronteira com Gaza, sinalizando que uma invasão terrestre pode estar próxima.

Cerca de 20 mil membros da reserva do exército, convocados em regime de urgência, integraram suas unidades na manhã deste sábado.Por enquanto, nenhuma ação foi confirmada.

Os ataques também tiveram como alvo transformadores de energia elétrica e a rede de túneis usados para o contrabando de armas do Egito para Gaza.

Duas casas pertencentes a destacados funcionários do Executivo do Hamas também foram atingidas: uma no campo de refugiados de Jabalya, ao norte, e outra na capital da Faixa de Gaza. Em Jabalya, cerca de 30 pessoas ficaram feridas.

Em meio à ofensiva, o ministro das Relações Exteriores da Tunísia, Rafik Abdel Salam, chegou neste sábado (17) à Faixa de Gaza para realizar uma visita oficial. Em pronunciamento, ele denunciou os ataques israelenses contra os palestinos e os classificou como inaceitáveis e contra a lei internacional.

Com os novos ataques, o número de palestinos mortos chegou a 39. O balanço de feridos é de 280 pessoas desde o início da operação militar, na última quarta-feira (14).

 Mortos
Na madrugada deste sábado, nove palestinos morreram em novos ataques israelenses, somando 39 vítimas fatais desde quarta-feira, informaram fontes médicas da Faixa de Gaza. Três israelenses também morreram nos confrontos.

Até a meia-noite local, o balanço era de 29 vítimas fatais, mas nas últimas horas morreram duas pessoas que haviam sido internadas com ferimentos e outros oito palestinos atingidos em diferentes bombardeios.

 Um homem faleceu em um bombardeio israelense ao leste da cidade de Khan Yunes, enquanto outros três morreram em um ataque similar ao leste do campo de refugiados de Al-Mughazi, segundo Ashraf al-Quedra, porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza, que calculou os feridos em 300 desde o início da ofensiva israelense.

Além disso, outras três pessoas morreram em outro bombardeio da aviação israelense ao leste da cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, segundo a emissora de televisão "Al-Aqsa", ligada ao Hamas.

Bombardeios
O porta-voz do Hamas em Gaza, Sami Abu Zuhri, advertiu em comunicado que Israel "pagará um alto preço por seus crimes", uma vez que 'ultrapassou todas as linhas vermelhas.

Segundo a "Ma'an", 30 civis foram feridos em ataques contra o campo de refugiados de Bureij, onde a Força Aérea israelense bombardeou uma mesquita e a casa de um miliciano do Hamas.

Durante a noite, as milícias palestinas seguiram lançando foguetes contra o território israelense, um dos quais matou na terça-feira três civis israelenses.

Dois projéteis caíram sobre a região do Conselho de Ashkelon, um na área de Sderot e outro na de Shaar Negev, sem deixar vítimas, informou a versão digital do diário israelense "Yedioth Ahronoth".

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Xi Jinping é eleito novo líder do Partido Comunista da China (Postado por Lucas Pinheiro)

 O Comitê Central do Partido Comunista da China designou nesta quinta-feira (15), como era esperado, Xi Jinping como o secretário-geral da formação e o "número um" da nova lista de sete membros do Comitê Permanente, principal órgão da agremiação, anunciou a agência Xinhua.

Desta forma, Xi, de 59 anos, vai assumir a presidência da China em março de 2013, sucedendo a Hu Jintao, que deixa nesta quinta seu posto no Comitê Permanente e também a Secretaria Geral do Partido.

Essas mudanças são o primeiro passo na transição da quarta para a quinta geração de líderes comunistas.

 Os outros novos intengrantes do Comitê Permanente, também principais autoridades do partido, são Li Keqiang, Zhang Dejiang, Yu Zhengsheng, Liu Yunshan, Wang Qishan e Zhang Gaoli.

A nomeação de Xi como novo líder do partido já era esperada havia meses.

Ele também foi alçado à condição de presidente da Comissão Militar Central, o órgão que controla as Forças Armadas da potência asiática.

Xi e os outros seis membros do Comitê Permanente se apresentaram à imprensa local e internacional por volta das 12h locais (2h de Brasília) no Grande Palácio do Povo, em Pequim, onde foi realizado o 18º Congresso do Partido Comunista entre 8 e 14 de novembro.

 Em seu primeiro discurso como chefe do partido, Xi louvou "o caráter e a vontade do povo chinês durante seus 5.000 anos de história" e demonstrou a intenção de dar continuidade ao processo de reformas e abertura vivido pela China nas últimas décadas.

Ele disse que assume "enormes responsabilidades" diante da segunda economia do mundo, e admitiu que o Partido Comunista enfrenta "graves desafios", incluindo a corrupção.

Mas os novos dirigentes chineses estão mobilizados para 'garantir uma vida melhor' ao seu povo, assegurou.

Escolha em segredo
Diferentemente da overdose midiática observada na eleição presidencial dos Estados Unidos na semana passada, a aparição à luz do dia da nova direção do partido único chinês, no poder desde 1949, coloca um ponto final aos trabalhos, cercados de segredos, do 18º congresso do partido.

Reunido pela manhã, o novo comitê central do PCC, 205 dignitários eleitos na véspera pelos congressistas, deveria designar um novo Politburo de 25 membros.

Entre eles foi eleito o cenáculo - reduzido de nove a sete membros - das máximas personalidades do regime, no qual Xi Jinping terá que se impor nos próximos cinco anos de seu primeiro mandato. A reeleição é praticamente certa.

Este grupo estrito será composto, além do novo líder, por Li Keqiang, Zhang Dejiang, Yu Zhengsheng, Liu Yunshan, Wang Qishan e Zhang Gaoli, segundo a agência oficial chinesa.

Ao se despedir, Hu Jintao pediu que seu sucessor "faça uma limpeza" na casa chinesa, afundada em corrupção.

Personalidade enigmática
Primeiro dirigente nascido após a fundação do regime comunista por Mao Tsé-Tung, em 1949, a personalidade de Xi Jinping é um grande enigma, e sua carreira é própria de um integrante do partido que foi subindo à sombra de seu antecessor.

Filho de um "herói revolucionário", Xi Jinping é um dos "pequenos príncipes" da aristocracia que governa um país em plena mutação.

Sua esposa, Peng Liyuan, uma famosa cantora que tem a patente de general do exército, é mais popular que ele na China, e o casal tem uma filha que estuda nos Estados Unidos, na Universidade de Harvard, com nome falso.

Ele seguiu uma carreira clássica de dirigente comunista, primeiro provincial, depois em Xangai, antes de integrar o "santa santorum" do PCC em 2007 e assumir a vice-presidência da tepública em 2008.

A censura bloqueou imediatamente as revelações da agência Bloomberg em junho passado sobre a fortuna de sua família, avaliada em mais de US$ 2 bilhões.

Na política externa, não são esperadas mudanças espetaculares na questão diplomática.

Em relação aos direitos humanos, Xi deverá decidir se manda colocar em liberdade o prêmio Nobel da Paz 2010, o intelectual dissidente Liu Xiaobo.

Xi é apresentado, em geral, como um homem de compromisso aceitável pelas facções reformistas e conservadoras. Será apoiado por Li Keqiang, que em março substituirá Wen Jiabao no cargo de primeiro-ministro.

Hu Jintao, por sua vez, passará aos bastidores do poder, como ocorreu com ex-dignitários do regime, entre eles o ex-presidente Jiang Zemin (1992-2002), o mais poderoso de todos.

Xi será o sexto líder máximo da República Popular da China, depois de Mao Tse-tung (1949-1976), Hua Guofeng (1976-78), Deng Xiaoping (1978-92), Jiang Zemin (1992-2002) e Hu Jintao (2002-2012).

Congresso confirma 'pequeno príncipe' como novo líder da China


Filho de veterano da revolução, Xi Jinping é casado com cantora com cargo de general e tem filha sob anonimato em Harvard.


15 de novembro de 2012 | 7h 30
 
 
O Congresso do Partido Comunista da China chegou ao seu ápice nesta quinta-feira sem surpresas. O até agora vice-presidente do país, Xi Jinping, foi confirmado como chefe do partido e próximo presidente chinês.


Xi Jinping substituirá o atual líder, Hu Jintao, que deixará seu cargo como chefe do partido neste ano e a Presidência em 2013 - e será encarregado de conduzir o país mais populoso e a segunda maior economia do mundo.

O político de 59 anos é visto como um "pequeno príncipe", termo usado para descrever os funcionários de alto escalão do partido cujo êxito, ao menos em parte, é creditado por muitos às suas conexões familiares. Xi Jinping é filho de um político que integrou nos anos 80 o Politburo, o segundo organismo na hierarquia de poder da China.

Até agora, além de ser vice-presidente, Xi integrava o Comitê Permanente do Partido Comunista da China e era membro do órgão do partido que controla o Exército, algo que os analistas viam como um sinal de que estava sendo preparado para comandar o partido.

'Sincero e honesto'

Nascido em Pequim em 1953, Xi Jinping é filho de um veterano revolucionário, Xi Zhongxun, um dos fundadores do Partido Comunista.

Antes da Revolução Cultural, Xi Zhongxun foi expulso de seu posto como vice-primeiro-ministro em 1962 e posteriormente preso. Ele foi libertado somente em 1975.

Xi Jinping foi enviado com 15 anos para trabalhar na remota cidade de Liangjiahe, onde passou sete anos, algo comum entre os "jovens intelectuais" na época.

Uma autoridade local que o conheceu no período o descreve como "muito sincero e honesto".

O futuro presidente declarou anos depois que trabalhar entre os camponeses foi uma "experiência-chave" em sua vida.

Xi estudou engenharia química em Pequim, na mesma universidade que formou seu predecessor no cargo, Hu Jintao, e outros líderes chineses.

Após entrar no Partido Comunista, em 1974, ele foi secretário local da agremiação na província de Hebei antes de obter cargos de mais alto escalão em outras províncias.

Em 2007, ele foi nomeado chefe do partido em Xangai quando o líder anterior, Chen Liangyu, foi expulso após ser acusado de corrupção.

Pouco depois, Xi foi promovido ao Comitê Permanente do Partido Comunista, do qual se tornaria vice-presidente em 2008.

Ele é considerado defensor da abertura econômica depois de ter trabalhado durante anos para atrair o investimento estrangeiro a Fujian e Zhejiang.

Em 2005, quando era secretário do partido em Zhejiang, ele afirmou à imprensa que o "governo deveria ter um papel limitado" e afirmou que, quando há problemas que o governo não pode solucionar, a população deve ter poder de abordá-los.

Conhecido por advogar a tolerância zero com os funcionários corruptos, Xi foi encarregado em duas ocasiões de fazer frente a grandes problemas, como no fim dos anos 1990, quando ajudou a esclarecer um escândalo de corrupção.

Posteriormente, em 2004, afirmou em um discurso a autoridades: "Freiem suas esposas, filhos, familiares, amigos e empregados e prometam não usar o poder para benefício próprio".

Apesar disso, uma reportagem da agência de notícias americana Bloomberg neste ano, que analisava as finanças dos familiares de Xi, levou ao bloqueio da página da agência na internet na China, apesar de a investigação não ter encontrado indícios de ações inadequadas por parte do político e de sua família.

Laços com os EUA

Xi também é conhecido por falar sem rodeios. Em 2009, no México, rebateu as críticas contra as preocupações pela pujança chinesa. "Alguns estrangeiros com os estômagos cheios e nada melhor para fazer se dedicam a nos apontar o dedo", reclamou.

"Primeiro: a China não exporta a revolução. Segundo: não exporta fome e pobreza. Terceiro: não incomoda vocês. Que mais se pode dizer?", afirmou na ocasião.

Seus comentários de que prometia "esmagar" qualquer tentativa de desestabilizar o Tibete também contribuíram para fortalecer sua fama de orador contundente.

Alguns analistas acreditam que o mundo verá mais mostras de sua contundência ao falar quando ele assumir seus novos cargos.

"Com a elevação do sentimento nacionalista na China, Xi Jinping terá que ser mais enérgico", afirma o analista Bo Zhiyue, da Universidade Nacional de Cingapura.

Mas, para muitos na China, Xi é mais conhecido por causa de sua mulher, a cantora Peng Liyuan, que também é general do Exército.

O casal tem uma filha, Xi Mingze, estuda na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sob um pseudônimo, para manter o anonimato.

Peng Liyuan descreve seu marido como "austero, trabalhador e com os pés no chão".

Pouco se sabe dos hobbies de Xi além de que gosta de basquete e, de acordo com uma comunicação diplomática americana vazada, de filmes de Hollywood.

Esse gosto teria sido consequência do breve período que passou nos Estados Unidos, em 1985, com uma família do Estado de Iowa, onde estudou técnicas de criação de porcos.

Em fevereiro deste ano, voltou à mesma cidade em uma viagem aos Estados Unidos vista como um movimento para elevar seu reconhecimento internacional.

Na ocasião, a mídia local entrevistou gente que o conheceu nos anos 1980. "Era imponente, mas nada reservado", afirmou Joni Axel ao diário local Muscatine Journal. "Ele tinha um sorriso para todos e se lembrava de histórias com cada um dos velhos amigos", disse.

Nessa mesma visita, ele pediu a criação de uma "confiança estratégica" mais profunda entre a China e os Estados Unidos para reduzir os mal-entendidos.

E disse que as relações entre ambos os países são "um rio imparável" ao enfatizar que uma China próspera é uma força positiva para a paz global. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Milhões fazem greve contra medidas de austeridade anticrise na Europa (Postado por Lucas Pinheiro)

 Policiais e manifestantes entraram em confronto nesta quarta-feira (14) na Espanha, em Portugal e na Itália, num dia em que milhões de pessoas faziam greve para protestar contra as medidas de austeridade dos governos europeus contra a crise econômica na região.

Centenas de voos foram cancelados, fábricas e portos foram fechados, e o movimento de trens quase parou na Espanha e em Portugal, onde sindicatos fizeram sua primeira greve geral coordenada, de 24 horas, para protestar contra cortes nos gastos públicos.

 As lideranças sindicais dos dois países argumentam que as medidas de austeridade que os governos adotaram para tentar superar a crise apenas provocaram mais pobreza e aprofundaram os problemas da região.

Milhões de pessoas aderiram às greves nos dois países.

Na espanha, pelo menos 60 pessoas foram detidas e 34 ficaram feridas em confrontos, segundo o Ministério do Interior.

Sindicatos de Grécia, Itália, França e Bélgica também planejaram paralisações ou manifestações como parte do "Dia Europeu de Ação e Solidariedade".

Na Itália, policiais ficaram feridos em protestos em Milão e em Torino.

A greve na Espanha foi convocada pelos dois principais sindicatos do país, a União Geral de Trabalhadores (UGT) e as Comissões Operárias (CO). O consumo de energia caiu 11%, à medida que fábricas desligaram suas linhas de produção.

 Em Portugal, várias atividades eram afetadas pela greve geral contra o governo de centro-direita.

Os transportes estavam paralisados ou com serviços reduzidos na capital, Lisboa. Os trens  estavam praticamente sem funcionar e o metrô ficou fechado. Funcionários do setor de saúde também aderiram à greve.

Cerca de 5 milhões de pessoas, ou 22% da força de trabalho, são sindicalizadas na Espanha. Em Portugal, cerca de um quarto da força de trabalho de 5,5 milhões é sindicalizada.

Os sindicatos planejam comícios e passeatas em várias cidades de ambos os países, com uma grande manifestação em Madri marcada para começar às 18h30 (15h30 do horário de Brasília).

Crise
Credores internacionais e alguns economistas dizem que os programas de aumento de impostos e cortes de gastos são necessários para colocar as finanças públicas de volta num caminho saudável após anos de gastos excessivos.

 Apesar de vários países do sul da Europa terem sofrido explosões de violência, um protesto coordenado e eficaz regional contra a austeridade ainda não ganhou força e os governos até agora basicamente conseguiram manter suas políticas.

A Espanha, onde a crise elevou o desemprego a 25%, tem visto alguns dos maiores protestos e o primeiro-ministro Mariano Rajoy está tentando evitar ter que pedir um ajuda europeia, que poderia exigir cortes orçamentários ainda maiores.

Os espanhóis estão furiosos que os bancos tenham sido resgatados com dinheiro público, enquanto as pessoas comuns sofrem. Uma mutuária espanhola cometeu suicídio na semana passada enquanto oficiais de justiça tentavam despejá-la de sua casa por falta de pagamento da hipoteca.

Em Portugal, que aceitou uma ajuda da UE no ano passado, as ruas têm ficado mais calmas, mas a oposição pública e política à austeridade é clara, ameaçando arruinar novas medidas pretendidas pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.

Seu governo de centro-direita foi forçado a abandonar um aumento planejado de encargos trabalhistas diante de enormes protestos populares, mas o substituiu por mais impostos.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Amante de chefe da CIA revelou dados supostamente sigilosos em palestra


Paula Broadwell disse que missão dos EUA atacada em Benghazi abrigava centro de detenção da agência


12 de novembro de 2012 | 21h 15
 
Gustavo Chacra, correspondente em Nova York

NOVA YORK - Paula Broadwell, amante de David Petraeus - o homem que pediu demissão do cargo de diretor da CIA depois de o romance entre os dois ter sido tornado público na semana passada -, pode ter divulgado informações secretas em palestra na Universidade de Denver em outubro ao comentar o ataque ao Consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia.
Paula Broadwell, amante de David Petraeus - Chris O'Meara/AP
Chris O'Meara/AP
Paula Broadwell, amante de David Petraeus
O vídeo de sua palestra ganhou importância nesta segunda-feira, 12, depois de deputados e senadores afirmarem que pretendem abrir um inquérito para apurar a investigação do FBI (polícia federal dos EUA) sobre Petraeus. O relato dela altera totalmente a narrativa oficial sobre o que ocorreu em 11 de setembro deste ano, quando o embaixador americano na Líbia e outros quatro cidadãos dos EUA morreram.
Ao ser indagada por um estudante sobre o ataque em Benghazi, Paula, autora da biografia de Petraeus, disse que o "anexo da CIA na verdade tinha membros de uma milícia líbia presos e eles acreditam que o ataque tenha sido para resgatá-los". "O problema para Petraeus é que, em sua nova posição, ele não pode se comunicar com a imprensa. Portanto, ele sabe de tudo isso. Eles mantiveram correspondência com o chefe da estação da CIA na Líbia. Em 24 horas, sabiam o que estava ocorrendo", disse.
A CIA nega a informação. Inicialmente, o governo americano indicou que a morte teria sido resultado das manifestações contra um vídeo islamofóbico no YouTube. Posteriormente, a versão de que o ataque teria sido provocada por um atentado terrorista organizado ganhou força. O episódio foi um dos mais discutidos da campanha eleitoral americana.
Na palestra, Paula não indicou como teve acesso às informações. A investigação do FBI concluiu que Petraeus não passou para a amante nenhuma informação classificada.
Desde julho, o FBI e o Departamento de Justiça dos EUA tinham conhecimento do escândalo que envolvia Petraeus, mas apenas teriam informado a Casa Branca há uma semana, no dia da eleição presidencial. De acordo com deputados e senadores, o presidente Barack Obama e o Congresso deveriam ter sido avisados bem antes disso sobre uma investigação do número 1 da CIA.
"Isso é algo que poderia afetar a segurança nacional. Deveríamos ter sido avisados", disse a senadora democrata Diane Feinstein, presidente da Comissão de Inteligência do Senado, acrescentando que um inquérito será aberto para apurar o episódio. "Precisamos analisar o que aconteceu nesse período", disse o deputado republicano Peter Kink.
O FBI começou a investigação ao receber um pedido de Jill Kelley, que disse estar sendo alvo de e-mails ameaçadores. A agência americana, depois de verificar a origem das mensagens, descobriu que elas vinham da conta de Paula Broadwell.
No processo, o FBI acabou tendo acesso a uma troca de e-mails de conotação sexual entre Paula e Petraeus. Os dois teriam uma relação desde o ano passado, quando ele assumiu a CIA, segundo fontes ligadas a Petraeus, mas o romance se encerrou quatro meses atrás. Na época, Paula teria começado a enviar os e-mails para Jill, que era amiga do casal Petraeus quando o então general estava com base em Tampa.


quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Veja a repercussão da reeleição de Barack Obama (Postado por Lucas Pinheiro)

 O presidente Barack Obama foi reeleito na madrugada desta quarta-feira (7), dizendo que volta à Casa Branca mais determinado e inspirado.

Ele derrotou o candidato republicano Mitt Romney, que reconheceu a derrota pouco antes de Obama fazer o discurso de vitória.

Leia abaixo algumas repercussões da reeleição.

Dilma Rousseff
"Aproveito para parabenizar o presidente Barack Obama, reeleito ontem. Eu vou dar os parabéns a ele", disse a presidente, durante abertura da 15ª Conferência Internacional Anticorrupção, em Brasília.

David Cameron, primeiro-ministro britânico
"Os Estados Unidos são um interlocutor estratégico da União Europeia e desejamos continuar com a estreita cooperação estabelecida com o presidente Obama durante os últimos quatro anos".

George Soros, investidor bilionário
"Estou muito feliz que o presidente Obama ganhou. O eleitorado americano rejeitou posições extremistas"

Donald Trump, magnata das comunicações
"Esta eleição é um embuste total e uma caricatura. Nós não somos uma democracia! Nosso país está agora em um perigo sério e sem precedentes"

Julia Gillard, primeira-ministra da Austrália
"Ofereço congratulações para o presidente Barack Obama em sua reeleição e desejo a ele todo o sucesso em seu segundo mandato".

Shimon Peres, presidente de Israel
"Eu acho que foi uma campanha realmente democrática, com altos e baixos. Eu acredito que os dois candidatos tentaram mantê-la de um maneira muito justa. Por essa razão, Eu acredito que a vitória do Obama é uma vitória real. Eu acredito que o presidente Obama diz o que ele realmente pensa. Eu acredito que os olhos dele estão fixados no futuro".

Vladimir Putin, presidente da Rússia
"Nós vamos continuar trabalhando com essa administração. Estamos prontos, com base na igualdade mútua, no benefício mútuo e no respeito mútuo, para ir tão longe quanto a administração dos Estados Unidos está disposta a ir. Esperamos o desenvolvimento de iniciativas positivas, o aperfeiçoamento das relações bilaterais e a cooperação entre Rússia e Estados Unidos no plano internacional, no interesse da segurança e da estabilidade no mundo"

Angela Merkel, chanceler alemã
"Felicito o presidente Obama por sua reeleição. Estes últimos anos colaboramos estreita e amistosamente. Aprecio nossas numerosas conversações, [...] em particular, para superar a crise econômica e financeira mundial".

 Michael D. Higgins, presidente da Irlanda
"Obama, obrigado pela sua ajuda e esforços, a estreita relação entre Irlanda e Estados Unidos prosperou durante seu mandato. Temos muito trabalho a fazer, por exemplo, em várias áreas durante o próximo ano, quando a Irlanda assume a presidencia de turno da União Européia (UE) e trataremos de firmar um acordo comercial com os Estados Unidos para favorecer o crescimento de ambas as economias"


François Hollande, presidente da França
"Saúdo a eleição clara dos estadunidenses por um país mais aberto e solidário, plenamente comprometido com o cenário internacional".

Stephen Harper, primeiro ministro do Canadá
"Em nome do governo do Canadá, gostaria de felicitar o presidente Barack Obama por sua vitória na eleição e por ter sido reeleito pelo povo estadunidense para um segundo mandato. Desejo seguir trabajando com o presidente Obama com relação aos problemas econômicos globais, assim como quanto aos desafios da segurança. como os da Síria e do Irã"

Governo da China
"Já que as duas economias estão cada vez mais interligadas, um novo governo dos Estados Unidos deveria começar a aprender como construir um relacionamento mais construtivo e racional com a China. O novo governo Obama deveria talvez ter em mente que um relacionamento mais forte e dinâmico entre os Estados Unidos e a China, especialmente no comércio, não apenas dará aos EUA ricas oportunidades de negócios, mas também ajudará a reviver a frágil economia global". O governo chinês se manifestou por meio da agência estatal de notícias, Xinhua.

Ban Ki-moon, secretário geral da ONU
"A ONU seguirá contando com o compromisso ativo dos Estados Unidos nos temas internacionais. Teremos muitos desafios pela frente, desde o fim do derramamento de sangue na Síria, até a retomada do processo de paz no Oriente Médio, passando pela promoção do desenvolvimento sustentável e pela luta contra a mudança climática. Todos esses temas requerem uma forte cooperação multilateral".

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Aos 101 anos, homem sobreviveu a câncer, Holocausto, e agora, Sandy (Postado por Lucas Pinheiro)

Aos 101 anos, Morris Sorid sobreviveu ao Holocausto, a um câncer colorretal e, agora, à destruição da supertempestade Sandy, segundo reportagem do ‘New York Daily News’ desta segunda-feira (5).

“Eu fui quase destruído seis ou sete vezes durante minha vida”, disse Sorid, em sua cadeira de rodas. Ele é um dos cerca de 3 mil nova-iorquinos obrigados a sair de hospitais e casas de tratamento em locais como Rockaways, Coney Island e Queens antes da chegada da tempestade.

 Sorid estava em um quarto particular no Nautilus Hotel e foi realocado para uma biblioteca no porão de uma casa de repouso em Kew Gardens, Queens, que divide com dois homens de 89 e 92 e seus enfermeiros. “Para falar a verdade, o furacão não me anima muito”, brinca.

Sorid também conta com a ajuda de um enfermeiro, Archie Catacutan. “No domingo eu expliquei ao senhor Morris que estava chegando uma calamidade, então nós precisávamos sair”, diz ele. “Ele procurava pelos filhos, Harvey e Victor, mas eu disse que eles estavam a salvo.”

Em 1939, Sorid era educador e vivia com a mulher, Regina, e uma filha pequena em Pruzany, na Polônia, hoje Belarus. Quando os nazistas invadiram o local em 1940, eles criaram um gueto judeu e, em 1943, foi iniciada a saída de 10 mil judeus de Pruzany.

Ele conta que havia boatos de que eles seriam levados a campos de concentração, mas que ele e a família resolveram se esconder em um local que havia debaixo da casa onde moravam. Saíram apenas 18 dias depois e moraram na floresta. Eles foram refugiados por dois anos até emigrar para o Brooklyn em 1948. Depois, souberam que o resto da família morreu em Auschwitz, incluindo a filha de 5 anos.

A família e dois filhos reconstruiu a vida em Nova York. Ele dirigiu um caminhão levando cerveja e soda, depois abriu uma loja de conveniência e depois foi taxista. Aos 95, escreveu suas memórias, intituladas “One more miracle” (Mais um milagre). Agora, o avô de cinco netos diz: “Estou seguro. Com o que mais devo me preocupar?”

sábado, 3 de novembro de 2012

Ex-presos políticos repudiam retorno de corpo de ex-ditador paraguaio (Postado por Lucas Pinheiro)



Centenas de vítimas da ditadura paraguaia de Alfredo Stroessner (1954-19889) protestaram na sexta-feira à noite contra a repatriação do corpo do ex-governante, sepultado em Brasília, e pediram a punição das autoridades do antigo regime acusadas de crimes contra a humanidade.

 Com cartazes com frases como "Nunca mais Stroessner" e "Ditadura nunca mais", ex-presos políticos paraguaios se reuniram diante do Panteão Nacional dos Heróis para criticar a anunciada repatriação por familiares do falecido ditador.

A família informou que ainda não existe uma data para concretizar a repatriação, pois ainda são necessários trâmites no Brasil.

 Organizações de defesa dos direitos humanos calculam que quase 500 pessoas foram assassinadas durante a ditadura e 3 mil são consideradas desaparecidas. Além disso, 20 mil pessoas partiram para o exílio.

Após a queda de seu governo em fevereiro de 1989, Alfredo Stroessner pediu asilo no Brasil, onde faleceu em 16 de agosto de 2006.



sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Quase 5 milhões de pessoas nos EUA continuam sem luz após Sandy (Postado por Lucas Pinheiro)

 As autoridades dos Estados Unidos trabalharam contra o relógio nesta quinta-feira (1º) para restabelecer a eletricidade e os serviços básicos na Costa Leste, onde quase cinco milhões de pessoas ainda estão sem luz a apenas cinco dias das eleições presidenciais.

A tempestade Sandy matou 87 pessoas na Costa Leste do país e apagou as casas e as lojas de mais de oito milhões de usuários ao longo de 15 estados e do Distrito de Columbia.

No litoral do estado de Nova Jersey, onde o furacão tocou terra na segunda-feira passada, algumas cidades foram evacuadas por mandato estadual, e seus moradores não começaram a retornar às suas casas até a tarde de ontem.

 Em seu retorno encontraram os estragos que a água, o vento e a areia do mar tinham causado em suas propriedades, mas os trabalhos de limpeza e o restabelecimento completo de suas atividades passa pela recuperação da eletricidade, algo que em muitos casos ainda não aconteceu.

A Agência Federal de Emergências (Fema) pôs à disposição dos afetados mais de 50 geradores nas últimas 24 horas para atenuar as deficiências da falta de energia.

Os trabalhos de resgate de moradores presos nas regiões litorâneas continuavam. Em vários pontos do Nordeste do país, proprietários voltaram pela primeira vez aos seus imóveis devastados por incêndios e inundações.

O custo financeiro também deve ser elevado. A empresa de modelagem de desastres Eqecat estima que o Sandy tenha causado até US$ 20 bilhões de danos cobertos por seguros e de US$ 50 bilhões em prejuízos econômicos, o dobro da sua estimativa anterior.

Nova York
Em Nova York, duas redes subterrâneas de energia, que ficaram fora de serviço no domingo à noite em consequência das enchentes, foram recuperadas. O metrô voltou a funcionar parcialmente, e de graça, após quatro dias de interrupção.

 A eletricidade em toda a cidade só poderá ser restabelecida totalmente em 11 de novembro, informou a companhia Con Edison nesta quinta.

Na quarta, o prefeito Michael Bloomberg anunciou que o acesso de carros à ilha de Manhattan vai ser restrito até sexta, em uma tentativa de aliviar o trânsito, tornado ainda mais caótico na ilha após a tempestade.

Obama promete ajuda
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu às vítimas da supertempestade Sandy que o governo federal irá fornecer ajuda "no longo prazo", após ter inspecionado os danos causados na costa de Nova Jersey (leste).

"Nós estaremos aqui no longo prazo", afirmou Obama ao lado do governador do estado, o republicano Chris Christie, em um abrigo localizado na cidade de Brigantine, próxima de Atlantic City, ao sul de Nova York. "Nós não iremos tolerar nenhuma burocracia. Vamos garantir que vocês obtenham ajuda o mais rápido possível", acrescentou o presidente.

Depois de três dias dedicados à coordenação da ajuda às vítimas, o democrata Obama volta nesta quinta à campanha eleitoral, a menos de uma semana das eleições de 6 de novembro.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Imagens aéreas mostram destruição do furacão Sandy em Nova Jersey (Postado por Lucas Pinheiro)

 Imagens aéreas mostram a destruição causada pelo furacão Sandy na região de Nova Jersey, na costa leste dos Estados Unidos. A região, visitada pelo presidente Barack Obama na quarta-feira (31), foi uma das mais atingidas por Sandy.

Na quarta-feira, Obama afirmou às vítimas da supertempestade Sandy que o governo federal irá fornecer ajuda "no longo prazo". A afirmação foi feita após o presidente ter inspecionado os danos causados na costa de Nova Jersey (leste).

"Nós estaremos aqui no longo prazo", afirmou Obama ao lado do governador do estado, o republicano Chris Christie, em um abrigo localizado na cidade de Brigantine, próxima de Atlantic City, ao sul de Nova York. "Nós não iremos tolerar nenhuma burocracia. Vamos garantir que vocês obtenham ajuda o mais rápido possível", acrescentou o presidente.

"Minha principal mensagem é que o país inteiro viu o que aconteceu. Todo o mundo sabe que o estado de Nova Jersey foi duramente afetado", afirmou Obama, que assegurou às vítimas que "pensa neles em suas orações".

"A prioridade neste momento é restabelecer a eletricidade. E a partir do momento em que a eletricidade for restabelecida (...) haverá, evidentemente, limpeza a ser feita", acrescentou Obama, que sobrevoou de helicóptero com Christie a região da costa atlântica do estado.

 Obama estava acompanhado pelo porta-voz da Casa Branca, Jay Carney, e pelo diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês), Craig Fugate.

A tempestade Sandy continuava perdendo força, após ter causado pelo menos 50 mortes nos EUA, segundo distintas estimativas, enquanto 6,2 milhões de residências continuavam sem luz no nordeste do país.

Os estados de Nova York e Nova Jersey foram os mais afetados pela passagem de Sandy e tentavam se reerguer nesta quarta após o impacto da tempestade.