sábado, 29 de outubro de 2011

Atentado talibã mata 13 soldados da Otan no Afeganistão (Postado por Lucas Pinheiro)

Ao menos 13 soldados da missão da Otan no Afeganistão morreram neste sábado (29) em um ataque suicida talibã contra um ônibus que transportava tropas da coalizão internacional (Isaf) em Cabul.
"Informações preliminares indicam que 13 membros da Força Internacional de Assistência à Segurança morreram na explosão de uma bomba em Cabul na manhã deste sábado", afirma a Isaf em um comunicado.
A Isaf, como é habitual, não revelou a nacionalidade dos mortos e não revelou um número de feridos. Fontes do governo dos Estados Unidos afirmaram que todos os soldados vitimados eram americanos.
O ministério afegão do Interior informou que três civis e um policial afegão morreram no atentado. O governo alegou não dispor de um balanço de vítimas estrangeiras.
Conforme a polícia, o atentado ocorreu na praça de Darulaman, perto do destruído palácio de Dar ul Aman, ao sudoeste de Cabul, por volta das 04h45 (horário de Brasília) e foi cometido por um insurgente que estava em um carro carregado de explosivos.
A missão da Otan demorou para divulgar informações durante várias horas e mais tarde reconheceu que houve 'baixas' entre seus soldados, sem quantificar os mortos e feridos.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, condenou em comunicado o ataque, que foi reivindicado pelo porta-voz talibã Zabiullah Mujahid.
Em maio de 2010, um atentado cometido na mesma estrada de Dar ul Aman contra um comboio da Otan matou 18 pessoas, incluindo seis militares.
Os talibãs também reivindicaram um atentado suicida cometido por uma mulher diante da Agência Afegã de Inteligência (NDS) em Asadabad, capital da província oriental de Kunar .Dois guardas ficaram feridos, de acordo com Wasifullah Wasifi, porta-voz do governo de Kunar.
Os talibãs permanecem ativos na província de Kunar, perto da fronteira com o Paquistão, país acusado por Afeganistão e Estados Unidos de abrigar bases de insurgentes.
Em outro ataque, um homem com uniforme do Exército afegão matou neste sábado dois soldados da Otan no sul do Afeganistão. O autor do ataque também morreu, segundo a Isaf.
*Com informações da AFP e da EFE

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Alpinista cego planeja chegar ao topo do monte Everest (Postado por Lucas Pinheiro)


Um alpinista austríaco cego de nascença planeja escalar o monte Everest em 2012 para completar a façanha de ter escalado as montanhas mais altas de cada continente. Andy Holzer, 45 anos, nasceu com retinite pigmentosa, uma doença genética que destrói as células da retina.
Como foi criado em uma região montanhosa, Holzer demonstrou desde cedo interesse em escalar, mesmo sem a visão. Aos oito anos, junto de seus pais, ele subiu a montanha Spitzkofel, de 2.717 metros de altura.



Andy Holzer durante uma de suas escaladas (Foto: Caters)

Com o tempo, Holzer passou a buscar desafios cada vez maiores. Em 2005, ele deu início ao projeto de escalar a montanha mais alta de cada um dos continentes.

Agora, para completar seu feito, só falta subir ao topo do monte Everest, o mais alto do mundo, com 8,848 metros.

Driblando a cegueira
Para driblar a falta da visão, Holzer utiliza diferentes técnicas para se localizar melhor durante a escalada. Ele se baseia nos sons emitidos pelos passos de seus colegas, além de jogar areia contra as paredes de pedra.

'Cada grão colide em algum lugar, o som ressoa e eu posso calcular as variações de distância e altura', disse ele em entrevista à revista Der Spiegel.

Eu enxergo com os meus dez dedos das mãos', afirmou Holzer à revista. 'Assim que as minhas mãos entram em contato com a rocha, eu tenho uma imagem do ambiente.'

Além de escalar, Holzer também dá palestras, nas quais relata suas experiências no alpinismo.

Mãe joga bebê pela janela para salvá-lo de incêndio nos EUA (Postado por Lucas Pinheiro)







Após jogar bebê, Ashley Brown usou corda para descer a filha de 3 anos. (Foto: Reprodução/WSBTV)

A norte-americana Ashley Brown, de 23 anos, precisou jogar um bebê de dois meses de idade pela janela do terceiro andar durante um incêndio na quarta-feira em um prédio em Stone Mountain, no estado da Geórgia (EUA), segundo reportagem da emissora "WSB TV".

Um incêndio no apartamento térreo deixou a família presa. "Eu sabia que não podia sair pelo corredor", disse Ashley, que estava no apartamento com os dois filhos pequenos, o bebê James, de dois meses, e a filha de três anos.

A jovem mãe contou que precisou jogar o bebê, mas temeu por sua segurança. No chão um vizinho, Lawrence Fort, esticou os braços e estendeu algo macio para amortecer a queda. A mãe chegou a hesitar, mas acabou soltando. "Eu disse 'por favor pegue meu bebê'", lembrou.

Em seguida, Ashley usou uma corda para descer a filha Jayda, de três anos, com segurança. "Tudo durou 10 ou 15 minutos, mas pareceu uma eternidade", disse ela, destacando que jogar seu bebê foi a coisa mais difícil que fez em sua vida.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Casal austríaco foge com filhos sem pagar barriga de aluguel dos EUA (Postado por Lucas Pinheiro)

Após dar à luz gêmeos no mês de julho em um contrato internacional de barriga de aluguel, uma americana luta desde então para conseguir receber os pouco mais de US$ 14 mil (R$ 24,6 mil) que não foram pagos de acordo com o valor previsto no contrato.

Moradora de Windsor, no estado americano de Colorado, Carrie Mathews conta que quase morreu no parto das crianças levadas pelos austríacos Rudolf e Teresa Bako, que tentavam engravidar sem sucesso havia 20 anos. Os três se conheceram por meio do site de uma empresa americana que promove contratos internacionais de barriga de aluguel, e se deram muito bem de início.

O contrato intermediado pela "National Adoption and Surrogacy Center" previa um pagamento de US$ 25 mil (R$ 44 mil) e mais a cobertura de diversos outros custos relativos ou decorrentes da gravidez, de acordo com a reportagem do 9News, noticiário da TV americana NBC.

Em julho, Carrie foi dar à luz no Chipre, onde se encontrou com o casal. Mas após o parto cesariano ela acabou sofrendo complicações, perdeu muito sangue e teve que ser ressuscitada após uma parada cardiorrespiratória. Isso a manteve internada por 20 dias, e nesse período o casal Bako deixou o país com as crianças.

Depois de recuperada, Carrie passou a procurar o casal austríaco e a empresa que intermediou o contrato para receber o que ainda não havia sido pago. A partir de então, os austríacos passaram a evitar os telefonemas, e a empresa mediadora disse não poder ajudar.

A americana e seu marido podem agora entrar na Justiça contra os austríacos tanto no Colorado quanto na Áustria, mas as perspectivas não são boas. Os EUA não têm qualquer acordo nesse âmbito com a Áustria. E, na Áustria, contratos de barriga de aluguel não são sequer reconhecidos legalmente - motivo pelo qual o parto acabou ocorrendo no Chipre.

Casal que batizou os filhos de Adolf Hitler e Aryan Nation nos EUA alega que perderam a custódia de forma injusta

Depois de 33 meses respondendo a um processo por abuso infantil, Heath e Deborah Campbell, de Nova Jersey, nos Estados Unidos, foram considerados inocentes nesta semana. De acordo com a americana, ela e o marido eram investigados pela Justiça por terem batizado os filhos com os nomes de Adolf Hitler e Aryan Nation (o que significa nação ariana, em inglês).
Segundo o jornal "Daily Mail", o casal alegou que eles deram tais nomes de inspiração nazista porque "gostaram e eram únicos". Além de Adolf, de 5 anos, e Nation, de 4, os dois também são pais de Honszlynn Hinler, de 3 anos. Mesmo considerados inocentes das acusações, Deborah e Heath ainda não conseguiram a guarda das crianças, que moram em um orfanato desde janeiro de 2009.
"Eu não durmo, eu quase não como. Eu sinto falta das minhas crianças", disse a mãe em entrevista à rede de televisão NBC. Ela contou que o juiz do caso deve decidir a respeito da custódia no início de dezembro. "Eu mal posso esperar", desabafa o pai.
Segundo o casal, Adolf Hitler, Aryan Nation e Honszlynn Hinler foram levados depois que os pais encomendaram uma torta para o mais velho, com a frase "Feliz aniversário, Adolf Hitler". Em seguida, Deborah e Heath foram acusados de abuso ou negligência infantil. A mãe atribui o processo ao nome dos filhos. Mas a Justiça alega que não há nenhuma relação e que, além de desempregados, os pais não tinham capacidade física e psicológica de cuidar dos pequenos.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Em dia de greve geral, confrontos matam pelo menos 20 na Síria (Postado por Lucas Pinheiro)

Pelo menos 20 pessoas morreram nesta quarta-feira (26) na Síria, entre elas 9 soldados, durante a greve geral convocada pela oposição contra o regime do presidente Bashar al Assad, afirmaram grupos opositores.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos informou que nove soldados do Exército, entre eles um oficial, morreram em Hama, no centro do país, depois que um suposto grupo de soldados dissidentes lançou um foguete contra o ônibus no qual viajavam.
Em nota divulgada nesta quarta-feira pela agência oficial de notícias 'Sana', o Ministério da Saúde negou as acusações da Anistia Internacional, que denunciou que os hospitais do país estão se transformando em instrumentos de repressão contra os opositores.
Durante esta quarta-feira, um comitê da Liga Árabe presidido pelo Catar deveria encontrar com o presidente Bashar al Assad em Damasco para tentar um diálogo entre o regime e a oposição.
A iniciativa foi criticada pelos opositores, para quem a atitude só serve para prolongar a repressão contra civis.
Desde março, a Síria é palco de revoltas populares contra o regime de Bashar al Assad. Mais de 3 mil pessoas já morreram no país, entre elas 187 menores, segundo os últimos números da ONU.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Menino de 11 anos é resgatado 54 horas depois de terremoto na Turquia (Postado por Lucas Pinheiro)



Um menino de 11 anos foi resgatado nesta terça-feira (25) dos escombros de sua casa na província de Van, mais de 54 horas após o terremoto que devastou esta região do leste da Turquia, segundo informou o site turco de notícias Sabah

As equipes de resgate trabalharam durante toda a tarde para salvar Serhat Gul, preso desde domingo nos escombros de sua casa no centro da cidade de Van, anunciou o canal NTV. O menino foi levado imediatamente de ambulância a um hospital.

Horas antes, um bebê, sua mãe e sua avó foram resgatados com vida dos escombros de sua casa em Ercis, a cidade mais devastada pelo violento terremoto de domingo.

Os socorristas resgataram primeiro a pequena Azra, de apenas 15 dias, e pouco depois sua mãe e sua avó, Seniha e Gulzade Karaduman, respectivamente.

O número oficial de mortos pelo terremoto de domingo (23) subiu para 432 nesta terça, mas muitas pessoas continuam desaparecidas e o número ainda pode subir significativamente.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Brasileira aguarda investigação para cremar irmão e pais mortos nos EUA (Postado por Lucas Pinheiro)

A brasileira Tatiane Klein, que se mudou para os Estados Unidos no início de 2010 após o assassinato de sua mãe, seu padrasto e seu irmão de sete anos de idade, aguarda avanços da investigação para saber quando poderá cremar os restos mortais do irmão, Christopher, encontrados na terça-feira (18).

Três brasileiros foram indiciados pelo assassinato do menino e de seus pais, Vanderlei e Jacqueline Szczepanik. O desaparecimento da família, em dezembro de 2009, era um grande mistério.

Em entrevista ao G1 por telefone nesta quarta (19), Tatiane afirmou que a demissão de um dos acusados pelo crime, que era funcionário de Vanderlei, pode ter motivado os assassinatos.

Segundo ela, um dos acusados trabalhava na construtora de Vanderlei havia cerca de cinco anos, mas acabou sendo demitido. Com dificuldades em encontrar outro emprego por não saber falar inglês, "Carlos", como era conhecido, teria procurado o ex-patrão, que aceitou recontratá-lo porém para um cargo inferior ao de antes, com um salário menor. Tatiane acredita que a situação pode ter gerado o rancor, que acabou motivando os homicídios.

Os outros dois acusados também eram funcionários de Vanderlei na construtora e teriam ajudado "Carlos" no crime. Segundo reportagem do Bom Dia Brasil, eles foram apontados como assassinos pelas próprias esposas nos EUA. Um deles fez um acordo com a promotoria, em troca de uma possível redução na pena, para testemunhar contra os participantes. O outro foi deportado para o Brasil, e agora a justiça americana quer que o país o extradite de volta para ser julgado.

Foi por meio do testemunho acordado que os policiais chegaram aos restos mortais de Christopher, encontrados no leito do Rio Missouri. O testemunho revelou ainda a maneira como a família teria sido morta: o pai foi morto a pauladas enquanto a mãe e o filho foram enforcados. Os três teriam depois sido jogados no rio.

Segundo o "Comunidade News", jornal voltado para a comunidade brasileira nos EUA, a promotoria pediu a pena de morte par “Carlos”, acusado de ser o mentor do crime, com base nos relatos do outro funcionário.

À espera da justiça
Sem saber falar inglês, Tatiane Klein foi para Omaha, no estado americano de Nebraska, no início de 2010, semanas após o desaparecimento dos familiares, registrado em meados de dezembro do ano anterior. Desde então, vive no país com visto de turismo, sem poder trabalhar, acompanhando os avanços na investigação.

Passados dois meses desde sua chegada, ela resolveu buscar também o marido e o filho mais novo ao perceber que a investigação poderia levar ainda mais tempo. "Não temos visto para trabalhar, vivemos basicamente de doações. A ajuda financeira vem principalmente de igrejas e pessoas amigas. Também faço sandálias bordadas e vendo para conhecidos", conta a consultora óptica de 28 anos.

Tatiane disse que ficou satisfeita com a descoberta dos restos de seu irmão, e tem agora planos de cremá-lo. "Vou esperar de duas a três semanas para ver se encontram os outros corpos, para que a gente possa fazer uma só cerimônia para os três. Quero fazer uma cerimônia em Nebraska e depois levar as cinzas para o Brasil", conta ao G1.

O irmão, morto aos sete anos de idade, era nascido nos Estados Unidos mas tinha nacionalidade brasileira direta por conta dos pais, que cresceram em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Veja a repercussão internacional da morte de Muammar Kadhafi

O anúncio do Conselho Nacional de Transição da Líbia de que o ex-ditador do país foi morto nesta quinta-feira (20) gerou forte repercussão internacional. Os líderes dos principais países e organizações do mundo reagiram à informação antes mesmo de ela ser confirmada por fontes independentes ou pela Otan.

A presidente Dilma Rousseff reagiu às informações sobre a morte de Kadhafi dizendo que o mundo deve apoiar e incentivar o processo de transição democrática no país, mas ressaltando que uma morte não deve ser "comemorada". "A Líbia está passando por um processo de transformação democrática. Agora, isso não significa que a gente comemore a morte de qualquer líder que seja", disse a presidente.

A declaração foi feita pela presidente à imprensa em Angola, durante seu giro pela África, após ser questionada sobre a captura e morte de Muammar Kadhafi. Dilma havia sido informada pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, da captura do líder líbio e das imagens mostrando-o aparentemente morto. "O fato de ela (a Líbia) estar em um processo democrático é algo que todo mundo deve - eu não acho que comemorar é a palavra - apoiar e incentivar. De fato o que nós queremos é que os países tenham essa capacidade de viver em paz e democracia."

O primeiro-ministro britânico David Cameron assinalou que este é "um dia para recordar todas as vítimas" de Kadhafi, em referência às que morreram no atentado de Lockerbie, Escócia, em 1988.

"Hoje é um dia para recordar todas as vítimas do coronel Kadhafi (incluindo as que morreram no atentado de Lockerbie, Escócia, em 1988) e as inúmeras pessoas que morreram nas mãos deste brutal ditador e de seu regime", acrescentou em uma rápida coletiva em sua residência oficial de Downing Street.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quinta-feira (20) que a notícia da morte de Muammar Kadhafi marcou uma "histórica transição para a Líbia". "O caminho à frente para a Líbia e seu povo será difícil e cheio de desafios. Agora é o momento de todos os líbios se unirem", afirmou Ban na sede das Nações Unidas.

"Os combatentes de todos os grupos devem depor suas armas e se unir em paz. Este é um momento de reconstrução e cura", afirmou o chefe da ONU. Até o fim desta manhã, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e os EUA ainda não havia confirmado a morte. Entretanto, a aliança admitiu ter bombardeado um comboio pró-Kadhafi próximo à cidade onde os ex-rebeldes dizem ter matado o ditador.

O premiê da Itália, Silvio Berlusconi, disse que "a guerra acabou", ao ser informado sobre os relatos da captura ou da morte do ex-ditador líbio Muammar Kadhafi.

"Sic transit gloria mundi" (Assim passa a glória do mundo), disse Berlusconi, em latim, durante reunião com líderes de seu partido, segundo a imprensa local.

Berlusconi era aliado de Kadhafi antes do início da revolta popular que derrubou o coronel.

A morte do ex-ditador líbio representa "o final de uma era" na Líbia, segundo os principais dirigentes da União Europeia (UE), que pediram nesta quinta-feira as novas autoridades uma política de reconciliação.

O fim do ditador "marca o fim de uma era de despotismo e repressão que se estendeu por tempo demais pelo povo líbio", afirmaram em uma declaração conjunta os presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

"A Líbia pode nesta quinta-feira virar uma página em sua história e empreender um novo futuro democrático", afirmaram. Van Rompuy e Barroso pediram ao Conselho Nacional de Transição (CNT) que coordenem "um processo de reconciliação" dirigido a todos os líbios e permitam "uma transição democrática, pacífica e transparente no país".

O senador americano John McCain afirmou nesta quinta-feira que a morte de Muamar Kadhafi marcou o fim da "primeira fase" da revolução na Líbia e pediu o estreitamento dos laços entre Washington e Trípoli.

"A morte de Muamar Kadhafi marca o fim da primeira fase da revolução líbia. Enquanto algumas batalhas finais continuam, o povo líbio libertou seu país", afirmou em um comunicado o legislador republicano pelo Arizona e ex-candidato à presidência dos Estados Unidos em 2008.

O presidente francês, Nicolas Sarkozy, um dos mais fervorosos patrocinadores da intervenção internacional na Líbia, saudou nesta quinta-feira o "desaparecimento de Muamar Kadhafi como um grande passo na libertação da Líbia".

"O desaparecimento de Muamar Kadhafi é um grande passo na luta conduzida há mais de oito meses pelo povo líbio para livrar-se do regime ditatorial e violento imposto durante mais de 40 anos", declarou o presidente francês em um comunicado, horas depois da notícia da morte do ex-dirigente líbio.

O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, saudou nesta quinta-feira o "fim de 42 anos de tirania" na Líbia, após o anúncio pelas autoridades da morte do líder deposto Muamar Kadhafi, e declarou que a França está orgulhosa de ter ajudado o povo líbio. "O anúncio da morte de Kadhafi e a queda de Sirte significam o fim de um período muito difícil para o povo líbio. É o fim de 42 anos de tirania, de um conflito militar que foi muito duro para o povo líbio", declarou Juppé à imprensa em Nova Délhi.

Grupo separatista basco ETA anuncia fim da luta armada (Postado por Lucas PInheiro)

O grupo separatista basco ETA anunciou nesta quinta-feira (20) que abandonou definitivamente a luta armada, segundo comunicado divulgado pelo jornal "Gara", canal habitual dos comunicados do grupo.

"O ETA acaba de anunciar que 'decidiu pelo fim definitivo de sua atividade armada'', disse o jornal basco "Gara", citando um comunicado do grupo.

O premiê da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, afirmou que o anúncio é uma "vitória da democracia".

Mais de 850 mortes
O ETA, que matou mais de 850 pessoas em seus 50 anos de história a favor de um País Basco independente, no norte da Espanha e sudoeste da França.

Ele estava enfraquecido pela repressão policial, com a detenção de vários de seus dirigentes mais importantes, e pelo aumento do apoio basco à saída política.

O grupo também se encontrava havia vários meses sob a pressão de seu ilegalizado braço político, o Batasuna, para anunciar cessar-fogo.

O ETA rompeu diversas promessas de cessar-fogo no passado, o mais recente em 2006, quando uma trégua foi rompida por um violento ataque a bomba no aeroporto de Madri.

Declarações de cessar-fogo têm sido vistas por analistas como tentativas da organização de se reagrupar e lançar novos ataques.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Depois de sofrer bullying pelo Facebook, garota de 13 anos faz plástica no nariz (Postado por Lucas Pinheiro)


Nicollete Taylor, 13, decidiu fazer uma plástica no nariz depois de ter sofrido bullying no Facebook. Segundo informações da rede de televisão norte-americana ABC, a garota tinha consciência de que brincadeiras sobre a aparência fazem parte da adolescência, mas ela não soube lidar com a dimensão que isso tomou por conta do uso da rede social. "Em um semana postaram cerca de cinco vezes ‘ei, nariz grande’", contou a mãe da menina, Maria Taylor, que recebeu críticas de outros pais por ter apoiado a filha.

"Todo mundo podia ver como eu estava sendo insultada", explicou Nicollete. A menina sempre foi popular na escola. Mas como quebrou o nariz duas vezes na infância, ficou com a aparência diferente. Maria, então, disse a filha que ela poderia fazer uma cirurgia plástica quando completasse 18 anos, o que acabou sendo antecipando por causa das intimidações sofridas no Facebook. "Depois do bullying, peguei o telefone e marquei uma consulta para ela", afirmou a mãe.

Nos Estados Unidos, quase 250 mil adolescentes passaram por um cirurgia plástica estética em 2010, de acordo com dados da Associação Americana de Cirurgiões Plásticos. Mas Nicollete é a paciente mais jovem de seu médico, Sam Rizk, a realizar uma rinoplastia. Nicollete voltou para a escola e afirmou que sabe que existem chances de o bullying acontecer novamente, mas agora confiante. E você, apoiaria seu filho nessa decisão?

sábado, 15 de outubro de 2011

'Indignados' se mobilizam para realizar protestos em 82 países (Postado por Lucas Pinheiro)

Manifestantes saíram para as ruas de cidades de todo mundo neste sábado (15) em protesto contra o sistema financeiro, "ganância corporativa" e cortes orçamentários realizados por alguns governos.
Os organizadores das marchas acreditam que manifestações sejam realizadas em até 951 cidades de 82 países, inspiradas no "Ocupe Wall Street", iniciado em Nova York, nos Estados Unidos.
Neste sábado, já houve manifestações em Hong Kong, Taiwan, Japão e Austrália, Itália, Bósnia, Romênia e Holanda e, ao longo do dia, pode haver protestos na Espanha, Inglaterra e Grécia.
Na Alemanha, 5 mil pessoas, segundo a polícia local, se reuniram diante da sede do Banco Central Europeu (BCE) em Frankfurt. Nos cartazes dos manifestantes era possível ler, entre outros lemas, "Acabemos com a ditadura do capitalismo".
Em Roma, na Itália, milhares de manifestantes se reuniram nas ruas, mas alguns colocaram fogo em carros e quebraram vitrines de lojas.
Em Taiwan, mais de 100 pessoas – embora os organizadores esperassem que cerca de 1,5 mil aparecessem – responderam a convocação do "15-O", em referência ao dia 15 de outubro, e se manifestaram na entrada do arranha-céu Taipé 101 cantando palavras de ordem como "Somos 99% de Taiwan".
Protestos contra o sistema econômico ocorreram também na Suíça (Foto: Fabrice Coffrini/AFP) 
Protestos contra o sistema econômico ocorreram
também na Suíça (Foto: Fabrice Coffrini/AFP)
Em Hong Kong, cerca de 200 pessoas responderam ao chamado dos "indignados" e se concentraram nas imediações da Bolsa local, levando cartazes com palavras de ordem como "os bancos são um câncer", segundo a Rádio Televisão de Hong Kong.
Desde o surgimento do movimento, que teve início com um protesto de centenas de pessoas em Madri no dia 15 de maio, os "indignados" e grupos de filosofia parecida, como "Ocuppy Wall Street", querem fazer deste 15 de outubro (15-0) um dia simbólico, reunindo-se diante de sedes financeiras como Wall Street, a City de Londres ou o Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt.
Manifestantes usam máscaras de Guy Fawkes em protesto na Coreia do Sul (Foto: Park Ji-Hwan/AFP) 
Manifestantes usam máscaras de Guy Fawkes, das histórias em quadrinhos e do filme 'V de Vingança' em protesto na Coreia do Sul (Foto: Park Ji-Hwan/AFP)
Em Sydney, as ruas diante do Banco Central da Austrália foram tomadas por cerca de 2 mil manifestantes, entre representantes aborígenes, sindicalistas e comunistas, segundo a agência Reuters.
O site da organização, o "15october.net", traz uma mensagem para que os manifestantes "unam suas vozes para dizer aos políticos e às elites financeiras que cabe ao povo decidir o futuro".
A onda de protestos deste sábado ocorre simultaneamente a um encontro do G20 na França, em que políticos tentam encontrar formas de enfrentar a crise da dívida que se espalha pelos países da zona do euro.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Americana grávida corre 42 quilômetros em maratona e dá à luz em seguida (Postado por Lucas Pinheiro)

Se correr uma maratona já não é tarefa fácil, menos ainda para uma mulher grávida. Mas aos nove meses de gestação, a americana Amber Miller, de 27 anos, resolveu correr os 42 quilômetros da Maratona de Chicago, neste domingo.

Segundo o o site do jornal “Chicago Tribune”, Amber, de Illinois, contou que recebeu autorização do médico para participar da corrida e fez isso durante toda a gestação. No final da maratona, ela começou a sentir as primeiras contrações. A americana fez o possível para ignorar a dor e continuou a prova, intercalando corridas e caminhadas.

Amber terminou a prova em seis horas e 25 minutos, e ainda teve calma suficiente para comer um sanduíche antes de ir para o hospital. A americana deu à luz June, uma garotinha com pouco mais de três quilos.

- Foi o dia mais longo da minha vida - definiu ela.

sábado, 8 de outubro de 2011

Dalai Lama tem problemas com visto e diz que China é dirigida por hipócritas (Postado por Lucas Pinheiro)

"A China está fundamentada em mentiras e seus governantes são hipócritas", disse o Dalai Lama neste sábado (8), falando por videoconferência depois que problemas com seu visto o impediram de comparecer às celebrações de aniversário de 80 anos do arcebispo e Nobel da Paz Desmond Tutu, na África do Sul.

"Alguns membros do governo chinês descrevem-me como um demônio", disse o líder espiritual tibetano, sob aplausos, colocando seus dedos indicadores de cada lado da cabeça para imitar chifres de um diabo.

"Na realidade, para o sistema totalitário comunista (...), a hipocrisia (e) as mentiras infelizmente se tornaram parte de suas vidas."

Dalai Lama disse que o governo chinês "não fica à vontade" com pessoas que dizem a verdade, acrescentando que as pessoas honestas vivem mais e que ele quer participar do futuro aniversário de Tutu, que foi um ícone na luta contra o Apartheid.

"Na ocasião, não se esqueça de me enviar um convite (...), então poderemos testar o seu governo", disse a Tutu em uma aparente referência à situação de seu visto com as autoridades sul-africanas.

O fato de o governo não ter permitido que o Dalai Lama entrasse no país tem sido considerado como uma concessão às pressões da China, maior parceiro comercial da África do Sul. Na semana passada, a China se comprometeu a investir US$ 2,5 bilhões na maior economia da África.

Tutu se aposentou há um ano da maioria de suas funções públicas, mas mantém-se com uma figura proeminente e ainda é visto como uma voz de integridade.

(Reportagem de Shafiek Tassiem)

Amanda Knox diz a TV que foi molestada sexualmente na prisão (Postado por Lucas Pinheiro)

A estudante americana Amanda Knox disse a um programa de TV que foi molestada sexualmente durante os quatro anos em que ficou presa na Itália. No "The Early Show", da rede CBS, o repórter Peter Van Sant traz o relato de que um administrador da penitenciária a intimidou, levando-a ao seu escritório sozinha à noite e dizendo coisas "inapropriadas" a ela.

O programa completo, que inclui entrevista com o pai de Amanda, vai ao ar na noite deste sábado, nos Estados Unidos.

A estudante desembarcou na noite da última terça-feira (4) em Seattle, nos EUA, um dia após ser absolvida por uma corte italiana da acusação de matar uma colega de quarto durante "jogos sexuais".

O voo da British Airways aterrissou com a jovem de 24 anos e sua família no Aeroporto Internacional de Seattle-Tacoma sob forte esquema de segurança, enquanto jornalistas de todo o mundo aguardavam o desembarque, ocorrido minutos antes do horário previsto.
“Eles estão me lembrando como falar em inglês porque estou tendo problemas com a língua”, disse Knox, quando se dirigiu aos repórteres. “Eu estou realmente emocionada. Estava olhando pela janela do avião e nada parecia real”, afirmou.
Knox agradeceu a todos que acreditaram nela durante seu julgamento. “Eu só quero a minha família. É a coisa mais importante para mim agora, só quero ir para estar com eles”, disse.

A absolvição foi divulgada após uma última revisão do processo e cerca de dez horas de deliberação a portas fechadas.
O ex-namorado de Amanda, Raffaele Sollecito, também foi absolvido.
Amanda caiu no choro ao ouvir a decisão. Ela havia chegado ao tribunal tensa, lívida e respirando com dificuldade.

O crime
Amanda e Sollecito eram acusados de, em 1º de novembro de 2007, terem matado Meredith, então com 21 anos, durante jogos sexuais regados a álcool e drogas e que "fugiram ao controle", segundo descrição da promotoria.
Meredith foi encontrada seminua, com a garganta cortada e marcas de 43 facadas, em meio a uma poça de sangue. A autópsia também mostrou que ela foi estuprada.
O crime ocorreu no apartamento que elas dividiam. O caso chamou a atenção da imprensa internacional. Em 2009, Amanda foi condenada a 26 anos de prisão, e Sollecito, a 25. Durante os quase quatro anos que permaneceu presa, Amanda sempre negou a autoria do crime. Sollecito também.

O traficante Rudy Guede, cidadão da Costa do Marfim, também acusado, foi condenado a 16 anos de prisãoi em um processo separado. Ele teria imobilizado a vítima, segundo a acusação.
Apelação
A decisão do Tribunal de Apelação foi tomada após investigadores forenses independentes terem criticado a atuação da polícia no caso, dizendo que as provas existentes contra os dois no na perícia oficial não eram confiáveis. A expectativa era de que ela fosse inocentada.
O tribunal de recursos manteve a condenação a Knox pelo crime de calúnia, já que ela acusou falsamente o barman Patrick Lumumba de ser um dos assassinos. Ela foi sentenciada a três anos de reclusão, tempo que já cumpriu.
Nesta segunda-feira, antes de divulgada a decisão do tribunal, Amanda fez um apelo emocionado de inocência e chegou a chorar. Falando aos oito juízes (dois profissionais e seis leigos), Knox implorou para ser libertada. "Não cometi as coisas que disseram que eu cometi. Não matei, estuprei nem roubei. Eu não estava lá", afirmou, no italiano fluente que aprendeu na cadeia.
A acusação, que planeja recorrer, teme que Amanda volte a Seattle, onde a família mora, e não retorme mais à Itália caso o processo continue.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Farmacêuticas são acusadas de experiências antiéticas (Postado por Lucas Pinheiro)

“Eticamente impossível.” Esse é o nome do relatório divulgado em 12 de setembro pela Comissão de Bioética da Presidência dos Estados Unidos sobre testes científicos conduzidos pelo governo do país que infectaram com sífilis e gonorreia 700 pessoas na Guatemala entre 1946 e 1948. Não foram apenas os abusos do passado que preocuparam os especialistas convocados por Barack Obama para investigar o caso. A comissão admite que é necessário mais transparência e melhor regulação para garantir os direitos de pessoas que participam dos testes de medicamentos. Especialmente os voluntários de países pobres, cada vez mais usados como cobaias por empresas das nações mais ricas.

Susan Reverby, a historiadora responsável por descobrir os arquivos que mostram os experimentos nos quais 83 guatemaltecos morreram, alerta que o perigo da “importação” dos voluntários de estudos continua. “É muito preocupante ver a globalização dos testes clínicos. É mais fácil encontrar pessoas que aceitem participar fora dos Estados Unidos porque elas são ingênuas.” Para ela e outros estudiosos de bioética, testes eticamente questionáveis que expõem a população de nações subdesenvolvidas a grandes riscos continuam ocorrendo.

Não faltam denúncias contra esse tipo de prática. Nos últimos 7 anos, um hospital na Índia testou remédios de multinacionais farmacêuticas em pacientes que dizem não ter sido informados que participavam de um experimento, causando pelo menos 10 mortes. Em 2008, 12 crianças morreram na Argentina após participarem de experimentos para a fabricação de uma vacina contra pneumonia, enquanto os pais, analfabetos, diziam não ter sido avisados sobre o teor da pesquisa. No Brasil, comunidades ribeirinhas do Amapá foram deliberadamente picadas com mosquitos infectados pela malária como parte de um estudo de uma universidade dos EUA, em 2006. Em 1996, 11 crianças nigerianas em estado de saúde precário morreram e outras sofreram danos cerebrais após testarem uma droga contra meningite. A principal diferença entre esses casos e os relatos históricos na Guatemala é que, agora, em vez de governos, os acusados pelos abusos são grandes empresas farmacêuticas.


COBAIA IMPORTADA
As denúncias aparecem num contexto de crescimento do uso de estrangeiros em testes de medicamentos nos Estados Unidos e países europeus. Só em 2008 (último ano com dados compilados), 78% dos pacientes que participavam de pesquisas para drogas aprovadas pela agência americana responsável por fiscalizar remédios (FDA) estavam fora dos EUA. Naquele ano, houve 20 vezes mais testes conduzidos em países estrangeiros que em 1990.

Na Europa, entre 2005 e 2009, 61% dos testes clínicos eram de locais fora do continente. “Tanto o FDA quanto a Emea (agência europeia) inspecionam menos de 1% dos lugares onde são feitos os testes clínicos. As autoridades locais podem não ter os recursos e expertise técnica para cuidar dos problemas”, alerta David Ross, professor de medicina da George Washington University que trabalhou durante 10 anos no FDA analisando remédios.

Essa regulação falha pode estar por trás de uma briga judicial de 13 anos entre a Pfizer e o governo da Nigéria. A farmacêutica testou em 1996 um antibiótico contra meningite em crianças nigerianas com a doença em estado avançado. Durante a experiência, 11 morreram e outras desenvolveram problemas cerebrais. A companhia não obteve o consentimento de todos os participantes por escrito, foi acusada em reportagem do jornal Washington Post de ter falsificado documentos para conseguir a aprovação dos estudos e foi processada pelo governo nigeriano. Em 2009, pagou US$ 75 milhões ao país para arquivar a disputa, sem admitir culpa. A empresa afirmou a Galileu que a droga não matou, pelo contrário, salvou vidas e foi mais efetiva que o tratamento existente na época para a doença. Quanto à falta de autorização dos participantes, diz que “por conta das altas taxas de analfabetismo da Nigéria, nem sempre foi possível obter consentimento por escrito”. Os argumentos não convencem David Ross. “É arriscado experimentar em crianças cronicamente doentes que fazem parte de uma população vulnerável. Um teste desses dificilmente seria aprovado nos EUA.”

A falta de consentimento também foi denunciada em testes clínicos realizados de 2004 a 2011 na cidade de Bhopal, na Índia. O local foi vítima de um dos maiores desastres químicos da história, quando 40 toneladas de gases letais vazaram de uma fábrica de agrotóxicos em 1984, matando 8 mil pessoas e deixando 150 mil com doenças crônicas. O Bhopal Memorial Hospital Research Centre, criado especialmente para tratar os afetados pelo desastre, é acusado por pacientes de receber dinheiro de companhias farmacêuticas como a AstraZeneca para testar remédios nos indivíduos debilitados sem que eles tivessem sido avisados. Dos participantes, pelo menos 10 morreram, de acordo com o jornal indiano IBN. Em documentário sobre o tema lançado em julho pela TV Al Jazeera English, um indiano chamado Ramadhar Shrivastav (em foto na pág. anterior) alega que médicos pediram para que assinasse um documento em inglês e depois lhe entregaram duas garrafas de pílulas de remédios desconhecidos para tomar. “Se gastar meu dinheiro processando o hospital não terei como alimentar meus filhos”, disse à Al Jazeera. 

LEI DO MELHOR PREÇO
A razão pela qual as farmacêuticas têm aumentado a terceirização de testes em países onde há menor escolaridade e maior concentração de pobres é financeira. Em 2008, Jean-Pierre Garnier, então executivo da GlaxoSmithKline (GSK), escreveu na revista Harvard Business Review que uma companhia que faz uso de 60 mil pacientes em testes clínicos poderia poupar até US$ 600 milhões por ano ao relocar 50% das suas pesquisas para locais como a Índia e a América Latina. Segundo Garnier, um centro médico de altíssima qualidade na Índia cobraria “apenas” US$ 1,5 mil a US$ 2 mil por paciente em cada teste, enquanto o mesmo sairia por US$ 20 mil num lugar de segunda linha nos EUA.

Há outro grande atrativo nos países pobres: uma burocracia menos rígida, que reduz o tempo de uma pesquisa e aumenta a chance de ela ser aprovada. Bioéticos dizem que um exemplo disso são testes feitos com grávidas portadoras do HIV em Uganda durante a década de 1990, com financiamento do governo americano.

Enquanto um grupo recebeu o antiviral AZT, outro recebeu placebo, mesmo já sabendo que o AZT poderia proteger os recém-nascidos. “Onde existe uma terapia médica que funciona comprovadamente, testes controlados com placebo são antiéticos”, afirma Kevin Schulman, diretor do instituto de pesquisas clínicas da Duke University e autor de dois relatórios sobre ética de pesquisas.

“É muito mais fácil convencer pacientes de países pobres a se submeterem a esse tipo de coisa. Para as farmacêuticas, pessoas de outros países são vistas como materiais crus que podem ser garimpados”, complementa David Ross. A questão vai além do consentimento. “Mesmo que uma pessoa entenda os riscos, ela pode não ter escolha. Muitos não têm dinheiro para pagar o tratamento padrão”, afirma o médico Amar Jesani, fundador do Centro para Estudos em Ética e Direitos da Índia. Assim, diz Jesani, viram cobaias para ter acesso a médicos, por mais que seja por um tempo reduzido (de semanas ou meses) ou por dinheiro.


ÀS CLARAS
Os testes clínicos são essenciais para o desenvolvimento de remédios efetivos e devem continuar. “Mas os países capazes de oferecer um bom atendimento de saúde devem tomar a frente. Não lugares como a Índia, que falhou em oferecer o acesso mínimo de educação e saúde ao seu povo”, diz Jesani.

O Brasil tenta evitar esse problema proibindo que voluntários sejam pagos. “As pessoas participam por altruísmo ou por entender que não existem mais recursos para a sua saúde fora do mundo da pesquisa”, afirma Gyselle Saddi Tannous, coordenadora da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Os pesquisadores somente podem pagar as despesas que o voluntário tem nos dias em que ele participa dos testes, como transporte e alimentação.

Mesmo assim, problemas acontecem. Em 2006, foi descoberto que moradores das comunidades ribeirinhas de São Raimundo do Pirativa e São João do Matapim, no Amapá, recebiam até R$ 30 por dia para serem picados por mosquitos com malária em pesquisa elaborada pela Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.

O caso foi denunciado no Ministério Público Federal e não houve punição até agora, e o estudo foi interrompido pelo Conep. “E muitos protestaram porque queriam o dinheiro oferecido”, diz Gyselle, sublinhando a importância de leis para proteger candidatos a cobaias em países pobres. Ela afirma haver pressão da indústria internacional para que o Brasil afrouxe suas normas. “É preciso pesar o avanço da ciência, mas não devemos fazer isso à custa de vidas.”

Jobs soube que doença era terminal em fevereiro, diz médico (Postado por Lucas Pinheiro)

Há 8 meses, Steve Jobs foi informado por seu médico de que, depois de anos de luta contra o câncer, seu tempo de vida estava cada vez mais curto, e que ele deveria se preparar para a morte. Segundo reportagem do "New York Times", Jobs confidenciou a informação para poucos amigos, o que não evitou que uma peregrinação de conhecidos interessados em se despedir do cofundador da Apple acontecesse nos últimos meses de sua vida.

Jobs não parou de trabalhar imediatamente após ser informado da proximidade do fim. Participou ainda de dois eventos públicos com a Apple: o lançamento do iPad 2 e a abertura da WWDC 2011, conferência anual de desenvolvedores para as plataformas da empresa. Só no final de agosto, pouco mais de 40 dias antes da morte, ele enfim deixou o cargo de CEO da Apple.

Nas últimas semanas, no entanto, deixou pouco sua casa em Palo Alto, na Califórnia. Recebia amigos e conhecidos eventualmente. A filtragem das centenas de pessoas que pediam para se despedir do amigo e colega era feita por sua esposa, Laurene. Na maioria das vezes, ela dizia que Jobs estava cansado demais para receber visitas.

Jobs controlava as escolhas do que fazer com seus últimos dias. Comeu sushi com seu médico, Dean Ornish, em seu restaurante predileto, o Jin Sho, também em Palo Alto. Conversou com investidores da Apple como John Doerr e Bill Campbell, e com o presidente da Disney, Robert Iger. Teria ainda dado conselhos ao time de vice-presidentes da Apple sobre a apresentação do iPhone 4S, que ocorreu na véspera de sua morte.

Mas a maior fatia de seu tempo era destinada à família. "Perguntei se ele gostava de ter filhos", disse Ornish ao "New York Times". "Steve disse que era 10 mil vezes melhor do que qualquer coisa que ele já tivesse feito."

"Ele não queria desperdiçar um minuto com coisas que ele não achava importante. Ele sabia que seu tempo na Terra era limitado. Ele queria controlar o que fazia e quais escolhas ainda estavam disponíveis."

Jobs soube que doença era terminal em fevereiro, diz médico (Postado por Lucas Pinheiro)

Há 8 meses, Steve Jobs foi informado por seu médico de que, depois de anos de luta contra o câncer, seu tempo de vida estava cada vez mais curto, e que ele deveria se preparar para a morte. Segundo reportagem do "New York Times", Jobs confidenciou a informação para poucos amigos, o que não evitou que uma peregrinação de conhecidos interessados em se despedir do cofundador da Apple acontecesse nos últimos meses de sua vida.
Jobs não parou de trabalhar imediatamente após ser informado da proximidade do fim. Participou ainda de dois eventos públicos com a Apple: o lançamento do iPad 2 e a abertura da WWDC 2011, conferência anual de desenvolvedores para as plataformas da empresa. Só no final de agosto, pouco mais de 40 dias antes da morte, ele enfim deixou o cargo de CEO da Apple.

Nas últimas semanas, no entanto, deixou pouco sua casa em Palo Alto, na Califórnia. Recebia amigos e conhecidos eventualmente. A filtragem das centenas de pessoas que pediam para se despedir do amigo e colega era feita por sua esposa, Laurene. Na maioria das vezes, ela dizia que Jobs estava cansado demais para receber visitas.
Jobs controlava as escolhas do que fazer com seus últimos dias. Comeu sushi com seu médico, Dean Ornish, em seu restaurante predileto, o Jin Sho, também em Palo Alto. Conversou com investidores da Apple como John Doerr e Bill Campbell, e com o presidente da Disney, Robert Iger. Teria ainda dado conselhos ao time de vice-presidentes da Apple sobre a apresentação do iPhone 4S, que ocorreu na véspera de sua morte.
Mas a maior fatia de seu tempo era destinada à família. "Perguntei se ele gostava de ter filhos", disse Ornish ao "New York Times". "Steve disse que era 10 mil vezes melhor do que qualquer coisa que ele já tivesse feito."
"Ele não queria desperdiçar um minuto com coisas que ele não achava importante. Ele sabia que seu tempo na Terra era limitado. Ele queria controlar o que fazia e quais escolhas ainda estavam disponíveis."

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Britânica que pensava estar na menopausa tem bebê na rua (Postado por Lucas Pinheiro)

Uma mulher britânica de 44 anos que acreditava estar na menopausa se surpreendeu ao dar à luz no meio da rua após se sentir mal, sem saber que estava grávida.
Jane Eadie afirmou ter ficado abismada ao dar à luz ao seu terceiro filho - um menino batizado de James - em uma rua da cidade de Belper, no centro da Grã-Bretanha, no dia 24 de setembro.
Ela diz que acreditava estar ganhando peso por ter parado de tomar um medicamento e que não considerava a possibilidade de estar grávida por acreditar que estava na menopausa.
Jane Eadie e seu bebê (Foto: BBC) 
Jane Eadie e seu bebê (Foto: BBC)
Eadie estava andando na rua fazendo compras quando se sentiu mal e se sentou em um banco.
Ela disse ter pensado que fora algo que havia comido no dia anterior e que lhe fez mal, mas na realidade ela estava nos últimos estágios do trabalho de parto.
Sua filha Elizabeth Anderson, de 23 anos, estava com ela quando ela deu à luz em frente às lojas.
'Eu simplesmente não podia acreditar. Pensei que era um sonho até ver o bebê. Ele é maravilhoso', disse Elizabeth.
'Todo mundo na rua ficava vindo até a gente e dando os parabéns', conta.
O bebê James (Foto: BBC)
O bebê James (Foto: BBC)

Sueco Tomas Tranströmer ganha prêmio Nobel de Literatura (Postado por Lucas Pinheiro)


O poeta sueco Tomas Tranströmer foi anunciado na manhã desta quinta (06) como o escolhido para receber o prêmio Nobel de Literatura 2011. O anúncio da premiação do escritor de 80 anos, que é natural de Estocolmo, provocou comoção na pequena plateia que acompanhava a cerimônia na mesma cidade.
O poeta sueco Tomas Tanströmer, anunciado nesta quinta-feira (6) vencedor do Nobel de Literatura, posa para foto em sua casa, em Estocolmo, na Suécia (Foto: AP)
O poeta sueco Tomas Tranströmer, anunciado nesta quinta (6) vencedor do Nobel de Literatura (Foto: AP)

O representante do comitê disse que Tranströmer foi premiado porque "através de suas imagens condensadas e translúcidas, ele nos oferece um novo acesso à realidade". O sueco figurava entre os favoritos para o prêmio deste ano.

Além de passar a integrar o rol de vencedores do prêmio, ele recebe medalha, diploma e o prêmio de 10 milhões de coroas suecas, o equivalente a R$ 2,7 milhões. A cerimônia de premiação acontece em dezembro.

Obra
Um dos poetas mais importantes da Suécia, Tanströmer nasceu em 1931 e lançou sua primeira obra, "17 dikter" ("17 poemas"), em 1954. Ele estudou psicologia e poesia  na Universidade de Estocolmo.
Sua obra foi traduzida para mais de 50 idiomas, e inclui títulos como "The great enigma: new collected poems", "The half-finished heaven", "For the living and the dead", "Baltics", "Windows and stones".
Antes do Nobel, Tanströmer já havia sido premiado com o Aftonbladets Literary Prize for Literature, o Oevralids Prize, entre outros.



Contra opinião de Temer, a ‘vice-cunhada’ posou nua

Luís Crispino/Divulgação
Karl Kraus (1874-1936) escreveu: “A expressão ‘laços de família’ tem um travo de verdade.”
Sanguíneos ou por afinidade, os 'laços' são variáveis. O 'travo' é imutável. Latente, manifesta-se quando bem entende.
Michel Temer experimenta uma dessas experiências adstringentes que só a família pode proporcionar.
Fernanda Tedeschi, irmã mais nova da vice-primeira-dama Marcela Temer, posou nua para a Playboy.
A nudez da cunhada do vice-presidente da República enfeitará as páginas de uma das próximas edições da revista masculina.
Rendida à lógica que faz da propaganda a alma dos negócios, a Playboy cuidou de servir um “aperitivo” de Fernanda.
Foram à web imagens de uma desinibida 'vice-cunhada'. Numa, de sutiã, ela ostenta trança idêntica à que Marcela Temer (aí à direita) usou no dia da posse do marido.
À época em que surgiram os primeiros indícios de que Fernanda enamorava-se de um contrato com a Playboy, Temer interveio em segredo.
Chegou a dizer a companheiros de PMDB que, com o auxílio da sogra, lograra abortar os cliques indesejados. As fotos lá do alto provam que Temer estava errado.
“No começo, meu cunhado não gostou muito”, segredou Fernanda à Playboy. “Minha mãe ficou brava, minha irmã se surpreendeu.”
Para desassossego de Temer, além de descobrir o valor do próprio corpo, a cunhada farejou uma insuspeitada vocação.
Ex-aeromoça, estudante de direito, Fernanda decidiu ingressar na política. Anuncia a intenção de candidatar-se já nas eleições de 2012.
Almeja uma cadeira de vereadora no município de Paulínia (SP), o mesmo onde Temer conheceu a irmã Marcela.
Presidente licenciado do PMDB federal e mandachuva do PMDB paulista, Temer decerto oferecerá a legenda à cunhada.
Melhor estreitar os laços do que ter de arrostar o travo de ver a “parente” sentando praça num partido qualquer. O PT, por exemplo.
.  
Escrito por Josias de Souza às 22h3

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Sindicatos de NY se unem a protesto dos indignados de Wall Street (Postado por Lucas Pinheiro)

Quinze sindicatos de trabalhadores de Nova York se uniram nesta quarta-feira (5) ao movimento "Occupy Wall Street" ("Ocupem a Wall Street"), manifestação que começou em 17 de setembro e que protesta contra o que considera as injustiças do sistema financeiro americano e contra a "ganância corporativa".

Agora somam-se aos indignados de Wall Street, que ocupam o sul de Manhattan, sindicatos como o Transport Workers Union (TWU), que agrupa trabalhadores de empresas de ônibus, metrô e de companhias aéreas de todo país, e a United Federation of Teacher, que representa os professores de escolas públicas de Nova York.

"Aplaudimos a coragem dos jovens de Wall Street, que estão se manifestando de maneira dramática pelo que foi nossa posição durante bastante tempo. O sacrifício defendido pelo governo parece uma rua de mão única", diz o TWU em seu site.

O sindicato, que tem 38 mil membros ativos e 26 mil aposentados, se juntou aos outros 14 sindicatos e mais de vinte associações comunitárias no final da tarde desta quarta para marchar da praça Foley, no distrito financeiro de Nova York, até a praça Liberty, ocupada pelos indignados de Wall Street.

Um grupo de pessoas detidas no fim de semana passado no local entrou com um processo contra as autoridades de Nova York pelo que consideraram uma armadilha da polícia para reprimir o direito constitucional da livre expressão.

O processo foi apresentado nesta terça-feira (4) em nome dos cerca de 700 manifestantes presos no último sábado (1º) na ponte do Brooklyn. Eles afirmam que a polícia deixou de forma deliberada o grupo chegar até a ponte e depois os impediram de abandonar o local e efetuaram a detenção ilegal de centenas de pessoas.

Os denunciantes citaram no processo o prefeito de Nova York e o chefe de polícia da cidade. Eles pedem uma compensação financeira e que suas ficham criminais sejam limpas.

Além disso, em represália a prisões efetuadas no dia 1º, o grupo de hackers Anonymus ameaçou nesta quarta lançar um ataque contra a Bolsa de Nova York.

Os protestos, que começaram em Nova York, já se estenderam para outras grandes cidades dos EUA como Los Angeles, Boston, Filadélfia, Seattle e Chicago.