sábado, 8 de junho de 2013

ONU diz que metade dos sírios precisará de ajuda humanitária em 2013

Diário do Sudoeste FolhaPress
 
SÃO PAULO, SP, 7 de junho (Folhapress) - A ONU (Organização das Nações Unidas) divulgou um relatório hoje no qual estima que 10,25 milhões de sírios precisarão de ajuda humanitária até o fim de 2013. O número representa a metade da população do país.
 
 

A atividade econômica na Síria foi fortemente prejudicada pelos confrontos entre o regime de Bashar al-Assad e rebeldes, que combatem desde 2011. Se o conflito continua, a previsão é que o número de refugiados no exterior também suba, passando de 1,6 milhão para 3,4 milhões.
Os países mais afetados pelo intenso fluxo de sírios são Líbano, Jordânia, Turquia, Iraque e Egito. Segundo a agência, serão necessários US$ 5,2 bilhões (R$ 10,9 bilhões) para ajudar a todos os necessitados dentro e fora do país, 250% a mais que o previsto no início do ano.
Desse dinheiro, deverão ceder US$ 3,8 bilhões para os refugiados no exterior, sendo outros US$ 800 milhões solicitados de forma direta pelos governos da Jordânia e do Líbano. O resto será usado para ajudar os sírios que ainda estão dentro do país, número menor devido às dificuldades de entrada de ajuda humanitária.
O Programa Mundial de Alimentos da ONU, que entregou 500 milhões de refeições na Síria até agora este ano, estima que seus custos semanais subirão dos quase 20 milhões de dólares atuais para 36 milhões de dólares após setembro. O programa diz ter um deficit de financiamento em cerca de 725 milhões de dólares.
"Estes números são enormes. Eles não são sustentáveis a longo prazo", disse o diretor-executivo adjunto do programa, Amir Abdulla.
O coordenador regional de emergência na Síria do programa, Muhannad Hadi, disse: "Chegamos a um estágio na Síria em que algumas das pessoas, caso não recebam comida do Programa Mundial de Alimentos, simplesmente não comem".
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), pelo menos 70 mil pessoas morreram no país desde março de 2011, quando iniciaram os confrontos. Grupos de ativistas opositores, no entanto, estimam que as mortes sejam quase 100 mil.  

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