Rússia, EUA e Europa fecham acordo para conter crise na Ucrânia
- Reunidos na Suíça, diplomatas dos Estados Unidos, Ucrânia, Rússia e a União Europeia (UE) chegaram a um acordo nesta quinta-feira (17) para tentar acabar com a crise na Ucrânia.
De acordo com uma declaração do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, o acordo também prevê uma anistia para os manifestantes pró-Rússia que participaram de distúrbios no país, exceto para os condenados por homicídio, o desarmamento de todos os grupos ilegais na Ucrânia e a desocupação de prédios públicos tomados por rebeldes em diversas cidades do leste do país. Ele falou ainda de "reformas constitucionais de longo prazo" na Ucrânia.
"Os próximos dias serão cruciais, uma vez que vão exigir de todas as partes esforços sinceros para colocar em prática as fórmulas que foram tão cuidadosamente elaboradas ao longo do dia", afirmou o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia após as negociações.
"Por isso, será um teste para a Rússia, se a Rússia realmente quiser mostrar que está disposta a manter a estabilidade nessas regiões", disse Deshchitsia.
Após a conferência, Kerry declarou que a Rússia e a Ucrânia concordaram em tomar uma série de ações para diminuir as tensões na região.
"É importante que essas palavras sejam transformadas imediatamente em ações, se não houver progressos até o final da semana, novas sanções serão impostas e haverá custos", alertou Kerry.
O secretário de Estado declarou que o acordo firmado nesta quinta-feira (17) é "apenas o começo" do processo para estabilizar a crise na região da Ucrânia.
"Nosso objetivo não é vir aqui e ameaçar. Nossa esperança é abrir a porta para que ambas as partes respondam. A Rússia e o governo da Ucrânia têm enorme capacidade de progredir nessa discussão", disse Kerry, acrescentando que os países "deverão largar seus uniformes e armas e iniciar uma negociação". "Deixamos claro que a Rússia tem grande impacto nisso. Os próximos dias serão muito importantes para avaliar a situação."
Em nome dos participantes da reunião, Catherine Ashton agradeceu "o compromisso ucraniano em realizar o processo [de formação de um novo governo] de forma legítima" e disse que a comunidade internacional continua comprometida com a garantia da soberania e da unidade territorial da Ucrânia.
"Ficamos impressionados com o premier ucraniano e o que ele está preparado para fazer. Ele mostrou sua visão de autonomia, que inclui eleições governamentais, administração de serviços como a educação e outras funções do governo. Essas ações são muito mais extensas em termos de autonomia do que qualquer coisa que exista na Rússia", avaliou Kerry. (com agências internacionais)
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Comentários 45
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- Perfil UOL
Observador amador
9 horas atrásOs reis estão reconciliados mas os vassalos continuam se degladiando......- Responder
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vbs-soft
10 horas atrásNão amoleçam neste acordo... No acordo, tem que constar a devolução da Crimeia. Quais acordos honrados que a Russia já fez na história?????- Responder
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Sorocabano!!!
10 horas atrásFizeram acordo? Que bom, então a Russia vai devolver a Criméia à Ucrania?.....Bah!!!- Responder
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Marcelo CE
11 horas atrásQuem pode mais chora menos, os embargos propostos a Russia não funcionam como em paises menores, podem falar oque quiserem, mas o unico pais que EUA respeitam é a Russia.- Responder
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neysm
9 horas atrásDevido as aras nucleares, sim. Mas o que causa maior temos aos Estados Unidos é a China.- 0
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vbs-soft
11 horas atrásEm todo conflito pelo mundo, onde existir uma AK-47, tem sempre a mão vermelha ameaçando, sem exceção.- Responder
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Victor Vitral
12 horas atrásA maneira que o ocidente punirá à Rússia será a longo prazo, ou seja, atualmente os países Europeus precisam do GÁS Russo, uma guerra no quadro atual colocaria os países da Europa em condições precárias, mas a longo prazo existem projetos para que os países Europeus não fiquem dependentes do gás Russo. Tenho certeza que daqui a algumas décadas ocidente começará a isolar a Rússia assim como fizeram em Cuba.- Responder
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neysm
9 horas atrásCleber Alves Toda essa informação você deve ter conseguido lendo o Joseon Shinbo ou o Rodong Shinmun, jornais da Coréia do Norte. Confessa!- 1
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Slavian
9 horas atrásVictor, já há um projeto em andamento com um gazeoduto pela Turquia (membro da OTAN) até o Arzerbaijão (tb rico em gaz). Isso vai ser concluido em poucos anos. ou a Rússia diversifica a sua economia ou vai viver uma séria crise em alguns anos. Abraços- 1
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Slavian
9 horas atrásCleber, ao q parce vc está tentando ler notícias de ambas as partes, mas tb percebo que vc só dá crédito para as notícias vindas da Rússia. Devemos ter muito cuidado nesta guerra de informação. Mas numa coisa eu posso te dizer: Há sim agentes russos infiltrados na Ucrânia. Isto está bem claro para qualquer um ver. Assim como foi na Crimeia, soldados sem indentificação com forte armamento (AK 100 não é tão fácil de se achar aqui na Ucrânia, estas são armas de uso exclusivo do exército russo). Então, só usando este ponto (tenho outros) não posso concordar q a Rússia está de inocente nesta história. Os USA sempre fazem o q sempre fizeram, se metem em tudo. tb detesto isso O problema é q eu gostaria de ver comentários que desejassem o melhor para o povo ucraniano. Mas parece q aqui sempre será: não gosto dos USA entao sou a favor da Rússia. Sou a favor da Ucrânia unida! Q venham as eleições e q os ucranianos tenham sabedoria para votar. Abraço.- 1
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brandãozão
12 horas atrásNessa reunião John Kerry nem mencionou a península da Criméia, agora anexada à Federação Russa. UE e EEUU se meteram num imbróglio, tiveram que engolir o resultado do referendo popular, (referendo popular e não quebra quebra de mascarados depredadores) e agora tentam encontrar uma saída honrosa dessa questão fingindo que vão impor sanções. Tenho certeza que não vai ter nem sanções nem dalilas e ele estão saindo de fininho.- Responder
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Amoz
12 horas atrásEnquanto isso aqui no Brasil a Dilma continua sua aproximação de países comunista falidos.- Responder
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Rogério Amaral Silva
13 horas atrásAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Já vi esse filme: Europa, 29 de setembro de 1938. Hitler assina o Pacto de Munich, pelo qual promete não invadir (mais ainda) a já invadida Checoslováquia. O Primeiro-Ministro Britânico, Neville Chamberlaim, chegou em Londres festejando a assinatura do pacto; "Peace in our time" era o seu discurso. Menos de um ano após, mais precisamente em 1º de setembro de 1939, estoura a IIa Grande Guerra Mundial: a Alemanha invade a Polônia. O discurso inglório foi seguido pela bronca de Winston Churchill: "Entre a desonra e a guerra, escolheste a desonra, e terás a guerra". O Ocidente pagará muito caro por esse pacifismo, que levou lhe a desprezar a ameaça russa não por um sentimento anti-americano, mas anti-ocidente.- Responder
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vbs-soft
11 horas atrásNão confie num Russo. Ele tem várias maneiras de trair e se esquivar. Vermelhos todos são assim. Não eram irmãozinhos de Cuba?????- 1
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