sábado, 28 de setembro de 2013

Mujica critica sociedade capitalista em discurso na ONU

Uruguaio criticou altos gastos dos países com armamentos - autor: Agência Efe
Uruguaio criticou altos gastos dos países com armamentos - autor: Agência Efe
O presidente do Uruguai, José Mujica, criticou duramente o consumismo durante seu discurso na 68º Assembleia Geral da ONU, em Nova York, nesta terça-feira (24/09). “O deus mercado organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos frustração, pobreza e autoexclusão”, afirmou.

No discurso, que durou 40 minutos, ele também elogiou a utopia “de seu tempo”, mencionou sua luta pelo antigo sonho de uma “sociedade libertária e sem classes” e destacou a importância da ONU, que se traduz para ele um “sonho de paz para a humanidade”.

Aos jornais uruguaios, Mujica prometeu um “discurso exótico” e fugiu do protocolo ao dizer que “tem angústia pelo futuro” e que nossa “primeira tarefa é salvar a vida humana”. “Sou do Sul (...) e carrego inequivocamente milhões de pessoas pobres na América Latina, carrego as culturas originárias esmagadas, o resto do colonialismo nas Malvinas, os bloqueios inúteis a Cuba, carrego a consequência da vigilância eletrônica, que gera desconfiança que nos envenena inutilmente. Carrego a dívida social e a necessidade de defender a Amazônia, nossos rios, de lutar por pátria para todos e que a Colômbia possa encontrar o caminho da paz, com o dever de lutar pela tolerância”.

A humanidade sacrificou os deuses imateriais e ocupou o templo com o “deus mercado, que organiza a economia, a vida e financia a aparência de felicidade. Parece que nascemos só para consumir e consumir. E quando não podemos, carregamos a frustração, a pobreza, a autoexclusão”. No mesmo tom, ressaltou o fracasso do modelo adotado no capitalismo: “o certo hoje é que para a sociedade consumir como um americano médio seriam necessários três planetas. Nossa civilização montou um desafio mentiroso”.

Para o presidente, o atual modelo de civilização “é contra os ciclos naturais, contra a liberdade, que supõe ter tempo para viver, (…) é uma civilização contra o tempo livre, que não se paga, que não se compra e que é o que nos permite viver as relações humanas”, porque “só o amor, a amizade, a solidariedade, e a família transcendem”. “Arrasamos as selvas e implantamos selvas de cimento. Enfrentamos o sedentarismo com esteiras, a insônia com remédios. E pensamos que somos felizes ao deixar o humano”.

Paz e guerra

“A cada 2 minutos se gastam dois milhões de dólares em insumos militares. As pesquisas médicas correspondem à quinta parte dos investimentos militares”, criticou o presidente ao sustentar que ainda estamos na pré-história: “enquanto o homem recorrer à guerra quando fracassar a política, estaremos na pré-história”, defendeu.

Assim, criamos “este processo do qual não podemos sair e causa ódio, fanatismo, desconfiança, novas guerras; eu sei que é fácil poeticamente autocriticarmos. Mas seria possível se firmássemos acordos de política planetária que nos garantam a paz”. Ao invés disso, “bloqueiam os espaços da ONU, que foi criada com um sonho de paz para a humanidade”.
O uruguaio também abordou a debilidade da ONU, que “se burocratiza por falta de poder e autonomia, de reconhecimento e de uma democracia e de um mundo que corresponda à maioria do planeta”.

“Nosso pequeno país tem a maior quantidade de soldados em missões de paz e estamos onde queiram que estejamos, e somos pequenos”. Dizemos com conhecimento de causa, garantiu o mandatário, que “estes sonhos, estes desafios que estão no horizonte implicam lutar por uma agenda de acordos mundiais para governar nossa história e superar as ameaças à vida”. Para isso é “preciso entender que os indigentes do mundo não são da África, ou da América Latina e sim de toda humanidade que, globalizada, deve se empenhar no desenvolvimento para a vida”.

“Pensem que a vida humana é um milagre e nada vale mais que a vida. E que nosso dever biológico é acima de todas as coisas, impulsionar e multiplicar a vida e entendermos que a espécie somos nós” e concluiu: “a espécie deveria ter um governo para a humanidade que supere o individualismo e crie cabeças políticas”.

*com Vanessa Silva, do Portal Vermelho

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Cientistas da ONU culpam mais claramente o homem por aquecimento global

sexta-feira, 27 de setembro de 2013 08:09 BRT
 

ESTOCOLMO, 27 Set (Reuters) - Importantes cientistas do clima culparam mais claramente do que nunca a atividade humana pelo aquecimento global, em um relatório divulgado nesta sexta-feira com o objetivo de guiar os governos no combate ao aumento das temperaturas. Integrantes do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) disseram que o relatório aumentou para 95 por cento a probabilidade de que a maior parte do aquecimento global seja causada pelo homem, ante 90 por cento no estudo anterior, de 2007. O relatório diz que a recente redução no aquecimento global não deve ser prolongada. (Reportagem de Alister Doyle)     
 

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Jornais internacionais destacam ataque 'feroz' de Dilma à espionagem dos EUA

Atualizado em  25 de setembro, 2013 - 06:50 (Brasília) 09:50 GMT
Dilma classificou espionagem como 'violação dos direitos humanos' e desrespeito à soberania
A presidente Dilma Rousseff fez um ataque "feroz" à espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos em seu discurso na abertura da Assembleia Geral da ONU, na avaliação do jornal britânico The Guardian.
Em seu discurso nesta terça-feira, Dilma afirmou que as ações da NSA, que teriam incluído a espionagem direta das comunicações da presidente brasileira e da Petrobras, representam uma violação dos direitos humanos e um desrespeito às soberanias nacionais.
As revelações sobre a espionagem da NSA foram feitas pelo jornalista americano radicado no Rio de Janeiro Glenn Greenwald, com base em documentos vazados pelo ex-analista da NSA Edward Snowden.
Para o Guardian, jornal que publicou as primeiras revelações do escândalo de espionagem da NSA, o discurso "bravo" de Dilma "foi um desafio direto ao presidente Barack Obama, que estava esperando ao lado para pronunciar seu próprio discurso à Assembleia Geral da ONU".
O diário avalia que a fala de Dilma "representou a reação diplomática de mais alto nível até agora" às revelações feitas por Snowden e lembra que Dilma já havia adiado sua visita de Estado aos Estados Unidos, prevista inicialmente para o mês que vem, por conta do escândalo.

'Denúncia quente'

O discurso também ganhou espaço no americano The New York Times, que classificou a fala da presidente brasileira de "denúncia quente" contra os Estados Unidos sobre as ações da NSA.
"Obama tomou nota das queixas, dizendo que os Estados Unidos estão repensando suas atividades de vigilância como parte de uma reavaliação mais ampla que incluía a restrição do uso de drones e a transferência de prisioneiros da prisão da Baía de Guantánamo, em Cuba, e finalmente o seu fechamento", diz o jornal.
Para o New York Times, as palavras de Obama lembraram um discurso que ele proferiu há alguns meses sobre a necessidade de os Estados Unidos abandonarem sua "perpétua posição beligerante".
Outro jornal americano, The Washington Post, afirma que Dilma proferiu uma "reprimenda pungente" da espionagem eletrônica feita pela NSA.
O diário espanhol El País comenta que a presidente brasileira "não se referiu de maneira expressa aos Estados Unidos em nenhum momento de seu discurso", mas se mostrou "taxativa na hora de denunciar a espionagem internacional".
O jornal observa ainda que Dilma "propôs uma regulação que assegure um controle maior do uso da internet para evitar esse tipo de atividades de vigilância, que qualificou como um atentado à 'soberania dos Estados' e à 'liberdade de expressão' e como uma 'violação dos direitos humanos'".

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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Grupo que atacou shopping no Quênia tinha americano e britânica

Forças quenianas tomaram controle de shopping em Nairóbi, diz governo.
Ataque causou 62 mortes, segundo a Cruz Vermelha.

Do G1, em São Paulo
 
Dois ou três jovens americanos e uma mulher britânica figuram entre os terroristas que atacaram o shopping Westgate de Nairóbi, onde morreram ao menos 62 pessoas, disse nesta segunda-feira (23) a ministra das Relações Exteriores do Quênia, Amina Mohamed, em entrevista à TV americana "PSB".
Amina Mohamed está em Nova York, nos Estados Unidos, para a Assembleia Geral da ONU.
Anteriormente, o ministério do Interior do Quênia informou em sua conta de Twitter que as forças de segurança "tomaram o controle" do shopping atacado por membros da milícia islâmica radical Al-Shabab, no último sábado (21).
Segundo o comunicado, as tropas ainda vasculham o shopping em busca de terroristas. Lenku acredita que todos os reféns foram libertados.
O balanço do ataque até agora é de 62 mortos e 63 desaparecidos, segundo a Cruz Vermelha.
As forças especiais quenianas já não encontram resistência no edifício, havia afirmado nesta segunda-feira à noite à France Presse o porta-voz do governo queniano, Manoah Esipsu.
'Acredito que todos os reféns tenham sido retirados, mas não queremos nos arriscar', explicou.
Mais cedo, o ministro do interior, Joseph Ole Lenku, havia dito que três terroristas do movimento islamita Al-Shabab, que assumiu a autoria do ataque, foram mortos em confrontos nsta segunda. Dez suspeitos foram detidos para interrogatório.
Segundo ele, o tiroteio de sábado começou no supermercado Nakumat, dentro do shopping.
mapa quenia v. 2 (Foto: 1)
O comandante do exercito do Quênia, Julius Karangi, já havia antecipado que os membros do grupo que atacaram o centro comercial "vinham de diferentes países", falando, por isso, de "terrorismo mundial'.
Al-Shabab
O ataque foi assumido pela milícia radical islâmica somali Al-Shabab, que afirma ter matado "mais de cem" pessoas em represália pela presença de militares do Quênia na missão da ONU na Somália.
O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, afirmou que seu sobrinho e a noiva dele estão entre os mortos.
"Eu mesmo perdi membros da minha família no ataque", afirmou em um discurso dirigido à nação, prometendo punir os responsáveis pelo ataque.
Câmeras de vigilância gravaram o ataque
Segundo imagens captadas por câmeras de segurança às quais o jornal queniano "The Standard" teve acesso, uma dúzia de criminosos invadiu o centro comercial Westgate no sábado.

As imagens confirmam a versão das testemunhas de que um comando islamita, armado com granadas, rifles e pistolas, invadiu o shopping por duas entradas distintas.
No domingo (22), já haviam sido divulgadas pela TV chinesa "CCTV" imagens gravadas com um celular que mostram os momentos de pânico vividos dentro do shopping. No vídeo, clientes correm e se escondem atrás de prateleiras, com ruídos de tiros constantes. (assista ao lado)
A maioria dos criminosos entrou pela porta principal, lançando granadas e atirando contra clientes de uma cafeteria.
Outro grupo entrou na galeria comercial pelo estacionamento, disparando contra um guarda antes de se dirigir aos andares superiores, onde uma rádio local organizava uma festa.
Logo depois de entrar, os islamitas lançaram duas granadas contra a multidão, mas apenas uma explodiu.
De acordo com testemunhas citadas pelo jornal, os islamitas forçaram as pessoas que estavam no centro comercial a recitar ao menos o início da Shahada, uma fórmula pronunciada pelos fiéis muçulmanos. Os que eram incapazes de fazê-lo eram mortos a sangue frio.
Segundo omesmo jornal, o grupo que invadiu o local pela entrada principal seguiu logo depois aos andares superiores do shopping.
As imagens das câmeras de vigilância também mostram os criminosos atirando contra as portas dos banheiros, depois de supostamente terem descoberto que muitas pessoas estavam refugiadas nos sanitários.
Depois, uma parte do grupo se dirigiu ao cinema do centro comercial, enquanto outra parte tomava o controle de um supermercado dentro do edifício.
Em uma declaração publicada na internet, o porta-voz dos shebab, Ali Mohamud Rage, ameaçou matar os reféns diante da pressão exercida contra eles por "Israel e outros governos cristãos".
"Autorizamos os mujahedines do interior do edifício a realizar ações contra os prisioneiros", disse.
Forças especiais israelenses chegaram no domingo para apoiar as forças quenianas, indicou à France Presse uma fonte que pediu o anonimato. Segundo um funcionário israelense, este seria, sobretudo, um apoio logístico, e não no combate.

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domingo, 22 de setembro de 2013

Merkel bate previsões e vence eleições com seu melhor resultado
A chanceler alemã, Angela Merkel, superou neste domingo todas as previsões e alcançou seu melhor resultado eleitoral, com cerca de 42% dos votos, embora não poderá contar para governar com seu atual aliado, o Partido Liberal, que ficaria sem cadeiras, segundo pesquisas de boca-de-urna divulgadas após o fechamento das urnas.


A coalizão formada pela União Democrata-Cristã e a União Social-Cristã da Baviera (CDU/CSU) obtiveram segundo as projeções divulgadas pela televisão pública "ARD" 41,7% dos votos.
O Partido Social-Democrata (SPD), liderado por Peer Steinbrück, obteve 25,6%, apenas dois pontos e meio a mais do que o péssimo resultado de quatro anos.
Só haverá outras mais duas forças no Bundestag (Parlamento) e ambas perderam apoio entre o eleitorado: A Esquerda, que aglutina ex-comunistas e dissidentes do SPD, ficaria com 8,6% dos votos; e os Verdes obteriam 8,3%.
Com resultados apertados entre os democratas-cristãos e o bloco opositor, Steinbruck desfez a única incógnita que podia ameaçar um novo mandato de Merkel: embora os três partidos de oposição tenham conseguido a maioria das cadeiras, o SPD não se aliará com A Esquerda, partido que considera "não apto" para governar.
"A bola está agora com Merkel. Ela deve ver como fará para conseguir uma maioria", desafiou o candidato social-democrata após a parabenizar pelo resultado.
Merkel, entre gritos de "Angie, Angie" e diante da comemoração de simpatizantes reunidos na sede da CDU, comemorou o "excelente" resultado conseguido por seu partido e seu parceiro de coalizão e disse que "atuará com responsabilidade" perante o "claro mandato" obtido para governar por mais quatro anos.
"Agradeço a confiança depositada. Amanhã abordaremos no partido a situação, com os resultados nas mãos, mas hoje é momento de celebrar", disse a chanceler, tentando adiar o inevitável debate sobre qual será sua opção de governo para garantir uma legislatura estável.
A principal surpresa nas eleições realizadas hoje, apesar do precedente da votação de semana passada na Baviera, foi a saída do Parlamento do Partido Liberal (FDP).
Este tradicional partido, presente em 17 dos 22 governos federais da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial, ficaria com 4,7% dos votos e não chegaria ao mínimo de 5% necessários para conseguir uma vaga no Parlamento.
As opções de Merkel estão portanto limitadas: ou governar em minoria (algo que nunca ocorreu no país), ou se aliar com os Verdes, que em sua campanha se aproximaram dos sociais-democratas, ou reeditar a "grande coalizão" com o SPD, com a qual governou durante sua primeira legislatura (2005-2009).
Na ocasião Steinbrück foi seu ministro das Finanças, mas o hoje candidato perdedor deixou claro que não fará parte de um grande governo de coalizão.
Segundo as projeções de voto, os eurocéticos do Alternativa pela Alemanha (AfD) ficariam a apenas dois décimos de conseguir cadeiras no Parlamento, e com isso o partido constatou, apenas sete meses após sua criação, que seu projeto de saída voluntária do euro dos países em crise tem apoio entre os eleitores.
Já o partido das Piratas, após várias eleições bem sucedidas em nível regional, ficou sem nenhuma perspectiva de entrar no Parlamento federal, ao obter apenas 2,2% dos votos.
Merkel, que ganhou sua primeira eleição com 35,2% dos votos e as segunda com 33,8%, não só melhorou seu porcentual mas obteve o melhor resultado dos democratas-cristãos nas últimas duas décadas.
Os eleitores alemães voltaram a depositar a confiança em uma mulher que não duvidou em reconhecer que boa parte do milagre da Alemanha, capaz de enfrentar a crise que atingiu outros países europeus, deve-se à importância das reformas estruturais aprovadas por seu antecessor, o social-democrata Gerhard Schröder.
Com a taxa de desemprego mais baixa das últimas duas décadas e contas públicas saneadas, os eleitores confirmaram as teses dos analistas: a Alemanha não quer mudança.
EFE EFE - Agencia EFE - Todos os direitos reservados. Está proibido todo tipo de reprodução sem autorização escrita da Agencia EFE S/A.

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quarta-feira, 11 de setembro de 2013


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sábado, 21 de setembro de 2013

Em disputa acirrada, Merkel encerra campanha pedindo mandato forte

Alemães votam no domingo em eleição legislativa. Pesquisas indicam vitória apertada de chanceler, que pode ser obrigada a fazer coalizão com oposição

"Muitas pessoas não vão se decidir até o último minuto. Agora é hora de alcançar todo eleitor indeciso e conseguir o seu apoio", afirmou Merkel
"Muitas pessoas não vão se decidir até o último minuto. Agora é hora de alcançar todo eleitor indeciso e conseguir o seu apoio", afirmou Merkel (Tobias Schwarz/Reuters)
A chanceler alemã, Angela Merkel, encerrou a campanha de reeleição neste sábado pedindo a seus eleitores que concedam a ela um mandato forte, na véspera das eleições legislativas nas quais é a favorita para seguir à frente do Executivo. Com um terço dos 62 milhões de eleitores ainda indecisos e o emergente partido Alternativa para a Alemanha (AfD) mostrando impaciência com os pacotes de auxílio financeiro da zona do euro, Merkel corre o risco de cumprir seu terceiro mandato em uma estranha coalizão de direita-esquerda.
Aclamada por 4.000 militantes da União Democrata-Cristã (CDU) que carregavam cartazes com a palavra "Angie", a chanceler pediu o mandato forte para "seguir servindo nos próximos quatro anos a Alemanha, um país respeitado na Europa que defende seus interesses, mas também é amigo de muitos países".
Em VEJA: Tarefa de Merkel é mudar o que está dando certo para algo ainda melhor
"Muitas pessoas não vão se decidir até o último minuto. Agora é hora de alcançar todo eleitor indeciso e conseguir o seu apoio", afirmou Merkel a seus partidários em Berlim, antes de voar para o seu colégio eleitoral, na costa báltica, para um último ato da campanha.
No discurso, a chanceler não citou o Alternativa para a Alemanha (AfD), legenda criada em fevereiro que ascendeu nos últimos sete meses e que defende a saída da Alemanha da zona do euro e a restauração do marco alemão. O rápido crescimento do AfD nas pesquisas forçou o CDU a mudar de tática na última hora. Depois de ter ignorado o rival, o partido recrutou nesta semana o respeitado ministro das Finanças, Wolfgang Schaeuble, para atacar a legenda, classificando-a como "perigosa" para a economia alemã. O resultado alcançado pelo AfD é uma das expectativas da eleição que mais dá espaço para surpresas.
Já Merkel passou metade de seu discurso defendendo a União Europeia, que tinha sido largamente ignorada na campanha pelo fato do partido União Democrata-Cristã e o Partido Social Democrata (SPD), de oposição, concordarem em grande parte sobre a melhor forma de combater a crise.
Disputa acirrada - Segundo uma pesquisa divulgada neste sábado, os conservadores de Merkel (CDI e o partido bávaro CSU) obteriam 39% dos votos e o partido liberal FDP 6%. A oposição social-democrata do SPD alcançaria 26%, e seus aliados Verdes 9%. A esquerda radical Die Linke também conseguiria 9%.
Somando votos, a coalizão de Merkel (CDU, CSU e FDP) obteria 45%, um ponto a mais que a oposição (SPD, Verdes e esquerda radical), com 44%. No entanto, o SPD descartou formar governo com a esquerda radical.
"O suspense persiste até o fim. A corrida entre partidos do poder e partidos da oposição é muito acirrada", disse o chefe do instituto Emnid, que fez a pesquisa, Klaus-Peter Schoppner. O atual parceiro de Merkel, o FDP (Partido Liberal), uma agremiação apoiada pelo empresariado do país, vem encolhendo nos últimos anos e corre o risco de não conseguir os 5% mínimos para entrar no Bundestag, o parlamento alemão. Em 2009, o FDP conseguiu 14,6% dos votos, mas desta vez pesquisas o mostram no limite do mínimo necessário.
Uma maioria governista é formada a partir de 45,5% dos votos, e, como raramente um partido consegue alcançar esse patamar, os governos alemães acabam sendo formados por meio de coalizões.
A sangria de votos do FDP pode levar Merkel a ter que se voltar justamente para o Partido Social-Democrata (SPD) no plano nacional, e voltar a formar uma chamada Grosse Koalition – como os alemães chamam as coalizações entre os grandes partidos do país – como a que existiu entre 2005 e 2009. Há vários dias, o cenário mais citado nos jornais é justamente o de uma grande coalizão entre os conservadores de Merkel e os sociais-democratas.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Tiroteio em Chicago fere 13, incluindo criança de 3 anos

Menino foi atingido no rosto e seu estado é grave. Tiros foram disparados durante briga de gangues

Policiais investigam o local do tiroteio em Chicago que deixou 13 feridos
Policiais investigam o local do tiroteio em Chicago que deixou treze feridos (Scott Olson/AFP)
Treze pessoas ficaram feridas em um tiroteio em um parque de Chicago, nos Estados Unidos, na noite desta quinta-feira. Entre as vítimas está uma criança de 3 anos, cujo estado de saúde é grave. Acredita-se que os tiros tenham sido disparados durante uma disputa entre gangues rivais. Chicago é a cidade americana que registrou o maior número de homicídios no país em 2012.
A criança de 3 anos, um menino, foi atingida no rosto. A maioria das vítimas é composta por jovens que passeavam pelo local. Outro ferido foi baleado no abdome. Não houve registro de mortos.
As autoridades de Chicago travam dura luta contra a criminalidade – e, sobretudo, contra a ação de gangues. Somente no ano passado, 506 pessoas foram assassinadas na cidade, uma alta de 16% em relação a 2011. O presidente Barack Obama pediu o fim da violência "sem sentido" na região e defende medidas para aumentar o controle sobre as armas de fogo. O debate, no entanto, não avança no Congresso.
(Com agência France-Presse)

domingo, 15 de setembro de 2013

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