sexta-feira, 31 de maio de 2013

Mais de 50 países aderiram à “Marcha contra Monsanto”

26/5/2013 9:33
Por Redação, com agências internacionais - de Porto Alegre, Cidade do México e Lisboa

Monsanto
No México, lavradores protestaram contra a transnacional norte-americana Monsanto
Centenas de cidades de mais de 50 países aderiram à “Marcha Contra Monsanto”, na véspera, como forma de protesto contra a manipulação genética e a monopolização do mercado levadas a cabo pela indústria multinacional de agricultura e biotecnologia sediada no Missouri (EUA). No Brasil, um documento, fruto de organização democrática e popular, foi entregue ao Governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, por intermédio do chefe do Gabinete do Governador, Ricardo Zamora; da coordenadora de educação ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Gislaine Pacheco; e do responsável pelo Plano de Sustentabilidade do Estado, Francisco Milanez.
Em Portugal, Lisboa, Porto, Horta e Ponta Delgada foram palco desta ação de luta, segundo relatórios divulgados neste domingo. Em Lisboa, centenas de ativistas do ambiente e pequenos agricultores concentraram-se em frente à Assembleia da República. No Porto, a marcha teve início na Praça Marquês de Pombal e deslocou-se até à Avenida dos Aliados. O Mercado da Graça em Ponta Delgada foi o palco dos protestos em São Miguel, enquanto na Horta, na Ilha do Faial, os ativistas concentraram-se no Mercado da Horta, na Loja Açores Bio. Na página de Facebook do movimento cívico March Against Monsanto, foram publicadas as fotos dos protestos ao redor do mundo, desde Nova Iorque (EUA) ao Cairo (Egito), Joanesburgo (África do Sul), San Juan (Porto Rico), Zadar (Croácia), Estocolmo (Suécia), Amesterdã (Holanda) e Tóquio (Japão), entre muitas outras cidades.
Na convocatória internacional da iniciativa, o movimento refere os motivos que o leva a agir e as soluções que apresenta e defende.
Convocatória internacional do evento, na sua versão em português:
Por que agimos?
• Muitas investigações científicas têm demonstrado que os alimentos geneticamente modificados (OGM) podem conduzir a problemas graves de saúde, como o desenvolvimento de tumores cancerígenos, infertilidade e defeitos genéticos.
• Nos Estados Unidos, a FDA, entidade encarregue de garantir a segurança alimentar pública, é dirigida por Michael Taylor, ex-vice presidente da política pública da Monsanto. Também o USDA, Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, é gerido por Roger Beachy, ex-diretor da Monsanto
• Recentemente, no Congresso dos EUA, o presidente Obama aprovou a lei H.R.933, também conhecida como “Ato de Proteção à Monsanto” que, entre outras coisas, nega a autoridade às entidades federais para parar a plantação e venda de culturas transgénicas que representem um risco para a saúde dos consumidores.
• Há muito tempo que a Monsanto é o maior beneficiante dos apoios a empresas e do favoritismo politico.
Enquanto que os agricultores de cultivos orgânicos e pequenos agricultores sofrem grandes perdas, a Monsanto continua a forjar o seu monopólio no fornecimento de alimentos pelo mundo, que incluem os direitos exclusivos de patentes sobre sementes e composições genéticas
• Os produtos da Monsanto são prejudiciais para o meio ambiente, por exemplo, a ciência afirma que as plantações de OGM e os seus pesticidas têm causado a morte, em grande escala, de abelhas por todo o mundo.
Quais as soluções que apresentamos e defendemos?
- “Votar com dinheiro”, ou seja, tendo sempre a preferência por comprar produtos orgânicos, boicotando todas as empresas que utilizem transgénicos nos seus produtos.
- Queremos que os produtos transgénicos sejam identificados com rótulos para que os consumidores possam ter o direito de fazer escolhas conscientes.
- Mais investigação sobre os efeitos dos OGM na saúde das pessoas
- Responsabilizar a Monsanto e todos os políticos que a apoiam, por todas as partes do mundo, denunciando-os em praça pública.
- Mais informação pública sobre as políticas corruptas da Monsanto, ao mesmo tempo em que se informa sobre os benefícios da agricultura biológica, como modelo sustentável, também conhecido como Agricultura Ecológica ou Permacultura.
Tomemos as ruas para mostrar ao mundo e à Monsanto que não vamos ser vítimas de injustiças em silêncio”.
Artigos relacionados:  Nova Lei das Sementes constitui um “ataque” aos agricultores e à “herança biocultural comum” Governo dos EUA ajuda Monsanto a vender transgénicos

quinta-feira, 30 de maio de 2013

Guerra às drogas: ONG propõe que Mujica seja indicado ao Nobel da Paz

O presidente uruguaio  enviou projeto de lei para regular o consumo de maconha ao Congresso em abril deste ano | Foto: Presidencia de la República del Ecuador/Flickr
O presidente uruguaio enviou projeto de lei para regular o consumo de maconha ao Congresso em abril deste ano | Foto: Presidencia de la República del Ecuador/Flickr
Uma organização não-governamental holandesa acredita que o presidente do Uruguai, José “Pepe” Mujica, deve concorrer ao Prêmio Nobel da Paz. A entidade Drugs Peace Institute lançou uma campanha para apoiar a indicação do líder uruguaio por sua iniciativa de outorgar ao Estado o controle da produção, distribuição e comercialização de maconha para lutar contra o tráfico de drogas.
A ideia foi transmitida aos partidários de Mujica no Uruguai pelo presidente da ONG, Frans Bronkhorst. Em comunicado na imprensa, ele afirmou que Mujica deve ser reconhecido por “substituir a chamada guerra às drogas pela paz das drogas”. “Mujica é o primeiro presidente que propôs acabar com essa guerra que não serve a ninguém, só aos interesses obscuros”, explicou.
No projeto de lei enviado ao parlamento, o Estado se tornaria responsável pelo “controle e regulação das atividades de importação, exportação, plantação, cultivo, colheita, produção, aquisição, armazenamento, comercialização e distribuição de cannabis e seus derivados”. A proposta deve ser discutida em junho.
A ONG Drugs Peace Institute aparece em uma lista da Organização das Nações Unidas (ONU) como uma entidade que trabalha “pelo aumento da conscientização dos usuários de drogas sobre a qualidade dos produtos que consomem” e pela integração na sociedade

Comissão Europeia alivia política de austeridade

 
PETER SPIEGEL
DO "FINANCIAL TIMES", EM BRUXELAS

A Comissão Europeia reduziu o ritmo da austeridade na zona do euro ontem, mas alertou que continuava improvável que o bloco produzisse crescimento econômico sólido em curto prazo.
Ao apresentar sua aguardada avaliação quanto aos planos orçamentários de seus 27 países-membros, Bruxelas alertou que as redes de segurança social estão se desgastando e a pobreza vem crescendo perigosamente em muitas partes da Europa, com o fracasso dos esforços para combater o desemprego.
A comissão defendeu sua decisão de dispensar quatro das seis maiores economias da União Europeia de cumprir suas alardeadas regras orçamentárias, alegando que a recente calma nos mercados propicia prazo maior para que elas implementem reformas econômicas.
Mas a decisão, que também livrou a Itália do regime de fiscalização intensiva criado em resposta à crise na zona do euro, veio acompanhada de um alerta de que as reformas estão demorando mais do que seria "desejável" para produzir crescimento.
Como se esperava, a comissão prorrogou por dois anos o prazo para que Espanha, França e Eslovênia reduzam seus deficit orçamentários a menos de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Esses países deveriam cumprir a meta já a partir deste ano.
Além disso, Holanda, Bélgica e Portugal receberam prazo adicional de um ano para cumprir a norma, a despeito de a Bélgica ter violado claramente as regras da União Europeia ao desrespeitar seu limite de deficit no ano passado.
A Bélgica terá de enfrentar revisões trimestrais a partir de agora, no entanto --a primeira vez que isso acontece na zona do euro.
Países que não integram a zona do euro também foram dispensados das regras orçamentárias, entre os quais a Polônia, que recebeu prazo adicional de dois anos, e a Hungria, que não precisará mais ser monitorada pela União Europeia sob o chamado "procedimento de deficit excessivo".
CRÍTICAS
Em uma indicação da gravidade das preocupações da comissão com as perspectivas econômicas da zona do euro, os relatórios incluem requerimentos significativamente mais detalhados de informação do que no passado.
O presidente da França, François Hollande, foi especialmente criticado, e Bruxelas afirmou que as reformas nas leis trabalhistas que ele implementou até o momento foram insuficientes.
De forma semelhante, ainda que a Itália tenha sido dispensada do procedimento especial de vigilância de deficit depois de conseguir reduzir seu deficit a 3% do PIB por margem estreitíssima este ano, a comissão advertiu Roma por não ter concluído muitas medidas de reforma, entre as quais conseguir uma redução significativa na carga geral de dívida do país --a segunda mais alta da União Europeia, atrás da Grécia.
Tradução de PAULO MIGLIACCI

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Saúde Animal confirma risco insignificante da carne bovina brasileira para mal da vaca louca

Economia
Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
 

Brasília – A Assembleia Mundial de Delegados da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) confirmou hoje (28) a manutenção do status sanitário do Brasil como de “risco insignificante”, o mais baixo que pode ser atribuído, para a Encefalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como mal da vaca louca.



A decisão, anunciada em reunião plenária, confirmou o parecer técnico da Comissão Científica da OIE, que, em fevereiro deste ano, concluiu que o caso identificado no Paraná não representou risco à saúde pública e animal do país, nem de seus parceiros comerciais.
Segundo o Ministério de Relações Exteriores, o governo forneceu todas as informações disponíveis sobre o caso e prestou esclarecimentos, o que levou à decisão de hoje. Em nota, o ministério informou que foram realizadas gestões por meio da rede de 139 embaixadas do Brasil no exterior, de debates em organismos internacionais e do envio de missões a diversos países para discutir relatórios técnicos sobre o caso.
Ao todo, 17 países e territórios anunciaram algum tipo de restrição a produtos brasileiros de origem bovina. O governo informou que, com a decisão tomada hoje, espera que se normalize plenamente o comércio de carne bovina com os parceiros comerciais que impuseram restrições ao produto brasileiro.
Edição: Nádia Franco
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terça-feira, 28 de maio de 2013

Argentina e Chile entram em alerta vermelho por causa de vulcão

27/05/2013 - 18h30

De Monica Yanakiew
Correspondente da Agencia Brasil / EBC

Buenos Aires – Autoridades chilenas e argentinas alertaram hoje (27) sobre o risco de erupção do Vulcão Copahue, na fronteira entre os dois países, e mandaram 3 mil pessoas desocupar a região. O ministro do Interior chileno, Andrés Chadwick, informou que a evacuação de 2,5 mil pessoas, que vivem a 25 quilômetros do vulcão, “é obrigatória”. Do lado argentino, estão sendo removidas 600 pessoas da localidade de Caviahue.
O vulcão chileno fica na fronteira com província argentina de Neuquén, a 370 quilômetros de Bariloche (conhecido destino turístico e estação de esqui). O governo decretou alerta vermelho depois que foram registradas emissões de gases e cinzas e aumento da atividade sísmica. A última erupção foi em dezembro passado.

Edição Beto Coura
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segunda-feira, 27 de maio de 2013

O Brasil vê o continente africano como irmão e vizinho próximo, afirma Dilma

A presidenta Dilma Rousseff disse neste sábado (25), em Adis Abeba, na Etiópia, durante cerimônia de comemoração do Jubileu de Ouro da União Africana, que o Brasil vê o continente africano como irmão e vizinho próximo. Na véspera do encontro, Dilma afirmou que deseja uma cooperação não opressiva com a África, baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados.
“O Brasil vê o continente africano como irmão e vizinho próximo, temos semelhanças e afinidades profundas. Mais da metade dos quase 200 milhões de brasileiros se reconhece como afrodescendentes e essa descendência é um dos veios mais ricos que conforma a nação brasileira”, disse.
Dilma citou o engajamento brasileiro nas relações com a África e disse que há um genuíno interesse da sociedade civil brasileira nesta parceria. O Brasil é um dos países que tem maior representatividade diplomática na África, com 37 embaixadas em 54 países, e projetos de cooperação técnica em 40 países do continente.
“O governo brasileiro assumiu liderança essencial nesse processo e hoje vemos com orgulho, cada vez mais, que as relações com o continente africano se pautam por genuíno interesse da sociedade civil brasileira e do setor privado. Nosso relacionamento é de longo prazo e tem um sentido estratégico”, afirmou a presidenta.

domingo, 26 de maio de 2013

Bispo Tocoista advoga que igreja deve promover espírito de solidariedade no seio da UA




Luanda - A igreja deve promover o espírito de solidariedade, do amor e da partilha, cujos conteúdos estiveram na base da criação da Organização de Unidade Africana (OUA) hoje transformada em União Africana ( UA).


Esta afirmação é do bispo da Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo no Mundo, Afonso Nunes, proferida hoje, sábado, quando proferia uma palestra subordinada ao, tema " o papel da igreja no desenvolvimento de África", no âmbito do jubileu da União Africana.


De acordo com o líder religioso a OUA tinha raízes no pan – africanismo, que surgiu ainda nos finais do século XX, como manifestação da solidariedade entre intelectuais de origem africana, espalhados pelo mundo contra a hegemonia cultural europeia.


Esta solidariedade deve agora ser o slogan da igreja, para persuadir os homens a serem mais solidários e fraternos uns com os outros, defendeu.

Para o Bispo Afonso Nunes outra forma da igreja contribuir para o desenvolvimento de África, é a promoção da cultura da Paz, da tolerância e de amor.

Advogou na ocasião que a igreja deve trabalhar para a pacificação dos espíritos, incluindo os valores éticos aceitáveis, numa sociedade, que se quer moderna e mais harmoniosa, realçando a necessidade de sair do conformismo para apregoar a liberdade, banindo a supremacia entre os homens e raças e unidos lutarem contra a hegeminia como pendor de neocolonialismo.


Sublinhou ainda que as guerras e todas as formas de violência devem ser renunciadas e classificadas como obras do mal, e trabalhar para a mudança da mentalidade do seus autores através das sagradas escrituras.

sábado, 25 de maio de 2013

Na Etiópia, Dilma defende padrão Sul-Sul de cooperação com a África

24/05/2013 - 18h19
Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Após encontro com o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Desalegn, a presidenta Dilma Rousseff disse hoje (24) que o Brasil tem interesse em ampliar para além das relações comerciais a cooperação com o Continente Africano. Dilma está em Adis Abeba, capital etíope, para participar das comemorações dos 50 anos da União Africana.
Dilma chegou à Etiópia por volta das 9h30 (15h30 no horário local) e, em seguida, fechou quatro acordos com o país nas áreas de desenvolvimento agrícola, transferência de renda, serviços aéreos, educação, ciência e tecnologia.
“O Brasil quer, não só estabelecer relações comerciais, investir aqui, vender para o país, mas também uma cooperação no padrão Sul-Sul. O que é o padrão Sul-Sul de cooperação? É uma cooperação que não seja opressiva, que seja baseada em vantagens mútuas e valores compartilhados”, disse a presidenta, em rápida entrevista na entrada do hotel em que está hospedada.
Segundo Dilma, é “uma deferência” o fato de o Brasil ser convidado de honra do Jubileu de Ouro da União Africana, que reúne 54 países. Amanhã (25), durante a cerimônia de comemoração do jubileu, Dilma deverá discursar representando a América Latina.
“Eu acho uma deferência o Brasil ter sido convidado para falar em nome da nossa região neste Jubileu de Ouro. Acho que [isso] reflete o fato e o reconhecimento da importância que o Brasil atribui à África. Eu estive, há pouco, com o primeiro-ministro Hailemariam Desalegn, e isso fica claro também nas relações bilaterais entre o Brasil e a Etiópia”, disse ela.
Criada em maio de 1963, a União Africana assumiu a função de buscar soluções internas para conflitos entre os países membros do bloco, bem como de incentivar o processo de democratização e fortalecimento institucional da região. O intercâmbio comercial entre Brasil e África cresceu cinco vezes nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 5 bilhões, em 2002, para US$ 26,5 bilhões, em 2012.
Edição: Nádia Franco
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sexta-feira, 24 de maio de 2013

EUA podem restringir vistos permanentes para brasileiros

Projeto de lei pressiona o governo brasileiro a extraditar cidadãos que cometeram crimes no paísDo R7
A medida afeta apenas os vistos permanentes Antonio Cruz/ABr
Uma comissão do Congresso norte-americano aprovou na quarta-feira (22) uma emenda que restringe os vistos permanentes para imigrantes brasileiros.   
A medida foi proposta pelo congressista Tim Ryan e aprovada pela Comissão Orçamentária do Departamento de Segurança Interna, que se debruçou sobre as contas do departamento para 2014.    
A emenda, que afeta apenas os vistos permanentes, restringe que os fundos do Serviço de Cidadania e Imigração sejam usados para aprovar pedidos de vistos para cidadãos brasileiros.  
De acordo com o congressista, a medida foi proposta porque o Brasil tem se recusado a extraditar cidadãos brasileiros que cometeram crimes nos Estados Unidos, como no caso da morte do major Karl Hoerig.  
Hoerig, um veterano de guerra, foi encontrado morto em sua casa em março de 2007. A principal suspeita do crime é sua mulher, a brasileira Cláudia Hoerig, que voltou ao País antes que fosse julgada pela Justiça americana.  
"Não podemos permitir que indivíduos venham ao nosso país e cometam crimes, e depois retornem para o Brasil imunes. A assassina do major Hoerig precisa retornar aos EUA para ser julgada, e precisamos mandar uma mensagem ao Brasil de que sua conduta não será tolerada", disse o congressista.  
O projeto de lei deve ser votado em junho.  
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Brasil

Anistia Internacional denuncia violações em obras da Copa e Olimpíadas

ONG de direitos humanos critica "remoções forçadas" de moradores para dar lugar a obras de infraestrutura dos dois grandes eventos esportivos. Comissão da Verdade é apontada como exemplo de combate à impunidade.
Os impactos causados por obras de infraestrutura relacionadas a grandes eventos esportivos internacionais e a segurança pública foram os dois principais problemas apontados pela Anistia Internacional no relatório anual O estado dos direitos humanos no mundo, divulgado nesta quarta-feira (22/05), nas quatro páginas referentes ao Brasil.
No relatório, a Anistia critica a forma como as autoridades brasileiras realizaram as remoções de moradores para a realização de obras da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. Segundo a ONG de direitos humanos, as remoções foram forçadas, e os moradores foram retirados de suas casas sem receber informações.
Também não houve uma negociação entre as autoridades e comunidades afetadas sobre alternativas à essa decisão ou indenizações compensatórias. O relatório aponta que as famílias foram levadas para regiões distantes, onde há falta de serviços básicos e segurança. Algumas foram levadas para regiões na zona oeste do Rio dominadas por milícias, diz o relatório.
Os impactos das grandes obras não atingem somente os moradores de grandes cidades. "Há também o deslocamento de populações indígenas e comunidades ribeirinhas para a construção de hidrelétricas, como Belo Monte", diz Mauricio Santoro, assessor de direitos humanos da Anistia Internacional do Brasil.
"Na questão da segurança pública ainda há obstáculos muito grandes para que o Brasil tenha uma efetivação de direitos humanos. Nessa área, temos poucos avanços e grandes retrocessos", diz Santoro. A violência policial ainda é alta e membros da organização estão envolvidos em atividades criminosas e corruptas, afirma.

Instalação de UPPs representa um avanço para Anistia Internacional
Além disso, crimes cometidos por policiais continuam sendo registrados como casos de resistência à prisão. O sistema penitenciário no país possui um deficit de 200 mil vagas, o que torna as condições carcerárias desumanas e degradantes, diz a Anistia.
Santoro cita como avanço nessa área o desenvolvimento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) no Rio de Janeiro. "As UPPs resultaram na diminuição de crimes violentos e são esforços para se ter outra relação da polícia com a população mais pobre. Apesar de todos os problemas que ainda existem, elas são um passo adiante", elogia.
Elogio à Comissão da Verdade
Apesar de procurar soluções para evitar violações dos direitos humanos, por meio de programas nacionais ou da legislação, as autoridades ainda demoram para colocar em prática essas ações. "O problema do Brasil não é a lei. Há leis muito boas. A maior dificuldade está na distância entre o país legal e o real, como ele efetivamente é governado e como as autoridades se comportam", afirma Santoro.
Em maio de 2012, uma emenda constitucional que permite o confisco de terra onde havia trabalho escravo foi aprovada pela Câmara dos Deputados, mas até o final do ano ainda não havia sido votada no Senado.
O Programa Nacional de Proteção aos Defensores dos Direitos Humanos também encontra dificuldades na sua implementação, colocando, assim, em risco a vida de ativistas de direitos humanos submetidos a ameaças e intimidações devido ao seu trabalho. Em alguns estados, ele ainda não havia sido posto em prática, por exemplo no Pará, até o final do ano.
O relatório apontou também mudanças positivas no combate à impunidade, e cita a instalação da Comissão Nacional da Verdade como um importante passo nesse quesito. "A Comissão não é somente importante pela necessidade de se investigar e punir os crimes cometidos pela ditadura militar, mas também para se assegurar que essas violações não sejam mais cometidas", reforça Santoro.

DW.DE

  • Data 23.05.2013
  • Autoria Clarissa Neher
  • Edição Alexandre Schossler /dw.de/p/18cN5

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Embaixador do Brasil que ajudará na repatriação dos corpos já está na Capadócia



22/05/2013 - 8h12
Renata Giraldi*
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O embaixador do Brasil na Turquia, Antonio Salgado, está na região da Capadócia para acompanhar o repatriamento dos corpos das três turistas mortas – durante o choque entre dois balões de ar quente – e de feridos no acidente. Autoridades e especialistas turcos informam que, em 16 anos que há passeios de balão na região, houve apenas dois acidentes com mortes.
O acidente há dois dias ocorreu por volta das 6h e envolveu dois balões de ar quente na Capadócia. Um deles se chocou com o cesto do outro balão e caiu quando sobrevoava formações rochosas na região. As causas do acidente estão sendo apuradas. O Ministério das Relações Exteriores, Itamaraty, informou que dos oito brasileiros feridos um teve alta e não há risco de morte.
Por orientação dos guias, o passeio ocorre sempre ao amanhecer, os turistas devem estar preparados por volta das 5h. A vista é considerada um cartão-postal aéreo: é possível ver um céu claro, e de um azul límpido, e as cavernas que, no passado até os anos 1950, eram moradias de religiosos. A Capadócia é uma região de paisagem e pouco habitada, mas muito visitada por turistas estrangeiras.
Desde 1997, há passeios de balão de ar quente na Capadócia. O presidente da Comissão da Capadócia Balão de Ar, Funda Aktan, disse que neste período houve dois acidentes com mortes. Na Capadócia, 21 empresas estão licenciadas para passeios de balão. "O setor de balão de ar quente é seguro na Capadócia. Não há outro lugar no mundo com capacidade para o voo de mais de 90 balões e o transporte de 1,5 mil passageiros por manhã", disse Aktan.
O primeiro acidente com balões ocorreu em 2009, na região de Nevsehir, onde um turista morreu e dez pessoas ficaram feridas. O segundo ocorreu segunda-feira (20), matou três brasileiros e feriu 22 pessoas de várias nacionalidade, inclusive do Brasil. Segundo Aktan, os acidentes são provocados às condições adversas do ar ou falhas do piloto.
*Com informações da agência pública de notícias da Turquia, Anadalu.
Edição: Talita Cavalcante

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Crise econômica ameaça coesão na União Europeia, avalia sociólogo
19/05/2013 - 14h25
Internacional
Gilberto Costa


Correspondente da Agência Brasil/EBC
Lisboa – As consequências da crise econômica internacional na Europa estão na agenda de pesquisa dos cientistas sociais portugueses. Nos últimos anos, uma série de estudos foi publicada em Portugal avaliando as possibilidades de empobrecimento da população, o aumento da desigualdade socioeconômica e a perda de rendimento da classe média. Para alguns analistas, a crise e o remédio administrado pelo governo – austeridade fiscal com cortes nos gastos públicos (saúde, educação e seguridade social, por exemplo) – poderão afetar a coesão da sociedade portuguesa.
Um dos trabalhos mais recentes sobre o assunto é o livro Desigualdades e Perspectivas dos Cidadãos: Portugal e a Europa, lançado em março pelo sociólogo João Ferreira de Almeida, professor e investigador do Instituto Universitário de Lisboa (Iscte – IUL).  Em entrevista, ele aborda os problemas cotidianos de Portugal e o risco de colapso de projetos europeus como o Estado de bem-estar social e a própria ideia de no futuro haver uma Federação europeia.
Agência Brasil - Portugal está empobrecendo?
João Ferreira de Almeida - A maior parte dos dados sobre pobreza e desigualdade que temos vai até 2010, mas eu não tenho dúvidas de que o empobrecimento global do país coincide com o empobrecimento mais particular das classes mais desprotegidas. A chamada crise das dívidas soberanas determinou políticas europeias de hiperausteridade que repercutem de maneira mais acentuada em economias mais periféricas e frágeis, como é o caso da portuguesa.

ABr - Isso deve agravar a desigualdade. Por que Portugal é um dos países mais desiguais da Europa?
Almeida - A desigualdade em Portugal é persistente. Durante muito tempo no século 20, com efeitos no século 21, a sociedade foi muito pobre – pobreza generalizada com alguns ricos e classe média pequena. A grande distância entre esses estratos sempre existiu em Portugal. Tivemos uma ditadura de 48 anos, as ditaduras de vocês [do Brasil] duraram menos tempo... A ditadura do [António de Oliveira] Salazar era uma peculiar pelo caráter catolicista e conservador, repressivo, e sem política de desenvolvimento. Quanto à educação, Salazar dizia: “Basta que as pessoas aprendam a ler e a contar, não é preciso mais nada”. Ele sabia que quanto mais literacia [qualidade ou condição de quem é letrado], mais capacidade as pessoas teriam de se opor ao regime ditatorial. Na economia também havia efeito disso. Tivemos uma industrialização tardia, protegida pelo Estado, dentro das fronteiras, com 50% da população economicamente ativa trabalhando na agricultura, caracterizada ao Sul do país pelo latifúndio sem dinâmica produtiva capitalista e no Centro e no Norte com baixa produtividade. Com o 25 de Abril [Revolução dos Cravos, 1974], houve um aumento dos rendimentos das classes subalternas, mas a produção interna não estava preparada para responder, não houve propriamente uma substituição de importações. Além disso, tivemos fatores como os chamados retornados [população de origem portuguesa incluindo parentes  nascidos nas ex-colônias portuguesas] expulsos nos processos de independência na África. Em curto espaço de tempo, tivemos que absorver mais de 500 mil retornados. Eles chegam na sequência da primeira crise do petróleo e durante o processo revolucionário de alguma instabilidade política e social.

ABr - Mas o país mudou e diminuíram as desigualdades.
Almeida - Com essas dificuldades econômicas e sociais, em atraso temporal e contexto adverso, tivemos que montar o Estado [de bem-estar] social. Não tenho dúvida, porém, de que as transferências propiciadas por esse Estado social diminuíram parte da desigualdade por meio de aposentadorias, fornecimento de serviços gratuitos de saúde e educação. O problema são os desdobramentos mais recentes. Os cortes no Estado social atingem particularmente as pessoas mais desprotegidas, estou falando do operário, dos empregados com baixo nível de  remuneração e de baixa qualificação, da senhora que no supermercado atende às pessoas no caixa, dos atendentes de call center sem alternativa de trabalho.

ABr - A crise gera mudança na composição dos grupos sociais? Esse movimento se observa fora daqui?
Almeida - A questão não está tanto na mudança da composição global das classes, que é muito próxima e tem evoluído em toda a Europa em um sentido, inclusive em Portugal. Tem crescido numericamente o setor de empresários e dirigentes, também o grupo de profissionais liberais – pessoas altamente qualificadas que trabalham por conta própria. Também crescem em toda a Europa os profissionais técnicos de enquadramento, uma população ativa altamente qualificada.

ABr - Com o empobrecimento a que o senhor se referiu e o aumento da carga tributária, a classe média está sentindo, especialmente?
Almeida – Está, certamente. Não é por acaso que se fala em ataque às classes médias. Mas os setores mais desfavorecidos perdem  condições no desemprego e na precariedade. As condições de vida de toda a sociedade estão piorando, o que não significa que a composição interna mude – eu não estou convencido de que vá mudar particularmente. Uma das coisas que aconteceram em Portugal nos últimos dez anos é que houve uma progressão muito significativa da qualificação escolar e profissional dos portugueses e por isso cresceu a tal pequena burguesia técnica de enquadramento. Eles, em princípio, vão continuar a crescer apesar dos sintomas inquietantes, acabam de estudar e não têm emprego e vão para fora, um desperdício.

ABr - Podem ser bem recebidos no Brasil...
Almeida - Serão bem-vindos em todos os países inteligentes. Os ingleses já importaram quantidades industriais de enfermeiros. Se eu posso importar profissionais qualificados, mas  não paguei a qualificação será bom negócio fazer isso. Evidentemente que o país exportador só perde com isso.

ABr - Há imigração para as economias mais fortes. Essa desigualdade entre os países ameaça a ideia da União Europeia?
Almeida - Com certeza sim. Mas, repare, o termo desigualdade tem tantas conotações que uma coisa é falar da desigualdade interna dos países, outra é falar entre os países e outra ainda é falar de desigualdade mundial. O que está acontecendo não contribui para a coesão e se a lógica for de clivagem [separação] política e ideológica, contraria-se todo o chamado sonho europeu. A questão da coesão é fundamental e se liga à questão da solidariedade - a ideia de que os países com mais competências e mais capacidades e riquezas teriam alguma possibilidade e interesse para apoiar alguns países a chegarem ao padrão daqueles com mais capacidades. Se essa solidariedade, como tudo leva a crer, se quebra fica mais distante essa possibilidade de Federação que alguns querem para a Europa.

ABr - O problema da dívida de alguns países europeus parece que terá longa duração, o que pode  significar Estados sem recursos para as despesas sociais por muitos anos. O modelo social europeu, que no Brasil se elogiava, está mudando para sempre?
Almeida - Os brasileiros tinham razão quando elogiavam. A Europa se distingue dos Estados Unidos e de outros países mais ricos pelo fato de haver essas solidariedades, mas repare: havia na verdade vários modelos sociais. O que está acontecendo não é nada promissor, mas não dá para saber o que vai acontecer.

ABr - O senhor acha que o que se chama de Estado de bem-estar social está sendo refundado?
Almeida - A tendência portuguesa e europeia é nesse sentido. O grande argumento está nas projeções demográficas, que antes tinham pouca gente no topo e muita gente na base e agora agora um desenho oval com pouca gente na base etária. E, portanto, tem a questão da sustentabilidade financeira do Estado social. O sistema de seguridade português era considerado estável em médio prazo, a crise rompeu isso. Será que vai durar muito tempo? Ninguém pode prever, esse tipo de evolução é destrutivo das sociedades por elas próprias. Os protestos nas ruas estão aí. A política não é só o que se faz nos gabinetes com repercussão nos meios de comunicação. Os portugueses estão insatisfeitos sobre tudo o que diz respeito a esse espaço público. Há uma coisa fora da dicotomia Estado e mercado chamada sociedade civil. Há outras implicações sociais tão poderosas e tão importantes quanto as que dizem respeito ao Estado, que não pode ser nenhuma delas reguladora da sociedade. Se não percebemos que o que se chama sociedade civil tem ganhado dinamismo e força para controlar aquilo que os cidadãos pretendem para si próprios e para dar sentido a palavra democracia, não estamos percebendo nada.

Edição: Juliana Andrade
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domingo, 19 de maio de 2013

OEA entrega à Colômbia relatório que discute despenalização do consumo de drogas

18/05/2013 - 14h27
Leandra Felipe
Correspondente da Agência Brasil/EBC

Bogotá - A Organização dos Estados Americanos (OEA) entregou na noite de ontem (17), na Colômbia, um relatório sobre as drogas na região, em que são apresentados novos cenários para lidar com o problema, entre eles a despenalização do consumo drogas.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, recebeu o relatório do secretário-geral do organismo multilateral, José Miguel Insulza. “O que queremos e temos que fazer é usar estudos sérios e ponderados como o que nos apresentou a OEA para encontrar melhores soluções”, destacou o presidente durante a cerimônia.
O relatório será analisado pelo governo colombiano e levado para ser discutido na próxima Assembleia Geral do organismo, que ocorrerá em junho na Guatemala.
Insulza também destacou que o estudo aborda de maneira inédita, algumas possibilidades para discussão (entre elas a despenalização ou liberação do uso de drogas).
“Temos em nossas mãos novos elementos de juízo e de política, que não são soluções únicas ou mágicas – isso nós sabemos – mas que nos ajudariam a guiar a discussão, respeitando a diversidade de cada país, cada problemática e cada solução”, disse o secretário-geral.

O conteúdo completo do estudo ainda não foi divulgado, mas o documento é composto de duas partes, uma de análise pontual do problema das drogas atualmente, e outra que fornece possíveis alternativas e cenários para lidar com a questão.

“Os quatro cenários que o relatório apresenta nos permitem analisar o tema das drogas com projeções do que pode ocorrer no futuro, mas não são recomendações ou prognósticos. São opções realistas, alheias a preconceitos ou dogmas”, destacou o presidente colombiano.
Santos tem tido uma postura pró-despenalização do consumo. No ano passado, durante a Cúpula das Américas que ocorreu em Cartagena, ele levantou o assunto e defendeu que os países estudassem “novos caminhos” para lidar com o problema.
“Todos temos as mesmas metas: que as mortes e a violência provocadas pelo narcotráfico diminuam, que se reduza o consumo de drogas ilícitas e que os criminosos deixem de lucrar com o tráfico de drogas”, explicou.
O documento será estudado também na 7ª Reunião Anual da Sociedade Internacional para o Estudo da Política de Drogas, que está ocorrendo na Colômbia, com a presença de especialistas de 140 países.
Além do debate sobre o tema previsto para a Assembleia Geral da OEA, em junho, o presidente colombiano disse que levará o documento para a próxima Cúpula da Aliança do Pacífico (Colômbia, Chile, México, Peru) que ocorrerá na próxima semana, na cidade de Cali, Sudoeste colombiano. O evento terá presença dos presidentes dos quatro países que compõem esse bloco de integração.
 Edição: Davi Oliveira
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sábado, 18 de maio de 2013

Coreia do Norte dispara mísseis de curto alcance

18/5/2013 10:57
Por Redação, com Reuters - de Seul


A Coreia do Norte disparou três mísseis de curto alcance
A Coreia do Norte disparou três mísseis de curto alcance
A Coreia do Norte disparou três mísseis de curto alcance a partir de sua costa Leste neste sábado, afirmou o Ministério da Defesa da Coreia do Sul. O propósito dos lançamentos não ficou claro.
Lançamentos de mísseis de curto alcance da Coreia do Norte não são incomuns, mas o ministério não especulou se os lançamentos deste sábado foram parte de um teste ou exercício de treinamento.
- A Coreia do Norte disparou mísseis guiados de curto alcance duas vezes nesta manhã e uma vez durante a tarde a partir de sua costa leste – afirmou um representante do ministério sul-coreano.
- Em caso de qualquer provocação, o ministério manterá o monitoramento da situação e continuará em alerta – disse.
Uma fonte no governo japonês, citado pela agência de notícias Kyodo, confirmou os três lançamentos, mas afirmou que nenhum dos mísseis caiu em águas territoriais do Japão.
A tensão na península coreana diminuiu no último mês depois de ficar em níveis elevados por várias semanas após a imposição de sanções mais duras das Nações Unidas contra Pyongyang. A Coreia do Norte promoveu um terceiro teste nuclear em fevereiro.
O Norte tem emitido alertas quase que diários há semanas sobre uma iminente guerra nuclear com o Sul e os Estados Unidos.

sexta-feira, 17 de maio de 2013


Coreia do Norte tem 200 bases móveis para lançamento de mísseis, afirma a Coreia do Sul

Do UOL, em São Paulo
 
 
 

Tensão entre as Coreias253 fotos

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26.abr.2013 - Soldados sul-coreanos patrulham zona desmilitarizada que divide as duas Coreias em Paju, na Coreia do Sul Leia mais Jung Yeon-Je/AFP
O governo da Coreia do Norte pode ter o dobro do número de bases móveis para lançamento de mísseis do que se acreditava até então, informou nesta sexta-feira (17) a agência de notícias sul-coreana Yonhap, citando um estudo do Instituto Coreano de Análise de Defesa.
De acordo com a agência, o instituto revisou suas estimativas depois de ter acesso a documentos do ministério da Defesa dos Estados Unidos.

Entenda o conflito entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul

  • Reprodução/AFP Clique na imagem para ver infográfico
A nova estimativa é que o governo norte-coreano tenha até 50 lançadores móveis de mísseis de médio alcance e 150 de curto alcance.
Até pouco tempo atrás, a Coreia do Sul acreditava que os norte-coreanos possuíam 94 bases de lançamento de mísseis, embora novos documentos norte-americanos já indicassem que a Coreia do Norte havia expandido seu programa de mísseis apesar das dificuldades econômicas.

Manobras militares da Coreia do Sul e EUA

O regime norte-coreano voltou a condenar nesta quinta-feira (16) as manobras militares perpetradas pela Coreia do Sul e Estados Unidos na península coreana, alegando que estes exercícios foram responsáveis pelo aumento da tensão na região nos últimos meses.
Em um editorial do jornal estatal "Rodong", o governo norte-coreano atacou duramente as manobras navais conjuntas realizadas entre os dias 13 e 14 deste mês pelos Exércitos sul-coreano e norteamericano no Mar do Leste (Mar do Japão), que contaram com a participação do porta-aviões de propulsão nuclear USS Nimitz, um dos maiores navios de guerra do mundo.

Veja vídeos sobre a tensão entre as Coreias - 42 vídeos

O regime considerou que essa situação "aumenta o risco" de um confronto na península, considerando as manobras como um ato de "assédio em massa" por parte dos Estados Unidos, que usam "o pretexto de realizar um 'teste'".

Tensão na península coreana

Após as sanções impostas pela ONU por ocasião de seu teste nuclear de fevereiro e em protesto por essas manobras conjuntas da Coreia do Sul e dos EUA, Pyongyang realizou em março e abril uma dura e insistente campanha de ameaças bélicas contra Seul e Washington.
Na ocasião, o regime chegou a desdobrar plataformas móveis com mísseis de meio e curto alcance em sua costa oriental. O editorial publicado nesta quinta-feira advertiu que todos os mísseis balísticos intercontinentais norte-coreanos possuem as "coordenadas de seus alvos" em território americano. (Com AFP e Efe)
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Militares norte-coreanas fazem pausa em muro da capital Pyongyang AFP